sexta-feira, 26 de junho de 2009

Os problemas continuam, o noticiário não

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Tudo bem. Michael Jackson foi um dos maiores ícones da cultura pop mundial, com sua grande criatividade e efetiva participação em todos os processos musicais (compunha, cantava e dançava diferente e bem). Revolucionou a estética dos clipes em pleno início de MTV e conseguiu a marca, talvez inatingível, de cem milhões de discos vendidos com Thriller, no início da década de 80.

O "Rei do Pop", que apareceu nos últimos anos mais por escândalos do que por música, morreu de forma rápida no dia 25 de junho de 2009. Uma das mortes que ficará marcada para esta década, talvez até sobrepujando a do Papa João Paulo II, em 2004.

Homenagens póstumas tradicionais na TV brasileira e no noticiário mundial, com um pouquinho a mais devido à sua "importância"? Muito longe disso. Os noticiários viraram praticamente que documentários sobre a vida do cantor. Retrospectiva da carreira, com suas benesses e problemas; comentários de especialistas sobre um dos maiores fenômenos do pop mundiais; e muito pouco de notícia.

Mais uma continuidade da crise no Congresso Nacional, com o cerco se fechando ao presidente do Senado, José Sarney, e o assunto passa a ser relegado a segundo, terceiro planos. Como se a morte de uma pessoa, por mais espetacular que tenha sido, fosse mais importante que problemas onde teoricamente deveria ser o espelho da democracia no país.

Além disso, um assunto de saúde pública como a gripe H1N1, que já vinha em segundo plano devido ao fato de não ser aquilo tudo que diziam, passava a ser preocupação nacional, com escolas, universidades e empresas fechando. No momento em que a doença começa a apresentar infectados no Brasil, esta deixa de ser uma notícia "importante".

Assim como o acidente do avião Air France, que só apareceu nesta semana devido ao encontro de corpos de integrantes da tripulação. Enquanto que nenhuma nota a mais foi apurada sobre possíveis causas do acidente, ainda vivemos num mar de dúvidas e num céu de medo.

Mas não, deixemos de falar de assuntos como corrupção, (falta de) saúde, (falta de) educação, (falta de) segurança e demais problemas porque estes ocorrem todo dia e a morte do "Rei do Pop" não.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Um chato de galocha

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Justamente no dia em que a insônia aperta e você não consegue dormir. Até que chega as 6 da manhã, o sono vem, mas tem que acordar às 8 para fazer alguns trabalhos e imprimir outros a seres entregues no dia.

Justamente no dia em que tem que ir à universidade para resolver problemas e entregar os tais trabalhos para não precisar ir novamente ao Campus. O ônibus demora mais que o normal e você fica agoniado parado por quase meia-hora, perdendo um tempo preciosíssimo na sua vida.

Justamente neste dia, aparece alguém com problemas psicológicos (de verdade) para encher a paciência no ponto:

- Vai pegar ônibus?
Balanço a cabeça positivamente e ele, como se fosse íntimo, continua a conversa:

- Rapaz, cadê o carro?
Dou uma risada irônica e balanço a cabeça negativamente. Ah, todos que me conhecem minimamente sabem o quanto eu gosto de conversar com desconhecidos!

- Sabe dirigir?
Balanço a cabeça negativamente. Não é possível que a psicose não permitirá que ele perceba que não quero papo. Quem disse?

- Que homem é esse que não sabe dirigir?
- Não tenho carro, não tenho para que saber dirigir.

Aí começou a aflorar a religiosidade do rapaz:
- Deus vai lhe dar um carro! O espírito santo me disse que você vai ganhar um carro. Você vai ganhar, o espírito santo mente?
Fiquei calado até que ele repetiu esta porcaria de pergunta mais três vezes. E, a contragosto, balancei a cabeça negativamente, não acredito nisso mesmo.

E nessa hora já estava com a mão no meu ombro - e se tem coisa que detesto é contato pessoal! Comecei a dar pequenos passos para me desvencilhar educadamente do tresloucado sujeito. A mão saia do ombro e ele recolocava. É nessas horas que temos que reclamar da educação dada por nossos pais e pelo fato do cara não ser culpado de ter uma psicose.

Daí ele não parava de perguntar besteiras e repetir frases milhares de vezes. Ria alto, dizia que gostava que os outros rissem dele, que se falasse tal coisa para as pessoas elas "ririam tanto que abririam as pernas e mijariam".

No meio da "conversa" ainda apareceu um ônibus que fiquei com muita vontade de subir. Mas justamente neste dia teria que esperar o da Ufal, se fossem em outras situações poderia pegar o Cruz das Almas/Trapiche - que inclusive passou duas vezes.

E o pior estava por vir. Queria saber o meu nome. E quem disse que eu falaria o meu nome para alguém assim? Balancei a cabeça negativamente e olhei para o chão rindo de tanta raiva. E ele continuava a querer saber e ainda disse o dele, que não lembro, só recordo que ele disse que era santo!

Depois perguntou se eu era católico ou evangélico - como se só existissem essas duas possibilidades de vida no mundo. Resposta negativa surgiu de mim. Falou que morava no Jacintinho, que fosse visitá-lo e ainda perguntou se eu iria! Vá te catar, desculpem o tom preconceituoso, mas uma "bicha louca" já é demais! Até que finalmente ele encontrou um senhor mais responsivo do que eu no banco, passou a duas mulheres que passavam na rua e o Trapiche/Ufal finalmente chegou!

E eu que reclamava do jovem que se acha professor, quando na verdade é aluno, e "trabalhou" para a Tereza Nelma nas eleições passadas e conversa com todo mundo que vê pela frente. E o pior que lembra depois. Além dele, há o senhor que vive nas ruas e nos ônibus gritando "Jeeeesus!" no ouvido de quem estiver por perto.

E o resto do meu dia seguiu tão ruim quanto. Chuva só quando saio do ônibus e tenho que "atravessar" a Ufal e coisas assim. Quando mesmo posso chegar em casa para dormir?

terça-feira, 23 de junho de 2009

Circo a motor - Uma nova categoria

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Muita conversa e pouco resultado. O que era para ser a corrida de despedida do circuito de Silverstone pode não ser. O que era para ser a garantia da presença das oito equipes da Federação dos Fabricantes na Fórmula 1 em 2010 marcou o início das negociações para uma nova categoria.

Hoje (23), inclusive, foram anunciadas as 17 provas do calendário para marcas históricas como Ferrari e McLaren e outras mais novas, só que mais ricas, casos da RBR, STR, BMW, Toyota e Brawn GP. Várias surpresas, como as voltas à Argentina e ao México e a ausência do Brasil.

Porém, as conversas continuam e mais uma vez uma semana se inicia com a expectativa do acerto definitivo entre equipes e os "proprietários" da Fórmula 1, Max Mosley e Bernie Eclestone, que já começaram a voltar atrás na postura radical anterior.

Primeiro foi a proposta de dobrar o teto orçamentário para 80 milhões de euros. Só que a Fota nem deu ouvidos e parece querer organizar um campeonato para evitar tresloucados mosleyanos no comando. No final de semana já houve a possibilidade das oito equipes não seguirem nenhuma alteração proposta no regulamento imposto para 2010. Esperemos...

SILVERSTONE

1948, os países europeu ainda se recuperavam dos prejuízos da Segunda Guerra Mundial. A Associação de Automobilismo Britânica permite a um faszendeiro do interior da Inglaterra a construir uma pista onde ficava sua fazenda.

De lá para cá surgiu a Fórmula 1, Silverstone dividiu o ano com outros circuitos ingleses, mas nunca ficou de fora da categoria máxima, ao menos até este ano, do automobilismo mundial. Por motivos financeiros e por falta de estrutura na pequena cidade, o GP da Inglaterra deve ir em 2010 para Donington Park, na capital Londres - desde que o mesmo consiga terminar as reformas.

Para a prova deste domingo era esperado um show caseiro do líder do campeonato Jenson Button, mas o que se viu foi o lema de uma das marcas sendo mais que uma simples propaganda de energizante. A Red Bull deu asas aos seus carros e foram muito superiores aos demais. Nem a Brawn GP havia conseguido uma vitória tão acachapante.

Sebastian Vettel conquistou a pole e manteve a liderança na largada e foi colocando 1 segundo em cada uma das 18 voltas seguintes no segundo colocado, o brasileiro Rubens Barrichello, que estava mais leve que ele.

Depois da parada, Rubinho ainda viu a outra RBR, a de Mark Webber, passar a sua frente e depender abrir muito. No final das contas, o pódio foi a única coisa possível e até um bom resultado, já que Button chegou apenas na 6ª posição e a diferença caiu três pontos.

Mas a preocupação do britânico passa a ser Vettel. O campeonato que parecia seguir para um final precoce ganhou uma motivação extra: se continuar assim, é a RBR de Adrian Newey que dará o título ao seu piloto. Numa virada sensacional. O GP da Alemanha é o que servirá para dar uma noção de como será a outra metade da temporada.

MELHOR RESULTADO - Os demais brasileiros até tem o que comemorar. Felipe Massa e a Ferrari fizeram uma ótima largada e uma ótima estratégia, respectivamente, e conseguiram fazer a equipe chegar na sua melhor colocação até agora, o quarto lugar. E isto largando apenas na 11ª posição.

Já Nelson Ângelo Piquet pela primeira vez conseguiu chegar na frente do seu companheiro de equipe, o bicampeão mundial Fernando Alonso, apesar de ser na modesta 12ª posição.

* No dia seguinte a esta publicação a Fota e a FIA se reuniram em Paris e acertaram que as equipes seguem nos próximos dois anos as regras estabelecidas atualmente. Além disso, após 18 anos no poder, Max Mosley prometeu não se recandidatar ao posto de "dono" da Fórmula-1.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Mídia crítica

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Mais uma série de erros dos sites alagoanos para mostrar. Para variar, a maioria dos erros consiste em não verificar o que está sendo copiado de agências e até de blogs de fora do Estado.


1- Para início de conversa, erros oriundos do site com "o maior e melhor conteúdo em Alagoas". No primeiro, grande foi a minha surpresa ao ler o título por pensar que tivesse sido uma mantéria "requentada", afinal o Pan-americano ocorreu há quase dois anos.

2- Já no segundo caso, abaixo, mais uma vez colocaram que tinha um vídeo do lado e nada de espaço para o vídeo.



3- Este erro do Gazetaweb apareceu nos últimos segundos. A falta de conferência fez que a frase inteira não coubesse no título:


4- Mais um erro "tradicional". No site Alagoas em Tempo Real as aspas foram substituídas por interrogações:

5- O que me chamou a atenção, de início, nesta matéria do Primeira Edição foi a forma como colocaram o texto, que dá muita preguiça para ler. Depois é que reparei em duas coisas estranhas, as frases "a lista está no post abaixo" e "a pedido deste blog", o qual não assinou a matéria - blog do Fernando Rodrigues.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

1984 ideias: Lemas do partido

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Tentaremos concluir agora a série sobre o livro do britânico George Orwell, 1984, com a forma com que o autor traz alguns lemas até mesmo contraditórios e os aplica na vida do seu protagonista nos momentos mais inquietantes deste clássico.

O grande lema, espalhado nos cartazes e fotos de propaganda do Partido, o Ingsoc, era: “O Grande Irmão zela por ti”. Se repararmos bem, em todos os locais que ditaduras são identificadas, veremos grandes imagens dos governantes locais (ainda é assim na China pós-Mao, e era assim no Iraque na época de Saddan), na Londres do livro não era diferente.

A frase existia para que as pessoas pensassem naquele sujeito, que provavelmente nunca viram e nem verão, como o grande protetor do povo; o que resolveria qualquer problema – se bem que na nossa democracia a ideia é bem parecida. Ao mesmo tempo, tal tema servia para vigiar as pessoas, afinal de contas o Grande Irmão sempre estaria ali para cuidar de você, dos seus atos e pensamentos.

Outros três lemas, espécimes de slogans, são colocados desde o início - assim como os “ministérios” responsáveis por julgar as atitudes das pessoas – e são contraditórios até o ponto de os fatos lhe darem razão: “Guerra é paz”, “Liberdade é escravidão” e “Ignorância é força”.

GUERRA É PAZ - Como já devemos ter dito anteriormente, a função do protagonista do livro, Winston, era mudar os arquivos jornalísticos do passado de acordo com as novas vontades do poder. Se antes estavam em guerra com um país, a partir de agora sempre guerrearam o outro.

Mesmo que nessas batalhas pouco fosse disputado, o que importava era justificar as más condições da classe subsumida em questão, os proles, e o rareamento de determinadas comidas ou objetos em algumas épocas até mesmo para os membros da classe média, burocrática.

Em nosso ver, “Guerra é paz”, significa manter uma situação beligerante para alimentar o sentimento de nacionalismo e evitar que as pessoas se unam contra a situação vigente. Afinal, tudo irá melhorar depois que “vencermos a guerra”. Como nos diz em certa parte, Winston, ninguém sequer lembra se antes era pior ou melhor que aquilo; e mais, “ortodoxia quer dizer não pensar... não precisar pensar. Ortodoxia é inconsciência” (p. 46).

LIBERDADE É ESCRAVIDÃO - Voltemos à relação com os dias atuais. Quantas pessoas nós já não ouvimos reclamar das coisas, mesmo na universidade, e não se moverem para nada para tentar alterá-las? O conformismo é alimentado diariamente pelas próprias pessoas e mesmo pela mídia. Esta que apesar de criticar os políticos e mostrar alguns problemas do mundo, não sai da superfície dessas coisas – por interesses já conhecidos – e mais incentiva as pessoas a continuar sentadas no sofá assistindo à TV.

E é essa falsa sensação de liberdade (democrática) que mais escraviza a população. Afinal, todos alardeiam que é fácil mudar dentro do que se tem em vigor, porém ninguém quer que uma alteração real ocorra. Você é livre, “mas para quê mesmo? Precisamos de um controle central, alguém no comando”. E é aí que entra o GI em 1984, a sua função.

Segundo um dos seus seguidores, Martin, – que só saberemos depois que é um de seus vigias: “O indivíduo só tem poder na medida em que cessa de ser indivíduo” (p. 214). E o poder do Partido “consiste em infringir dor e humilhação” (p. 217) a quem pensar o mínimo possível em duvidar desta força.

IGNORÂNCIA É FORÇA – O trabalho de Winston também consistia em alterar a história em relação a algumas pessoas, se antes a história oficial dizia que três homens eram herois, agora eles passariam a vilões. Mesmo que estivessem mortos, iriam a julgamentos populares e seriam enforcados em cerimônias públicas para mostrar o quanto o GI era justo.

Neste caso, a ignorância da maioria das pessoas representava a força do Partido e de seus reais seguidores. Esse controle da idiotice alheia era feito de inúmeras formas, dentre as quais se destaca o fato de que os próprios pensamentos poderiam ser controlados.

Manipulação de notícias é um tema que todos nós, estudantes de Jornalismo ou profissionais da Comunicação, escutamos quase que diariamente e isso não é surpresa para ninguém. Bem que os meios de comunicação poderiam aderir a esta frase: “Quem controla o passado, controla o futuro, quem controla o presente controla o passado” (p. 205).

SOFRIMENTO É PUNIÇÃO – Para quem duvida disso e tem consciência que algo deve ser mudado, há uma série de punições a serem aplicadas, até chegar à morte. Mas antes viesse a morte, que aparentou ser bem melhor do que o processo de crença no Grande Irmão, através da prova do quanto o indivíduo pode ser fraco.

São três os processos empregados após a prisão normal, com todos tipos de meliantes, e antes do julgamento: 1. Crimedeter, que significa deter qualquer pensamento; 2. Negrobranco, que representa tal nível de flexibilidade que se chega a acreditar e fazer preto com branco e vice-versa; 3. Duplipensar, que é um controle da realidade de forma consciente inconsciente.

É assim que se dá a vitória do GI sobre os que tentam alterar algo em seu mundo. Após se denunciar e também ao outro o qual gosta, de se ver em gravetos em frente a espelhos, de ser torturado através de alguns objetos, e o pior, depois de admitir que “o Grande Irmão zela por ti”, recebe um tiro na nuca e morre.

Ah, não pense que só porque soube de determinados detalhes do livro isso será suficiente para representar as sensações que 1984 podem causar. Como disse no início dessa série, este é um livro para se ler mais de 1984 vezes, e possivelmente você perceberá milhares de coisas que podem ser interligadas com a sociedade de Orwell e a nossa.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Circo a motor – Tá chaaato!

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Antes mesmo da corrida da Turquia o clima nos bastidores do circo era de chatice. Em entrevista, Alonso respondeu que o predomínio da Brawn GP estava tornando a temporada chata. O líder do campeonato, Jenson Button, brincou ratificando tal comentário e pediu aos jornalistas que olhassem para os outros pilotos.
Para o treino oficial as expectativas dos especialistas sobre uma possível mudança no rumo das coisas vinham de três fontes: 1. Felipe Massa, vencedor dos três últimos GPs em Istambul e numa corrida que poderia mostrar a volta definitiva da Ferrari; 2. Rubens Barrichello, o natural concorrente de Button, da mesma equipe; 3. Sebastian Vettel, da RBR.

A terceira opção tornou-se mais forte após a poleposition, superando os dois carros da Brawn GP. Porém, um micro erro entre as curvas 9 e 10 do circuito fizeram com que Button assumisse a liderança para praticamente não largar até o final.

Os únicos momentos de apreensão vieram graças à mudança de estratégia de Vettel para três paradas nos boxes, o que fez a diferença cair de mais de 5s para 0,5s. E o que fez também o piloto alemão terminar a corrida no terceiro lugar, atrás do companheiro de equipe Mark Webber.

Button chegou às incríveis marcas de 6 vitórias em 7 corridas, a liderança de 81% das voltas nesta temporada e a uma diferença de 26 pontos para o segundo colocado no campeonato de pilotos. O homem que ainda não errou em 2009 parece fazer impossível sua superação.

AH, O SEGUNDO COLOCADO do campeonato, o brasileiro Rubens Barrichello, volta a ter que escutar as perguntas se o problema dele é ser azarado. Uma péssima corrida! A única vez que um carro da BrawnGP abandonou uma prova.

No início, o mesmo problema da corrida na Austrália, o carro não saiu do lugar na largada, pois não entrou em primeira marcha, retornou a ponto morto e forçou o câmbio para andar, o que gerou mais problemas depois.

A seguir, perdeu duas brigas por posição. Após cair para décimo-terceiro, levou uma fechada de Kovalainen, rodou na pista e perdeu mais posições. Tentou passar a Force Índia de Adrian Sutil e teve parte do bico do bico do carro quebrado, o que fez antecipar sua parada nos boxes.

Para piorar a situação, neste momento já sabia que não tinha mais a sétima marcha, o que o impedia de fazer ultrapassagens. Este erro foi admitido por ele e pela equipe, que reduziram o toque da marcha, o que foi destruído com a falha na largada. Resultado: enquanto a dez voltas para o final seu companheiro poupava todo o equipamento, Rubinho largava a corrida.

OUTROS – Dos outros brasileiros, por incrível que pareça, o destaque foi Nelson Ângelo Piquet. Enquanto Felipe Massa teve um carro novamente pouco competitivo e terminou na sexta posição, Nelsinho fez o melhor momento da corrida, ao ultrapassar o atual campeão Lewis Hamilton numa manobra arrojada.

A McLaren é a equipe que vive o pior momento se levarmos em consideração sua capacidade financeira, a ponto de Hamilton sequer passar para a segunda fase de classificação e largar na modesta 16ª posição.

SAIU A 100ª VITÓRIA BRASILEIRA! - Enquanto a Globo apostou na 100ª vitória na Fórmula 1, incluindo inclusive Nelsinho Piquet nisso, foi na Fórmula Indy que saiu o vencedor brasileiro número 100. No Texas, madrugada de domingo, numa corrida dominada pelos carros de Pensky e Chip Ganassi, Hélio Castroneves venceu mais uma.


Veja quadro de vencedores da categoria (incluindo Fórmula Indy, C.A.R.T. e IRL) abaixo.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Mídia crítica

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Dois erros de sites alagoanos foram verificados hoje. Um deles, o do Alagoas em Tempo Real já havia sido cometido antes - devido ao grande mal do "ctrl c-ctrl v". O outro é uma sopa de palavras típica de esfinges.






Essa do Tudo na Hora merece uma descrição: "A prisão foi efetuada depois que a vítima denunciou que o motorista denunciou ter sido vítima do crime". Veja abaixo:



segunda-feira, 8 de junho de 2009

Como "tratar" a música?

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Apesar de não ser um expert em música, uma questão sempre povoou a minha cabeça através de conversas sobre o assunto, especialmente com quem a faz: como o “fazer música” deve ser tratado?

De um lado há a paixão pela boa música, que muitas vezes, devido à falta de condições financeiras, faz com que o artista não possa multiplicar seus ouvintes pois não tem como produzir e não atende a certos interesses da indústria da mídia. Do outro, há a possibilidade de se chegar à fama e ao sucesso, só que tocando ou cantando estilos que podem não o agradar.

O rap no Brasil passa por um momento de transição. Seguindo o exemplo do glamour e da fama dos rappers americanos, os brasileiros começam a “sair do movimento” para poder viver de música. As letras que até então traziam a realidade do subúrbio ou das prisões, começam a tocar romances ou a se misturar com estilos musicais mais populares.

O filme L.A.P.A. (Cavídeo/Virtual Filmes: 2008), codirigido por Cavi Borges e Emílio Domingos, busca mostrar a realidade de MCs brasileiros que tocam no famoso bairro da Lapa, no Rio de Janeiro; o quão difícil é se manter através da música, que tem que ser dividida com a carga horária de outros trabalhos e com o preconceito oriundo da própria família.

Esse é o caso de MC Chapadão, que durante a semana trabalha através de uma empresa de eletricidade terceirizada num dos campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Enquanto que no final de semana atua com seus raps.

O documentário mostra a família dele, em que a mãe se destaca ao dizer que apoia tudo o que o filho faz, apesar dos parentes, sua maioria médica, tratarem com desdém a veia artística do rapaz, principalmente em relação ao estilo musical escolhido. Pai, mãe e irmã só criticam o nome artístico optado.

Já MC Funkero também trabalha em bailes funk e mistura as duas batidas sonoras e nos diz surpreso que já viu batalhas de funkeiros em bailes cariocas, apesar deles não saberem que o fazem. Funkero fala aliviado que depois de alguns anos de trabalho na área consegue se manter. Ele é o apresentador dos duelos de rap, algo que costumamos ver em filmes estadunidenses.

FESTA - Um dos pontos interessantes, só que pouco tem a ver com música, é o encontro entre MCs com o local que ocorria uma das maiores festas anuais da Lapa. O lugar que deveria ser um salão de festas foi substituído por uma das sucursais de uma igreja cristã protestante - como crescem!

Assim como o festival, todos os rappers contaram que o movimento na Lapa começou com cada um achando que era o único ali que fazia rap. Até que arranjava amizade com outro e este dizia que também fazia. E assim foi aumentando a quantidade de pessoas envolvidas, a ponto do local também ser uma referência nesse estilo musical.

O festival de rap acabou após poucas edições pela falta de patrocinadores e, como os organizadores disseram, pelo fato de “chegar alguém que achava ser amigo e não dá para cobrar dos chegados”. Assim o dinheiro não cobria as despesas.

CASO D2 - Logo no início do filme aparece um rapper que lança sua rima criticando Marcelo D2, pelo fato de esquecer o “movimento” e se vender à fama e ao dinheiro. O ex-integrante do Planet Hemp, entre as várias coisas que fala, admite que faz música sim para ganhar dinheiro, para a sobrevivência da família e critica quem acha errado: “Ficam falando que traí o movimento, mas nunca vi esse tal de movimento. É como se fosse algo superior”.

D2 também conta como se deu a formação da banda, só não fala das prisões seguidas que o grupo tinha por encontrarem drogas com os integrantes. Se bem que não é esse o tema do doc, que em momento algum toca no assunto.

O MC Black Alien é outro que entra no tema das músicas que falem sobre a realidade do subúrbio. Aparentemente em outro estado de espírito, o MC reclama dos brasileiros que querem imitar os rappers americanos no estilo de se vestir e de esbanjar dinheiro:

“Muitas vezes o cara não tem nem o que comer, mas anda com uma corrente de ouro no pescoço só porque vê o 50cent, ou o Snoopy Dog usando na televisão. Encontrei o 50cent em frente à loja da Virgin [de CDs e DVDs] em Nova Iorque há cinco anos atrás pedindo para que os caras ouvissem a demo dele. A gente tem que entender que as realidades são diferentes”.

Ao continuar sobre o assunto ele trata de um tema polêmico e pouco visto na mídia nacional quando da passagem dessas estrelas estadunidenses no Brasil: “E ainda tem mais, ficam puxando o saco desses caras aí e eles vem aqui para pegar nossas mulheres, inclusive menor de idade, muitas, e ninguém faz nada!”.

PERGUNTAS - Mais uma vez deixo perguntas para uma reflexão final. Mesmo para nós que tanto criticamos as formas de alienação cultural e que achamos que ali ninguém sabe tocar nada, será que não deveríamos olhar de forma menos preconceituosa para certas coisas? Será que o guitarrista de banda C, ou P não está tocando ali por causa do dinheiro, mas sabe tocar estilos musicais melhores?

E uma coisa que serve para todas as profissões: e no dia que lhe pedirem para fazer algo que vai de encontro ao que você acredita, mas você TEM que fazer para se manter no emprego? Com música, caso você não seja “achado” por um influente e bom produtor musical, a situação pode ser parecida.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Mídia crítica

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De ontem para hoje percebi alguns erros. Para não pegar no pé só da mídia local, também temos equívocos de sites de dimensão nacional. Vamos a eles:


1- "E a coroa do Miss Gafe vai para" o Yahoo, que acabou por guaguejar. Erro consertado minutos depois, mas não a tempo de passar despercebido;


2- Estava lendo uma matéria sobre a cotação do dólar e me surpreendi com o valor divulgado pelo Gazetaweb: R$ 19924. Afinal, desde a semana passada que a moeda americano caiu da casa dos R$ 2 e, com a oitava queda seguida, esse valor teria que ser menor que o famoso R$1,99;


Abaixo a matéria correta, com o valor correto:


3- Uma palavra faz sim a diferença. Assim como eu, você ficaria com curiosidade ao ver esse título sobre o acidente com avião da Air France: "FAB divulga imagens de destroços do Air Bus". Além de não ter imagem alguma, a matéria se equivoca. Compare com a original, do Terra.















4- Um erro mais simples, mas só para comprovar que erra é humano, independentemente do tamanho do meio:

terça-feira, 2 de junho de 2009

O [magnífico] Mistério do Samba

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O que esperar de um documentário sobre música que traz na direção sobrenomes Buarque de Hollanda e Jabor? Ah, além disso, que conta com participações especiais de Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho e Marisa Monte – também na produção? E para melhorar, os protagonistas são integrantes da Velha-Guarda da Portela? Uma magnífica simbiose entre cinema e música.

Em 1998, a cantora Marisa Monte, filha de um ex-diretor portelense, resolveu vasculhar a produção da escola do bairro Oswaldo Cruz com a finalidade de gravar e preservar músicas inéditas. Ela encontrou mais de cem e gravou ao lado da Velha-Guarda da Portela o CD Tudo Azul, lançado em 2000. A ideia do documentário partiu daí e Marisa seria a produtora.

Dez anos, muita música e depoimentos depois, era lançado O Mistério do Samba, trazendo à tona engraçadas e interessantes histórias reais contadas por quem fez e faz o samba carioca. Histórias não só da produção das músicas, mas do cotidiano de pessoas com veia artística intensa e tão comuns como quaisquer pessoas pobres, enfrentando batalhas semelhantes sem largar a paixão musical.

SEU ARGEMIRO - O grande destaque no quesito histórias é o seu Argemiro. Uma pessoa simples, simpática e muito inteligente que conta fatos ocorridos na sua vida, que, infelizmente, não pôde acompanhar a estreia do filme, já que faleceu aos 80 anos em 2003.

Numa primeira conversa, em sua casa, sem camisa, seu Argemiro conta como utilizava as palavras para elaborar as músicas, até que lembra de uma dúvida:

“Como é que se diz: âmbito ou ambito?
- Âmbito, responde o diretor Lula Buarque de Hollanda.
Bem que eu pensava que fosse âmbito. Mas na hora da produção da música, o significado não importa. Tinha que colocar âmbito para rimar”.

E abre um gostoso sorriso antes de contar outra palavra a qual utilizou para uma música e se espantou ao descobrir, muitos anos depois, o significado desta:

“Utilizei numa música minha a palavra copular sem saber o que era. Depois descobri: ‘Ih, significa isso?’. Mas tinha que colocar. Hoje, agora que eu sei, digo que vou para casa copular com a minha muié”.

Outro comentário que destacamos de seu Argemiro é quando ele conta quando Monarco o apresentou a Chico Buarque, no início da década de 60, quando Chico já era unanimidade no país:
“Cheguei no bar e eles já estavam bebendo. O Monarco disse: ‘Esse aqui é o Argemiro, ele faz sambas’. Aí ele [Chico] pediu para que eu criasse uma ali, naquele momento, sobre a garrafa. Aí eu disse que não podia fazer porque não sentia nada pela garrafa. Não tinha inspiração sem sentimento”.

Ele foi para casa e na mesma noite produziu uma letra sobre a sua impossibilidade de escrever sem ter motivo emocional para tal e entregou a Chico no dia seguinte, que reclamou do tamanho da ‘resposta’.

O [magnífico] Mistério do Samba - Parte 2

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AMOR Outros momentos interessantes ficam a cargo das mulheres da Velha Guarda. Como os compositores falaram, o ‘mal do homem é a mulher’, e eram elas os grandes motivos para a criação de músicas.

Numa roda entre cabeleireiras e manicuras, Marisa Monte conversa com as senhoras da escola sobre vários assuntos: o fato de antes as mulheres não comporem, só participar como pastoras (que mandam na escola) e como cantoras; lembrarem de antigas canções etc. Até que o assunto da roda chega ao comentário de que os homens da Portela sempre foram bonitos.

Um a um eram citados. Até que chega em Casquinha, alguém comenta que ele também era bonito. Tia Surica repreende: “Não! Logo ele com aquele bico de papagaio na cara! Casquinha só ficou um pouco bonito depois de velho. Posso falar disso porque namorei ele e dei um pé na bunda”.

Casquinha confirma. Conta que o motivo da separação foi que Surica colocou ponta nele com alguém de outra escola. Quando voltou para casa, ele fez uma música sobre a situação, a qual canta com a Velha Guarda e o motivo de sua criação.

Sobre esse assunto, outro grande momento é a entrevista com Dona Áurea, a senhora responsável por ensinar às crianças da escola o ‘miudinho’. Quando questionada por Marisa Monte sobre o amor, ela responde resignada:

“Esse amor louco que o pessoal fala por aí não existe! Amor para mim é lavar roupas, pratos, ajeitar a casa, cuidar das crianças.
- Mas o amor não é o que está nas músicas?
É para quem quer”.
MUITA MÚSICA Além dessas saborosas histórias, que misturam presente e passado com muita criatividade na montagem, o documentário é recheado de sambas. Ora com toda a escola no Barracão, ora nas entrevistas. Com destaque para o dueto de Marisa Monte com Paulinho da Viola. As três músicas cantadas pelo duo mostram a perfeição da junção dessas duas vozes.

Com direção de Lula Chico Buarque e Carolina Jabor, O Mistério do Samba foi selecionado para a competição no Festival de Cannes do ano passado e é um doc para se rever, ‘reouvir’ várias vezes possíveis. Quer dizer, um documentário para ser adquirido, sem o sentido material da palavra; como forma de extrair a simplicidade e a musicalidade desses grandes artistas.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Mídia crítica

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Mais um erro oriundo do site Gazetaweb. Não é que estejamos pegando no pé dos virtuais gazetianos. Se erram e nós percebemos o erro, há a publicação. Neste caso, vejam que quem colocou a legenda do vídeo teve o cuidado de digitar o nome entre aspas porque sabia que deveria estar errado. Um pouquinho mais de curiosidade e veria que no próprio navio tem o nome correto. Vejam os detalhes na imagem:

Enquadro o fato

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