2019.14 A batalha da mídia/ 2019.15 Memória de minhas putas tristes/2019.16 Dinâmica e concorrência capitalista

Na correria da vida e tentando respirar apesar da alta temperatura e baixíssima umidade de Brasília os 3 livros que registro aqui foram lidos em diferentes momentos das últimas semanas.

Começando com "A batalha da mídia: governos progressistas e políticas de comunicação na América Latina e outros ensaios", de Dênis de Moraes, ele foi publicado em 2009, no ápice dos governos progressistas na região. Eu comprei anos depois e deixei na fila. Por um lado, não me interessava estudar sob essa perspectiva. Por outro, por conta da quantidade de trabalho e por pesquisar coisas com mudanças recentes, eu escolho normalmente ler muito mais artigos que livros. Resolvi trazê-lo de Maceió por estudar Argentina, Brasil e México no doutorado.

Algumas coisas foram interessantes para entender o bom momento e alguns dos caminhos traçados, lembrando que é antes da realização da Conferência de Comunicação no Brasil e também da aprovação da Ley de Medios da Argentina. Serviu para eu ter alguns elementos, ainda que poucos, sobre a década passada.

MORAES, Dênis de. A batalha da mídia: governos progressistas e políticas de comunicação na América Latina e outros ensaios. Rio de Janeiro: Pão e Rosas, 2009.

Nunca tinha lido nenhum livro de Gabriel García Márquez (sério!). Comecei com "Memória de minhas putas tristes" porque comprei o livro no Sebinho, aqui em Brasília. A história é da década de paixão por uma pré-adolescente de um homem que passa dos 90 anos. Leitura tranquila e ágil, com diagramação que ajuda nisso, inclusive.

MÁRQUEZ, Gabriel García. Memória de minhas putas tristes. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2005.

Do que estudo na Economia Política da Comunicação, a concorrência é onde mais me aproximo dos estudos econômicos. Mas para isso sigo certa tradição no Brasil de ter como referência Mario Luiz Possas, que buscou avançar no estudo da concorrência entendendo que a obra marxiana e a discussão do valor não avançaram até aí. Outros marxistas chegaram a considerar que esse debate teórico não merecia ocorrer por ser algo da prática do capitalismo, no campo do real.

Como eu acompanho as disputas concorrenciais em relação à apropriação midiática do futebol, entender a dinâmica da estrutura concorrencial é essencial. Além disso, tenho que escrever um artigo sobre o tema para quem tiver interesse em estudar EPC na perspectiva concorrencial.

"Dinâmica e concorrência capitalista: uma interpretação a partir de Marx" é focada mais na justificativa de estudo - vale ler também "Estruturas de mercado em oligopólico", em que o tema é mais desenvolvido.

POSSAS, Mario Luiz. Dinâmica e concorrência capitalista: uma interpretação a partir de Marx. São Paulo: Editora HUCITEC/Editora da UNICAMP, 1989.