domingo, 29 de março de 2020

2020.12 Doce Jazz

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Eu apoiei outros projetos da roteirista Mylle Silva. Mas Doce Jazz não só é algo diferente no texto - ao trazer como referência a experiência dela no Japão numa banda de jazz a partir da personagem Melissa -, como também exigiu de mim uma forma diferente de leitura.

Como a Mylle queria que os amigos japoneses dela também pudessem ter acesso à hq, resolveu tirar as falas. Assim, eu que tendo a ler rápido, precisei diminuí o ritmo e fui forçado a olhar para mais detalhes do cenário desenhado pela Melissa Garabeli. Em vez de letras, a música serviria de companhia, com cada capítulos sendo título de uma música de jazz que deveria ser escutada em paralelo.

SILVA; Mylle; GARABELI, Melissa. Doce Jazz. Curitiba: Têmpora, 2019.

quinta-feira, 26 de março de 2020

2020.10 Cultura e desenvolvimento/ 2020.11 O conceito de cultura em Celso Furtado

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Os últimos 3 livros que li foram de/sobre Celso Furtado. Curiosamente, após terminar o terceiro hoje, percebo que a ordem deveria ter sido diferente, com este aqui sendo o último deles, por trazer apontamentos de distintas perspectivas teóricas a partir da obra furtadiana.

De toda forma, "Cultura e desenvolvimento: Reflexões à luz de Furtado", organizado por César Bolaño, é importante para quem precisa adentrar às possibilidades de estudo sobre cultura e desenvolvimento a partir do importante pesquisador latino-americano. Há tanto artigos mais gerais a aplicações para análises específicas, caso do excelente capítulo de Verlane Aragão que traz revisão teórica, apresentação de metodologia e resultados de pesquisa sobre a Economia Política da Música em Sergipe.

O livro está disponível no repositório da EDUFBA, gratuitamente: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/28660/1/BOLAÑO-cultura-e-desenvolvimento-EDUFBA-2015.pdf

Eu deveria ter começado com "O conceito de cultura em Celso Furtado", de autoria individual de César Bolaño, em que este faz uma espécie de organização teórico-conceitual da obra de Celso Furtado, passando por diversas publicações, de 1964 a 2012, com comentários, aproximações aos estudos de Economia Política da Comunicação e diálogo com outros autores. Ainda que o foco seja apresentar o que na obra furtadiana trata de cultura e sob qual perspectiva conceitual.

O livro está dividido em 4 partes: o modelo de base de Furtado; uma teoria antropológica da cultura; crítica da civilização industrial; e cultura brasileira, política e economia. Além de uma conclusão em que Bolaño se permite aparecer mais no texto, dialogando ele com o que o autor apresentar e as aproximações sobre temas fulcrais para a EPC brasileira.

O livro também está disponível no repositório da EDUFBA: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/28659/1/BOLAÑO-o-conceito-de-cultura-em-celso-furtado-EDUFBA-2015.pdf


terça-feira, 3 de março de 2020

2020.6 Memória das Olimpíadas no Brasil (vol. 2)/ 2020.7 Reflexão sobre as políticas nacionais de comunicação/ 2020.8 Regulando a TV/ 2020.9 Criatividade e dependência na civilização industrial

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Na sequência do primeiro volume, li o segundo de "Memórias das Olimpíadas no Brasil: diálogos e olhares", um dos produtos do projeto "Preservação da Memória das Olimpíadas: processos e ações" (http://memoriadasolimpiadas.rb.gov.br/index.htm) realizado de junho a dezembro de 2016 pela Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro.

Acabo de ver que os dois volumes estão disponíveis na internet. O link para o segundo é: http://memoriadasolimpiadas.rb.gov.br/pdfs/Memoria_das_Olimpiadas_no_Brasil_%20Dialogos_e_Olhares_v2.pdf.
Eu achei este volume mais voltado à metodologia, dificuldades e resultados do projeto, algo mais focado, mas também vale a leitura para entender como foi a realização dos Jogos Olímpicos de 2016.

CALABRE, Lia; CABRAL, Eula Dantas Taveira; SIQUEIRA, Maurício (Orgs.). Memória das Olimpíadas no Brasil: diálogos e olhares. V. 2. Rio de Janeiro: Fundação de Casa Rui Barbosa, 2017.
Minha escolha para continuar lendo sobre textos para a tese foi o livro "Reflexão sobre as políticas nacionais de comunicação", organizado por Daniel Castro no seguimento da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), publicado em 2010 pelo IPEA. A obra tem mais textos curtos sobre a realidade da Indústria Cultural no Brasil, muitos apresentando fatos semelhantes como problemas dos seus setores de mercado.

CASTRO, Daniel. Reflexões sobre as políticas nacionais de Comunicação. Brasília: IPEA, 2010.
Como estou estudando Brasil, Argentina e México, considerando ainda a contextualização histórica do futebol e da Indústria Cultural dos 3 países, não estou me furtando a pegar livros que possam considerar análises temporais anteriores. É o caso de "Regulando a TV: Uma Visão Comparativa no Mercosul", organizado por Othon Jambeiro.

Neste caso, o livro trata de diferentes aspectos da TV em Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, servindo para mim a parte dos dois países que fazem parte da minha pesquisa, mas também o quadro geral de comparação ao final do livro, uma boa sugestão de elementos de comparação para estudos sobre políticas e legislação de comunicação.

JAMBEIRO, Othon (Org.). Regulando a TV: Uma Visão Comparativa no Mercosul. Salvador: Edufba, 2000.


Uma das coisas que tentarei tratar na tese é a apropriação cultural. Dos autores latino-americanos a tratarem do tema está o economista Celso Furtado. Comecei com "Criatividade e dependência da civilização industrial", que me deu poucos elementos, por se tratar mais de uma série de tratados que um livro nos moldes acadêmicos, como afirma o autor no prefácio.

Porém, há elementos interessantes. A primeira edição do livro é de 1978, mas Furtado já fala dos efeitos da globalização, da atuação das empresas transnacionais e da disputa do controle de poder, incluindo aí a importância da criatividade para o capitalismo se renovar.

FURTADO, Celso. Criatividade e dependência na civilização industrial. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 [1978].