terça-feira, 19 de agosto de 2008

O (falso) espetáculo esportivo

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Piratas do Oriente

A maioria dos produtos falsificados que chegam ao Brasil vem do Paraguai, certo? Pode até ser, mas onde é que são produzidos tais produtos?

Made in China.

Nos Jogos Olímpicos realizados lá está ficando comum também a falsificação de mínimas coisas que servem para assombrar um mundo, afinal de contas não é surpresa para ninguém que sua intenção é mostrar a volta de sua força em relação ao mundo.

Dois casos ocorreram na cerimônia de abertura. O primeiro e mais escandaloso foi a trocas da menina-cantora por uma menina-dubladora, simplesmente porque a última era “bonitinha” para apresentar aos olhos do mundo.

Li em alguma coluna que, ao menos, a China estava mostrando crianças do sexo feminino, já que lá as meninas sofrem preconceito por serem prováveis reprodutoras. Isso num país que já passou a algum tempo do um bilhão de habitantes.

Outra falsificação de tal cerimônia foram as tais “pegadas” feitas de fogos de artifício que caminhavam em direção ao Ninho do Pássaro. As justificativas foram bem mais razoáveis, afinal tinha helicóptero por ali, seria risco demais, fora a possibilidade do erro na sincronia dos fogos.

Acredito que o por de tudo foi a teatralização que realizaram para mascarar a lesão do grande astro chinês para estes jogos, o atleta dos 110 metros com barreiras, Liu Xiang.

A imagem dele se ajeitando no apoiador da partida é clara quando o mostra tendo dificuldades para se preparar para isso. Com a queimada da largada todos puderam ver que ele não estava bem. De certa forma, o planejamento chinês falhou devido à falha de outro corredor.

Na verdade, e é bom que todos saibam - inclusive os torcedores chineses - Liu se machucou num aprova há quarenta dias atrás e simplesmente sumiu. O motivo: é o principal astro da constelação chinesa, atual campeão olímpico numa modalidade que, ainda, os chineses não dominam: o atletismo.





domingo, 17 de agosto de 2008

Vértebras Olímpicas

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MALDIÇÃO DO SOLO No último salto Diego Hipólyto perdeu a chance de ganhar uma medalha. A queda tirou-lhe os potnos e lehe deu as lágrimas de quem foi o melhor durante os anos anteriores aos Jogos e, até mesmo, nas eliminatórias.

MALDIÇÃO DO SOLO 2 A favorita para a prova feminina, a chinesa Cheng Fei, também teve uma queda e não ficou com medalhas. Pelo jeito o solo não só é cruel com os brasileiros.
SATISFEITA Daiane dos Santos foi para a sua segunda final seguida do solo em Olimpíadas. Apesar dos dois passos para fora do espaço e o sexto lugar, Daiane ficou satisfeita só em ter chegado à final. Foi o fim do seu ciclo olímpico.
SEM CHORO E SEM MEDALHA Apesar das duas quedas no salto sobre a mesa Jade Barbosa não chorou. Mesmo se tivesse acertado seram difíceis as chances de medalha, devido à falta de dificuldade na sua prova.
MAIS QUATRO ANOS O Brasil terá que esperar mais quatro anos para tentar sua primeira medalha olímpica na ginástica. Nunc ahavíamos chegado com tanta chance.

O espetáculo esportivo

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Falemos de Phelps

Mesmo com a possível e provável vitória chinesa no quadro geral de medalhas, o nome destes Jogos – apesar de metade ainda estar por vir – já é o americano Michael Phelps. Falar em Pequim 2008 e não citá-lo é apagar uma parte importante desta história que estamos vendo ser construída.

Um recorde que vinha desde 1972, construído pelo também americano Mark Spitz, foi destruído com mescla de facilidade e um pouco de dificuldade. Afinal de contas, e apesar da evolução física e tecnológica, ainda estamos falando de seres humanos competindo.

Já citamos em crônicas anteriores o segundo ouro conquistado por ele, quer dizer por Lezak para ele. O revezamento 4X100m livre foi decido nos últimos metros, com uma vibração gigantesca de Phelps.

Porém, para minha surpresa, a prova mais difícil não foi essa. Justamente a que ele bateu o primeiro recorde e começou na natação, os 100m borboleta. Numa virada dos primeiros 50 metros apenas na sétima posição, a sua segunda metade da prova foi espetacular. E extraordinária a chegada: vitória por um centésimo!

No replay em super slow motion percebeu-se que o segundo colocado iria bater na frente, os braços esticados para isso, enquanto que Phelps começara a última braçada. Neste período equivalente a 1/16 do tempo de um piscar de olhos, ocorreu a incrível vitória para o recordista das Olimpíadas.

Para confirmar o recorde dos oito ouros, bastou vitória da equipe americana nos 4X100m medley, mais uma vez através, principalmente, da parceria entre Michael Phelps e Lezak.

A máquina humana – superalimentada, diga-se de passagem – consegue um feito impressionante para o tempo atual, que privilegia os especialistas das provas, independentemente da modalidade esportiva.

A melhor definição para Phelps veio de uma das aulas que tive na semana que passou: “Phelps é um anfíbio, caso olhemos as mão dele veremos as membranas entre os dedos. Ele já nasceu nadando, o parto deve ter sido dentro d’água”.

Deve ter sido, afinal Phelps só come, dorme e nada!

PS: Finalmente consegui escrever o nome dele oito vezes neste texto, inclusive com a citação no título!

sábado, 16 de agosto de 2008

O espetáculo esportivo

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A nossa história (Parte 2)
Um pouco, pouco mesmo, mais de 21 segundos. Não dá tempo sequer para respirar...
34 braçadas para o campeão...
O recorde olímpico mais uma vez quebrado. Dois centésimos para o recorde mundial...
“O número 1 antes do meu nome no placar”...
Vibração com choro ainda dentro da piscina...
Primeira medalha de ouro brasileira em Pequim...
Primeira medalha de ouro da natação brasileira...
Alguém duvida que César Cielo Filho fez história ao vencer a prova dos 50 metros nado livre na manhã do dia 16 na China?

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Vértebras olímpicas

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CONFRONTO PERDÍVEL Ana Paula/Larissa enfrentam nas quartas-de-final do torneio olímpico de vôlei-de-praia nada mais nada menos que a melhor dupla do mundo, as americanas Walsh e May.

CONFRONTO FINAL Larissa formava com Juliana, operada no joelho direito, uma das melhores duplas do mundo. Veio a contusão e, de última hora, escalou-se Ana Paula para o lugar. A partida pode ser uma final antecipada, principalmente paras as brasileiras.

CIELO I Recorde olímpico quebrado nas semifinais e César Cielo Filho conseguiu a melhor marca para a final dos 50 m nado livre. Cielo tem a possibilidade de conseguir um feito inédito: a prmeira medalha de ouro da natação nacional.

SEMPRE O SOLO Base das nossas maiores vitórias e das nossas frustrações, o solo da ginática mostrou mais uma vez a sua feição para uma brasileira. Jade Barbosa tinha chances de disputar o bronze no individual geral até a chegada neste aparelho ao qual caiu num salto e perdeu muitos pontos e a possibilidade da medalha. Esperemos que Diego Hipólyto tenha mais sorte na final do aparelho.

JUDÔ Com previsão de seis medalhas, dentre as quais pelo menos dois ouros, o judô foi aquém do que se imaginava. Foram três medalhas de bronze que, mesmo asim, garantiram um melhor resultado que nos últimos Jogos (2 bronzes) e o status de maior esporte com medalhas brasileiras.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O espetáculo esportivo

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A nossa história

Só se fala em Phelps, Phelps, e mais Phelps. Mas ontem, finalmente, falou-se em medalha para o Brasil, e esta história é bem mais interessante. E, o melhor, não tinha o Phelps na prova!

César Cielo Filho terminou uma das semifinais da prova dos 100 metros rasos, que não é sua especialidade, em quinto lugar. Quando olhou para o placar eletrônico, balançou a cabeça negativamente: acreditava não ter conseguido a vaga na final.

Ele conseguiu. Teve o oitavo tempo das semifinais, o último! Teria que largar na última raia, a que os nadadores não gostam porque recebem a “marola” dos outros.

Primeiros 50 metros e Cielo aparece na terceira posição. Pensei: bom resultado, mas geralmente os nadadores brasileiros cansam na segunda metade.

E, de certa forma, estava certo. Na marca dos 75m o nadador que estava na raia 7, ao lado da dele, aparentemente estava na frente.

Como podem perceber, geralmente sou pessimista mas, pela primeira vez nestes Jogos, acreditei que ele pudesse se recuperar. Virei um torcedor.

Passou o francês Alain Bernard e o australiano Sullivan nas primeiras posições, um pouco afastados dos demais. Fitei os olhos nas raias de cima da tela.

Vi o nome do estadunidense Lesak, o mesmo que deu a vitória para os Estados Unidos nos 4X100 m medley, aparecer primeiro que o dele. Milésimos de segundo depois, apareceu o dele empatado na terceira posição.

Ufa! Desde a medalha de bronze do 4X100m livre em Sidney 2000 - no final das boas fases de Gustavo Borges e Fernando Scherer – que o Brasil não ganhava uma medalha sequer na natação.

Cielo representa o processo de renovação que atingiu a natação após 2000. Nestas Olimpíadas ainda temos Thiago Pereira nos 200m medley, sua especialidade, acredito que também Kaio Márcio e os 50m de Cielo.

Além de Gabriela Silva, de 19 anos, ter chegado à final, 7ª posição, da prova dos 100m borboleta; Thiago Pereira e Kaio Márcio participaram de uma final cada.
Esperemos o que ainda virá.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Vértebras olímpicas

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RECORDE E só vemos o Phelps em Pequim. Como disse o amigo dele, sempre temos que ver sua cara feia na televisão. E agora será por alguns anos, já que ele é quem tem mais medalhas de ouro na história das Olimpíadas, são onze no total.

GINÁSTICA Isso sim que é uma prova bela, pena que a disputa acirrada entre Estados Unidos e a China tirou um pouco da graça da história, a qual deu mais uma medlaha de ouro para os chineses, desta vez na prova por equipe.

GINÁSTICA 2 Isso porque já haviam ganho na prova por equipe masculina no dia anterior. O destaque foi a felicidade das japonesas, que conseguiram ficar na 5ª colocação. O Brasil, na sua primeira final olímpica, fez uma prova regular, sem grandes falhas nem grandes provas, e terminou na oitava posição.


REEDIÇÃO Mais uma chance de um esporte brasileiro acabar com antigos algozes. O futebol masculino enfrentará Camarões nas quartas-de-final dos Jogos, mais uma vez. Com Ronaldinho no time, denovo.


CLÉBER MACHADO Ontem, na partida da seleção feminina contra a Nigéria, não parava de chamar a árbitra de "juiz". Mal costume da preponderância masculina.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Vértebras olímpicas

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MAIS UM Tiago Camilo é mais um brasileiro a ganhar medalha de bronze no judô, desta vez no peso médio.
MAIS UM 2 Camilo também é o nosso segundo judoca atual campeão mundial que não consegue chegar sequer às semifinais. Pelo menos, conquistou uma medalha.
CQC Ao contrário do pessoal do Casseta, o Custe o Que Custar da Band tem um integrante da sua equipe em Pequim, Felipe Andreolli.
CQC 2 Andreolli perguntou ao presidente Lula se ele havia ido ensinar um pouco sobre socialismo aos chineses. Realmente, agora entendo porque eles ainda não sabem de coisa alguma; para precisar da ajuda do Lula!
NIKE x OLYMPIKUS Depois da disputa para vestir o Flamengo, as empresas fizeram com que as seleções nacionais de futebol fossem a campo sem o símbolo da CBF. Nem a bandeira do Brasil é utilizada. Como disseram no CQC de ontem, verdadeiramente viramos o time da marca.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

O espetáculo esportivo

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Quebrando recordes

O “Cubo D’água” é a sede dos maiores espetáculos olímpicos até agora. Os recordes mundiais vão caindo facilmente e o ápice se deu na disputa do 4X100m livre masculino, em que nada mais nada menos que cinco países quebraram o recorde mundial estabelecido nas semi-finais do dia anterior.


E que prova foi essa! O australiano Sullivan quebrou o recorde mundial dos 100m na primeira parte da prova, deixando o americano, todo-poderoso, Michael Phelps na segunda posição. Lembramos que só vale para recorde mundial individual a passagem do primeiro atleta do revezamento.

Porém, o verdadeiro time a se temer pelas bandas ianques era a França que a partir da segunda passagem passou a liderar a competição. Para aumentar o favoritismo, o último nadador francês a entrar na piscina era o antes recordista mundial Alain Bernard.

Para os Estados Unidos e o sonho do recorde de oito ouros de Phelps restava torcer para que Lezak tirasse a diferença, o que parecia difícil até nos primeiros 50 m da prova.

Porém, numa prova extraordinária, que seria recorde mundial caso isso fosse possível, o americano deu a segunda medalha de ouro para Phelps, que vibrou muito, e quebrou muito o recorde mundial com diferença mínima contra o francês.
JUDÔ >>
Resultado histórico par ao Brasil, a judoca do peso leve Ketleyn Quadros ganhou nossa primeira medalha nessas olimpíadas. E mais, é a primeira medalha brasileira de uma mulher numa disputa individual em Jogos Olímpicos.

Logo em seguida veio a segunda medalha do dia, a 14ª na história do judô nacional, Leandro Guilheiro venceu sua segunda medalha de bronze seguida em Olimpíadas num ippon com apenas 23 segundos de luta.
BASQUETE >>
O basquete americano mostrou a sua hegemonia aos chineses. Ontem, o time masculino, que busca uma recuperação após atuações ruins nas últimas competições mundiais, venceu fácil os chineses. Hoje foi o dia de a seleção feminina vencer as chinesas com tranqüilidade.
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Mesmo assim, isso talvez não seja suficiente para garantir a liderança no quadro geral de medalhas que, por enquanto, tem a China com certa folga na liderança: 9 ouros contra 4 da Coréia do Sul e 3 dos EUA.

Nem o chefe da delegação americana acredita na manutenção da supremacia estadunidense, que não perde o posto de maior potência olímpica desde 1992, quando a Comunidade dos Estados Independentes, países que formavam a União soviética, venceu.

domingo, 10 de agosto de 2008

O espetáculo esportivo

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O problema do favoritismo

O tema de hoje poderia ser a goleada do futebol masculino, a primeira das oito, espera-se, medalhas de ouro do Michael Phelps, as dificuldades argentinas no mesmo futebol, a vitória brasileira no vôlei ou os resultados da ginástica artística. Mas tenho que demonstrar a minha primeira frustração olímpica ao assistir às lutas do judoca João Derly.

Atual bicampeão mundial na categoria meio-leve enfrentou adversários que conheciam muito bem a sua forma de lutar: buscando as pernas. Venceu a primeira luta devido à falta de combatividade do adversário e na segunda começou a perder pelo mesmo motivo.

Primeiramente, o favoritismo de Derly o fez ser até ídolo do seu adversário, o português Pedro Dias que, portanto, conhecia sua forma de lutar e evitou o máximo possível o ataque, partindo até para o “suicídio” quando para se defender colocava as costas no chão.

Inclusive, muitas foram as vezes que João vibrou achando que havia conseguido o golpe perfeito, o ippon, que assim não fora interpretado pelos juízes. Como não também não foi interpretado assim o golpe que deu o Wazarii para o português.

Apesar das lágrimas, vale a experiência adquirida e a lembrança de que o ser humano ainda é uma máquina que trabalha com um mecanismo que pode modificar todo o seu esquema: a sensibilidade humana. Nem sempre os melhores têm um dia de melhores.
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Só para lembrar:

- Essa foi a situação de Daiane dos Santos em Atenas 2004. Favoritíssima para a disputa do solo na Ginástica Artística, por dois erros ficou apenas na quinta posição. Este ano vai para disputa do ouro por fora;

- O futebol masculino nunca venceu Jogos Olímpicos. Isso, mesmo com times com jogadores como Romário, Bebeto, Ronaldo, Ronaldinho, Tafarel, Rivaldo, ... Nas últimas que disputou parou nos africanos;

- O Brasil em Sidney 2000 não ganhou nenhuma medalha de ouro. Uma das zebras foi a vitória do britânico Ben Aisler na classe Laser da Vela. O muitas vezes campeão Robert Scheidt ficou com a medalha de prata após a marcação barco-a-barco de Ainsler na regata final.

E por aí vão os exemplos ...

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*P.S.: Continuo achando que Brasil X Bélgica não é um GRANDE clássico do futebol mundial.

Vértebras olímpicas

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TECNOLOGIA A Globo estreou no domingo uma TV com a possibilidade de mudança de informações através do toque na tela, o touchscreen, só faltou treinar um pouco melhor os apresentadores.


TECNOLOGIA 2 Usada na transmissão olímpica, José Ernesto Lacombe se atrapalhou algumas vezes com ela nesta madrugada.


ÁUDIO RUIM O áudio da transmissão da Band, ao menos para Alagoas, está ruim desde o início da transmissão dos Jogos. Desde quinta-feira, pelo menos, o som em músicas e, até mesmo, em algumas locuções parece “tremer”.


SEM TERRORISMO Lula falou após a abertura dos Jogos que no Rio não tem terrorismo. Realmente, mas tem a violência de tiroteios, assaltos, seqüestros, ...


CAPITAL? A China tem como nome do ginásio que, por enquanto, sedia os jogos de vôlei, chamado de Ginásio Capital. Apesar das inúmeras interpretações possíveis, para um país ao qual erroneamente acham que é comunista, não seria uma prova de que não é?

sábado, 9 de agosto de 2008

O espetáculo esportivo

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Síndrome

A má atuação do time brasileiro de basquete feminino frente à Coréia do Sul significa muito mais que a possibilidade de não se passar sequer da primeira fase dos Jogos, representa o reflexo de uma síndrome que ataca a versão masculina: a falta de um craque.

De um(a) em um(a) os nossos destaques deste esporte foram saindo - isso acrescido ainda aos problemas organizacionais da confederação local. No masculino, desde a despedida do maior cestinha mundial em Olimpíadas Oscar, em 1996, que não conseguimos sequer se classificar para as Olimpíadas com o time masculino, mesmo com jogadores de NBA – um ou outro que joga pela seleção devido aos problemas da CBB.

No feminino, o processo da transição de qualidade do time campeão mundial em 1994 para este que perdeu na prorrogação hoje foi menos drástica.

A rainha Hortência foi a primeira a deixar a equipe, após a medalha de prata conquista em Atlanta, 1996. Magic Paula aposentou-se logo depois ou após o bronze de Sidney, 2000; não lembro ao certo.

Janeth permaneceu até a realização dos jogos Pan-americanos do Rio, ano passado. Isso após as conquistas anteriormente citadas, os quarto lugares em Atenas e no Mundial – este precariamente realizado no Brasil ano passado. Ficamos sem as suas cestas de muito longe, que marcaram os dois últimos Jogos.

A sucessora natural de Janeth seria a Iziane, porém a ala não aceitou ir para o banco na partida do caminho mais fácil do Pré-Olímpico, quartas-de-final contra a Biolorrússia, e não voltou à quadra quando Paulo Bassul pediu. Merecidamente, ela ficou fora das Olimpíadas; o time conseguiu sem ela, e após duas partidas, a vaga olímpica.

Após abrir 7 pontos de diferença faltando pouco tempo para acabar o jogo, a Coréia do Sul empatou. Mesmo assim, ainda tínhamos a última posse de bola, mas faltava a referência nas horas difíceis.

Hoje, faltou uma jogadora que chamasse a responsabilidade para si, tivemos todas no mesmo nível, ou seja, cometendo muitos erros. Micaela perdeu o tiro e a partida foi para a prorrogação, onde as coreanas jogaram muito bem e venceram as assustadas brasileiras.

Esperemos que um provável resultado ruim em Pequim signifique uma reestruturação não só no time, com poucos destaques, mas, principalmente na organização do basquete nacional, que já perdeu o posto de segundo esporte dos brasileiros.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O espetáculo esportivo (começou)

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Poderio à mostra

Como sempre a cerimônia de abertura de Jogos Olímpicos é aguardada com ansiedade, principalmente no caso destas, as quais os chineses mantinham sob sigilo e tinham como função a mostra do poderio chinês para todo o mundo.

Li recentemente um texto, acredito que do Luiz Fernando Veríssimo, em que ele comentava que ninguém está interessado em competir, e sim de ganhar mais que o outro.

Concordo com isso, já que as diferenças sócio-econômicas ficam mais à vista quando estão todos os países juntos, uns com muitos integrantes e outros, como o Iraque, com apenas dois – graças ao COI.

A China em ascensão é a maior prova disso, o desejo de se tornar a maior potência mundial veio das menores coisas, dos recordes. Maior tempo de cerimônia, maior quantidade de fogos, maior sincronismo humano – pareciam robôs!

Mas toda a demonstração de capacidade regrada com a superstição. A cerimônia começou exatamente às 8horas, 8 minutos e 8 segundos do dia 8 do 8 de 2008. Como podemos perceber, tal número significa prosperidade, sucesso. Pelo jeito, eles conseguiram, pelo menos não choveu.

Quanto à ultrapassar os Estados Unidos no quadro de medalhas, eu acreditava que a China poderia superar nas medalhas de ouro, foi 34 a 32 em Atenas. Pelo que vi e ouvi nos últimos dias é bem provável que não.

Ultrapassar em termos econômicos está próximo, com o tal “capitalismo autoritário” - jamais comunismo! As desigualdades sociais estão lá, a soberba também, a luxúria em ser o maior idem. E a mais barata força-de-trabalho do mundo com o maior público consumidor. Realmente, isso não é comunismo.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O espetáculo esportivo

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Normal


Numa das poucas participações do nosso trio de volantes para atacar saiu o gol que garantiu a vitória no jogo de estréia da Seleção masculina.

Por sinal, um golaço do Hernanes, que fez muito mais numa jogada só que Ronaldinho, Pato e Diego juntos, o nosso trio de frente.

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Para variar, mais coisas para a conta "galvanesca". Eis a pérola: "... escalar um árbitro assim para um grande clássico como este".

Ele, com suas décadas de experiência, acabou por igualar Brasil X Bélgica com Brasil X Itália, Brasil X Alemanha e por aí vai. Quantos títulos a Bélgica têm mesmo? E quantos jogos decisivos contra o Brasil?

Isso mostra o quanto é ruim nossa fase no futebol masculino, rebaixaram até o que significa clássico para nós.

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Neste caso, só temos que concordar com a péssima arbitragem do apitador saudita, principalmente no primeiro tempo.

Cada vez mais que vejo jogos de fora, inclusive os europeus, percebo que os nossos juízes até que não são tão ruins assim, são apenas normais.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O espetáculo esportivo

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De igual para igual (?)

Marta parte com a bola no meio-de-campo; eu tiro os pés de cima da cama.
A número 10 passa no arranque por duas marcadoras e fica cara a cara com a goleira alemã. Eu me preparo para vibrar.
A bola, por um pouco, o mínimo a mais de força vai ínfimos centímetros para frente.
No lugar do meu pulo vibrando pelo gol, sai o “uuuu!” da defesa da defensora Angerer.

Foi uma dos grandes lances desse jogo que, além do fator “estréia”, ainda teve a tensão de ter sido a repetição da final da última Copa do Mundo, com o direito de uma bola na trave para cada seleção.
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0X0 à parte, o destaque deste texto é a transmissão “Global”. Para variar, o grande Galvão Bueno criticou a transmissão chinesa – que realmente, no início, trocou os nomes dos técnicos dos times ao apresentar os caracteres sobre eles –, porém não repara os erros que ele e sua equipe cometem, a não ser para parecer o “melhor”.

Ele mesmo trocou o nome da goleira brasileira no momento em que a alemã Smisek acertou a trave brasileira. Soltou um “A Angerer já estava batida”, mas o nome da nossa defensora é Andréia, algo bem mais brasileiro por sinal. Mas nada de voltar atrás e fazer a retificação.

Por hora, lembramos que a Globo é quem gerará as imagens do vôlei de praia, torçamos para que não errem.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Projeto Salve o Ronaldinho

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- Alô? José Roberto?
- Pode falar, Ricardo. Que futebol chinfrim esse do Brasil hoje!
- Pois é, logo contra a Argentina, e ainda falta o segundo tempo.
- Mas é Brasil e Argentina, a audiência tá boa, por que me ligou?
- Lembra do que fizemos com o R9 em 2002?
- A volta dele contra tudo e todos?
- Isso mesmo. Acredito que temos que fazer isso com o outro, o R10.
- Como? Ele mal joga no Barcelona.
- Eu mando o meu empregado utilizá-lo e você tem a obrigação de “encher a bola” dele desde o início.
- Para esse tipo de história sempre tem público: um jogador em que poucos acreditam, um título idem. É só esperar o ouro asiático.
- Fechado então?
- Claro. Fique tranqüilo que as outras nos acompanham.
- Façamos nosso trabalho então.
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Essa não é nenhuma passagem de escuta da Polícia Federal, mas representa a mais nova situação do futebol brasileiro, o “Projeto Salve o Ronaldinho”. A CBF foi a primeira e a TV Globo grudou nos lances que definiram a idéia ricardiana.

Nada contra o Ronaldinho Gaúcho – mesmo que não esteja entre os meus jogadores preferidos –, mas é estranho como a imprensa o foca na preparação olímpica. Prova disso foi a atuação contra a seleção pífia de Cingapura, um gol e uma assistência num jogo ruim e o dentuço voltou a ser o herói da seleção.

Ah, isso para não citar a “falta que fez contra a Argentina no Mineirão!”. Ninguém lembra que ele não jogava a um bom tempo e que no último jogo pela seleção saíra vaiado? Pois é, virou a solução de uma seleção sem Kaká, o atual melhor do mundo. É, ele também não jogou aquela partida e já mostrou muito mais futebol pela seleção, inclusive contra a Argentina.

Porém, só dá audiência – ou no caso da CBF, desvia a atenção – o elemento surpresa, a recuperação digna de super-heróis que assistimos nos cinemas. A interligação das mídias e a manipulação do imaginário das pessoas funcionam como a fórmula mágica.

Se o título das Olimpíadas vier... se o Ronaldinho Gaúcho jogar muito bem ... tudo bem, a minha língua é tostada – confesso que prefiro esse final. Mas, e se as coisas não derem certo? A preparação não foi boa, apesar dos excelentes jogadores, isso não seria anormal. O herói viraria um vilão?

Esperemos que os pontos cruciais do Projeto ocorram ou, caso prefiram, que o filme vá para os olímpicos cinemas. O público responderá à altura ao que for produzido e os produtores verão se deu lucro ou não.