domingo, 15 de junho de 2014

[Copa] Tecnologia

Estava tentando escapar de temas que "todo mundo" escreve - eu escrevi há um ano -, mas hoje não há como. Mais que a volta de Messi aos gols em Copas do Mundo, o emocionante gol da Suíça no final do jogo contra o Equador e a atuação de Benzema e da França, especialmente após a expulsão do jogador hondurenho no final do primeiro tempo, finalmente a tecnologia do gol precisou ser utilizada. E como!

Benzema chutou bonito dentro da área, a bola foi na trave e percorreria a linha até sair se não encontrasse Valladares, fazendo com que a pelota retornasse em direção ao gol e com o goleiro hondurenho puxando a bola de volta. Entrou ou não?

Estávamos cansados de ver a tal da tecnologia sendo mostrada a cada primeiro gol de partida nesta Copa. Eis que o aviso ao relógio do árbitro indicou que a bola ultrapassara totalmente o campo de jogo. Justa numa partida em que o sistema do som não funcionou para os hinos e com um trio brasileiro no comando da arbitragem.

O erro foi que, acostumados a utilizar para "nada", o primeiro replay foi para a bola na trave, que todos tinham visto que a bola não havia entrado, o que causou revolta nos torcedores. Em seguida, novo replay, agora com a bola após tocar no goleiro, e vemos que entrou. Mas é aquilo, daí a todo mundo ter percebido que eram duas imagens diferentes, após a surpresa do "não gol" inicial, uma grande discussão percorreu o Beira-Rio e as mídias sociais. Se a tecnologia era para acabar com as discussões, não foi o que se viu.

O que mais me chama a atenção é a informação que são sete câmeras em cada trave. Até o ano passado (ver link acima) a ideia era que teria um chip na bola e com sensores na trave para verificar se a bola entrou ou não. Talvez até por conta da transmissão de TV, tenha sido mais interessante as câmeras, já que a reprodução digital fica mais explícita. O ponto negativo, ainda que sendo um primeiro caso, foi a demora para a partida voltar.

Por fim, é bom lembrar que não é algo que deverá ser usado para muitas competições, até pelos gastos, será para os principais torneios e/ou momentos destes. Há quem defenda algo parecido com impedimentos, mas acho que retira parte da decisão que cabe aos assistentes e pode demorar demais, já que pode ser bem mais frequente que dúvidas se foi ou não gol. Optar pelas alternativas de vôlei, tênis e beisebol pode ser complicado, já que técnicos podem utilizar as duas opções por tempo para parar o jogo - como vem acontecendo nos outros esportes -, o que tira a agilidade do jogo, tão querida nos dias de hoje.

Especificamente para o gol, é garantir a justiça, que não depende de erros para o ápice de uma partida de futebol e que não repita lances históricos, bizarramente validados e anulados. Na Copa de 2010, foi o gol da Inglaterra que entrou bastante contra a Alemanha, numa partida que os alemães venceriam por 4 a 0, mas que no momento estava apenas em 1 a 0. Teria sido o retorno de 1966, em que a Inglaterra virara na final contra os alemães na prorrogação, num lance que a bola quicou na linha.

Mas há coisas que a tecnologia não tira. Uma partida abaixo do esperado se transformou num espetáculo de provocações. Eis a história de Argentina 2X1 Bósnia Herzegovina conforme meus tuítes/retuítes de hoje:








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