terça-feira, 28 de dezembro de 2021

2021.26 Capirotinho/ 2021.27 Infinitos Lutos/ 2021.28 Maracanã

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Como comentei na postagem anterior, meu foco no financiamento coletivo ao "Capirotinho" foi adquirir o livro com os quadrinhos sobre a pandemia. O foco do capirotinho é chamar a atenção aos problemas dos seres humanos, algo acentuado pela pandemia.

Referência

INFANTE, Guilherme. Capirotinho: Quarentenado. Ipatinga: Ed. do Autor, 2021.

Eu separei "Infinitos lutos: De histórias não contadas de Chapecó" dias antes da defesa da minha tese, dias após fariam 5 anos do acidente com o avião da Chapecoense. Mas o dia 5 de novembro foi o do acidente com o jatinho da cantora Marília Mendonça, então eu pulei para outra leitura.

Todo mundo que gosta de futebol lembra como soube daquela notícia e os diferentes aspectos que me afetava, também enquanto jornalista que o é para acompanhar momentos que nem aquele. O livro de Passeri passa por meses depois do acidente, ou seja, acompanha o luto. Um luto, por sinal, que não é só da cidade, mas dele mesmo, por causa de uma perda então recente de um amigo.

É um livro com capítulos de diferentes formatos e que nos leva àqueles momentos em que a atenção ao que ficou não estava tão marcante, especialmente para o lado das famílias e da cidade, não da reconstrução do clube.

Referência

PASSERI, Roberto. Infinitos lutos: De histórias não contadas de Chapecó. São Paulo: Editora Ludopédio, 2020.

Sou fã do Simas pelo conhecimento e a forma de passá-lo referente às questões populares que marcam a constituição da cultura brasileira, incluindo especialmente o futebol. "Maracanã: Quando a cidade era terreiro" é a história do estádio sendo construída a partir de outros elementos populares e com a devida crítica sobre a segregação social que marca a história do estádio, dos geraldinos aos arquibaldos à Maraca Arena.

Referência

SIMAS, Luiz Antonio. Maracanã: Quando a cidade era terreiro. Rio de Janeiro: Mórula, 2021.

sábado, 20 de novembro de 2021

2021.23 Torto Arado/ 2021.24 Capirotinho: O pior do pior/ 2021.25 Ode a Mauro Shampoo e outras histórias da várzea

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Difícil falar mais alguma coisa de "Torto Arado", de Itamar Vieira Júnior. O livro merece todo o sucesso que vem fazendo ao tratar das histórias de protagonistas negras. Na verdade, vejo as duas irmãs como uma parte de uma história que é apresentada de forma maior, a da exploração das pessoas negras.

O que eu imaginava que era a surpresa do livro, com a linguagem da primeira parte deixando dúvidas sobre quem tinha cometido determinado ato, foi resolvido ao final da primeira parte. A terceira, há outro ato que deixa dúvidas e reaparece a necessidade de sabermos quem foi. A surpresa chega bastante forte. Vale ler para entender.

Referência

VIEIRA JUNIOR, Itamar Vieira. Torto Arado. São Paulo: Todavia, 2019.
 

Talvez dos quadrinhos que acompanho pela internet, "Capirotinho" é o que me faz pensar sobre diversas coisas, às vezes discordo também, mas faz parte do processo de crítica social que é apresentado nas imagens de Guilherme Infante. 

Comprei "O Pior do Pior" junto ao mais novo, que é sobre a quarentena. Neste caso, o compilado é mais curto e o livro tem o formato das tiras, logo, é pequeno em altura também. Dá para ler rápido, se a pessoa não parar numa ou outra bomba certeira contra a humanidade.

Referência

INFANTE, Guilherme. Capirotinho: O Pior do Pior. Ipatinga: editora do autor, 2019.

Sou fã do Simas, com encantamento sobre como ele consegue falar tão bem de questões ligadas à cultura popular. Há a erudição do professor, mas há muito conhecimento de vivência e sofrência cotidiana. Não à toa, um tuíte dele é a epígrafe da minha tese.

Ode a Mauro Shampoo e outras histórias da várzea veio no bolo com o novo livro dele, que é sobre o Maracanã e que deixei para ler mais para frente. São crônicas curtas sobre o futebol enquanto evento social importante, com muitos trechos sobre o Nordeste. Há um conto sobre o ASA, inclusive.

Referência

SIMAS, Luiz Antonio. Ode a Mauro Shampoo e outras histórias. Rio de Janeiro: Márula, 2017.
 

 

terça-feira, 26 de outubro de 2021

2021.22 Verde América

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Quando vi o financiamento coletivo para "Verde América" logo depois do bicampeonato da Libertadores pelo Palmeiras, imaginei que o Lucas (Berti) fosse tratar das duas. Mas não, ele montou um projeto de fazer um livro sobre a participação do time que torce num torneio que não vencia há 21 anos, escrevendo sobre cada jogo - e algumas coisas histórias!

Papo de torcedor palmeirense para outro. Os receios que viram provas e que serão confirmados logo ali, a angústia de ver obrigatoriamente fora dos estádios e aquele momento, AQUELE, que todo mundo há de lembrar pelo resto da vida.

Referência
BERTI, Lucas. Verde América: notas de um Palestra sul-americano e bicampeão. Petrópolis: Editora Corner/FootBooks, 2021.


sábado, 23 de outubro de 2021

2021.21 Forasteiros

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A minha experiência como torcedor visitante é muito pequena, dá para contar nos dedos. Em vários momentos, pensei em ir para outros estádios daqui de Alagoas e de outros estados para ver os meus times jogaram, mas sempre tive receio e, em alguns casos, desisti dias antes. O livro "Forasteiros: Crônicas, vivências e reflexões de um torcedor visitante", de Rodrigo Barneschi, me fez lamentar muito por não ter sido o "outro" nessas situações, ao mesmo tempo que confirmou algumas preocupações.

Livraço da Editora Grande Área que me emocionou em diversas vezes porque a maior parte dos relatos é sobre jogos do Palmeiras, alguns dos quais lembro muito bem das situações. Ainda que escrito por um torcedor de determinado clube, com muito clubismo envolvido, vale muito a pena ler.

Referência
BARNESCHI, Rodrigo. Forasteiros: Crônicas, vivências e reflexões de um torcedor visitante. Campinas: Grande Área, 2021.

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

2021.20 Futebol Feminista: ensaios

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Ao saber que Lu Castro estava buscando financiamento coletivo para um livro sobre futebol feminista, logo pensei em ajudar. Lu trata do futebol de mulheres desde a década de 2010, dialoguei em diferentes momentos com ela, mas só a conheci anos atrás, durante um seminário em São Paulo.

Como o próprio nome do livro indica, ela e Darcio Ricca apresentam ensaios sobre o futebol e o feminismo, cruzando estas histórias com dados, informações e muito incentivo à luta, algo ainda mais essencial nos últimos anos.

Referência

CASTRO, Lu; RICCA, Darcio. Futebol Feminista - ensaios. Rio de Janeiro: Livros de Futebol, 2020.

domingo, 10 de outubro de 2021

2021.19 O Futebol como ele é

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Quando recebi o e-mail da Editora Grande Área sobre o livro do Rodrigo Capelo fiquei atento e busquei garantir o meu. Capelo é uma referência importante para dados sobre "Negócios do Esporte", para ficar no nome da nova editoria do espaço em que ele trabalha.

Como brinquei ao final de uma live no Na Bancada em que conversamos sobre o livro - eu tinha parado no capítulo 3, entre atividades da UFAL e da tese -, se Irlan Simões tivesse me falado de uma mesa com Capelo dois anos antes eu estranharia muito. O jornalista tinha comparado a situação do CSA com a do Joinville e também defendia mais o formato de clube-empresa. Algumas coisas mudaram para ele e para nós, confesso.

Voltando a "O Futebol como ele é", Capelo passa por pontos muito importantes da história dos 13 clubes que formaram inicialmente o Clube dos 13, passando por três partes: "Os gigantes em construção", com São Paulo, Santos, Botafogo, Fluminense e Grêmio; "A ruína dos gigantes", com Vasco, Cruzeiro, Internacional e Bahia; e, "O jogo infinito do futebol", com Atlético-MG, Corinthians, Palmeiras e Flamengo.

Na live, ele já havia falado que tinha usado o meu livro numa referência ao Corinthians, partindo especialmente da explicação sobre o processo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Ainda que a linguagem tenha sido outra, fico feliz em ver o que fiz para além da academia e como uma das referências de um livro que já se torna fundamental para conhecer melhor a estrutura do futebol brasileiro.

"O futebol como ele é" tem quase 600 páginas, mas a leitura é muito boa para se fazer, tem histórias excelentes e relatos de entrevistas imperdíveis com figuras como Eurico Miranda (Vasco) e Andrés Sanchez (Corinthians). Tenho divergências pontuais no capítulo final, mas aí seria assunto para outra live ou conversa mais à frente.

Referências

CAPELO, Rodrigo. O Futebol como ele é. Campinas, SP: Grande Área, 2021.

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

2021.16 Políticas de comunicação/ 2021.17 A seis años de la Ley Federal de Telecomunicaciones e Radiodifusión/ 2021.18 Doze contos peregrinos

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O livro Políticas de comunicação: Buscas teóricas e práticas traz não só um bom cenário de quando foi publicado, 2007, mas traz elementos teóricos importantes para analisar as políticas de comunicação não só no Brasil, mas também em outros países. Era uma das referências para a seleção de doutorado no PPGCom/UnB.

Referência

RAMOS, M. C.; SANTOS, S. dos. Políticas de comunicação: Buscas teóricas e práticas. São Paulo: Paulus, 2007.

Estudando o México há alguns anos, sentia falta de conteúdos atualizados sobre a Ley Federal de Telecomunicaciones y Radiodifusión. Ter um livro que faz críticas sobre a lei após determinado período me ajudou a entender melhor os limites da regulação após a formulação de um marco legal.

Referência
GÓMEZ, R. A seis años de la Ley Federal de Telecomunicaciones e Radiodifusión: Análisis y propuestas. Cidade do México: Tintable, 2020.

A leitura de Doze contos peregrinos deveria ter sido mais rápida do que foi. Mas, em meio à escrita da tese, acabou ficando para raros momentos de maior tranquilidade em leitura e escrita. Já conhecia "Só vim telefonar" de leituras do ano passado, conto bem forte que se torna ainda mais pesado pela sequência de várias situações tristes e inesperadas de outros contos que acompanham este livro de Gabriel García Márquez.
Referência
MÁRQUEZ, G. G. Doze contos peregrinos. Rio de Janeiro: Record, 2018.

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

7 anos de UFAL!

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A volta após dois anos de afastamento de um jeito inimaginado: pandemia, aulas remotas e discursos oficiais de "saldo extremamente positivo" e "mesmo sem dinheiro, professor vai dar aula até embaixo da sombra da mangueira". Eu que, ainda tendo tese a terminar, tinha me preparado psicologicamente para não me estressar nas atividades cotidianas... Ledo engano.

Primeiro que levo a sério praticamente tudo na minha vida e tenho parâmetros morais e éticos para tratar das coisas, ainda mais na UFAL. Todas as dificuldades, desafios e conquistas (mais dos dois primeiros) da graduação me fizeram definir parâmetros de trabalho, se um dia voltasse. Em 19 de agosto de 2014, esse dia chegou. De lá para cá, não faltou trabalho para eu querer fazer, não faltou defesa da UFAL e especialmente da Unidade Educacional Santana do Ipanema que, como digo à turma do 1º período, me escolheu e me acolheu enquanto docente.

É difícil dar aula em dois cursos (Economia e Contabilidade) que não são os meus de formação? Sim! Mas eu dou aula na instituição que estudei e sonhei voltar como docente. Isso é o que importa e é com esse orgulho e essa responsabilidade, como disse no dia da posse, que sigo tentando trilhar meus caminhos por aqui.

quinta-feira, 1 de julho de 2021

2021.15 Vidas Secas

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Deve ter sido, pelo menos, a terceira vez que li "Vidas Secas". Já li em formato normal, em quadrinhos e chegou a vez de ver as fotos ilustrativas da edição especial de 70 anos (2008). Comprei como presente para outra pessoa e depois para mim, mas ficou na estante por um tempo.

As fotos de Evandro Teixeira, um dos mais brilhantes fotógrafos brasileiros, auxilia a compreensão do que o texto indica. Para mim, relembrou ainda vários lugares em que passo ao ir para Santana do Ipanema trabalhar. Tem uma foto em especial que reconheci, pois é de um capelinha em cima de uma pedra, que fica um pouco antes de chegar na cidade.

Referência

RAMOS, Graciliano. Vidas Secas: 60 anos - fotografias de Evandro Teixeira. São Paulo: Record, 2008.

 


quinta-feira, 10 de junho de 2021

2021.14 Grande Sertão: Veredas

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Li pela primeira vez "Grande Sertão: Veredas" quando passei no concurso para ser professor da UFAL e sabia que iria trabalhar no sertão alagoano. Era uma forma de aproximação enquanto o chamado para ir trabalhar não vinha. Fiquei impressionado com a qualidade do texto e o arrojo na temática. Narrativa de um cangaceiro que se apaixona por outro, Riobaldo por Diadorim.

Anos depois, vi a versão em quadrinhos e comprei, mas só pude ler nestas férias porque achava que tinha quantidade de páginas semelhantes ao livro normal. Mas não. Li em menos de dois dias. Qualidade gráfica magnífica, à altura de um clássico da literatura.

Referência

ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. 2. ed. São Paulo: Globo Livros Graphics, 2016.

segunda-feira, 31 de maio de 2021

2021.12 Bom dia, camaradas/ 2021.13 Amoras

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Li alguns do Ondjaki nas últimas férias e o maior interesse na obra dele normalmente está quando quem escreve é criança. "Bom dia, camaradas" é mais um caso desses. A história de um menino, sua família e sua turma da escola numa Angola com mudança política, independente, mas com poder centralizado num presidente e num partido, com cubanas e cubanos trabalhando no país.

Dentre várias coisas interessantes, a história do "Caixão Vazio", que invadia escolas e fazia várias coisas ruins. Em tempos de desinformação, é um caso bem interessante a se tratar sobre como ela pode ocorrer fora dos sites de redes sociais. Destaco ainda os pontos sobre despedidas e saudades.

ONDJAKI. Bom dia, camaradas. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

Considero o Emicida um dos grandes pensadores e músicos do Brasil contemporâneo. "Amoras" é um livro infantil voltado ao orgulho da cor negra, com ilustrações lindas do Aldo Fabrini. Muito bom para crianças nas faixas etárias mais baixas.

EMICIDA. Amoras. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2018.

quinta-feira, 27 de maio de 2021

2021.10 Amor Bandido/ 2021.11 11 Cidades

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O livro "Amor Bandido: As teias afetivas que envolvem a mulher no tráfico de drogas", marcou o aniversário do Leia Mulheres Maceió, além de representar a quebra de um hiato de 5 meses sem reuniões do grupo.

O livro é acadêmico, resultado de dissertação de mestrado, mas com uma linguagem acessível. A presença da autora, Elaine Pimentel, na reunião tornou tudo ainda melhor, porque nos trouxe a sensibilidade do processo da dissertação/livro, mas também o percursos da pesquisadora que veio depois.

COSTA, Elaine Cristina Pimentel. Amor Bandido: As teias afetivas que envolvem a mulher no tráfico de drogas. 2.ed. Maceió: Edufal, 2008.


Comprei alguns livros da editora Grande Área pelas dificuldades financeiras do momento da pandemia. Ao fazer a busca, tentei fugir daqueles sobre tática, ainda que tenha comprado um. Prefiro as histórias sobre futebol. 11 cidades: para cada viagem, um só destino: o Futebol cumpre perfeitamente isso, ao tratar das viagens do jornalista Axel Torres, torcedor do Sabadell e de tantas outras seleções e times de forma provisória.

Um livro para quem adora ir a estádios e entender certas loucuras que, para loucos que nem eu, dá vontade de imitar assim que for possível.

TORRES, Axel. 11 cidades: para cada viagem, um só destino: o futebol. Campinas: Editora Grande Área, 2017.



sexta-feira, 30 de abril de 2021

2021.9 O gauchismo de Carlos Drummond de Andrade

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Livro da minha companheira, oriundo da dissertação feita no PPGLL da UFAL. Trata de preocupações sobre como autores da literatura brasileira são tratados em manuais usados em sala de aula. Serve bastante para quem estuda ou trabalha com Literatura ou gosta da obra de Carlos Drummond de Andrade.

Referência

MALTA, Carla Carolina da Silva. O gauchismo de Carlos Drummond de Andrade: uma perspectiva para a formação do leitor literário. Belo Horizonte: Dialética, 2020.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

2021.8 Estado e Comunicação

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Encontrei "Estado e Comunicação" numa busca por outros livros sobre Políticas de Comunicação e relação do Estado no processo de regulação. O livro, organizado por Murilo César Ramos e Nelia R. Del Bianco, foi publicado a partir das apresentações do congresso da Intercom realizado em 2006, na Universidade de Brasília. Conta com artigos referentes ao Brasil, à Espanha, ao México, à França, à África do Sul e a Portugal, o que possibilita até certa comparação sobre os problemas de cada país.

Referência

RAMOS, Murilo César. BIANCO, Nelia R. Del. Estado e Cinema. São Paulo: Intercom, 2008.

terça-feira, 20 de abril de 2021

2021.7 Mercado Brasileiro de Televisão

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Reli "Mercado Brasileiro de Televisão", de César Bolaño, para a série do podcast Jogando Dados sobre os principais livros da Economia Política da Comunicação no Brasil. MBT é considerado o marco da articulação estrutural e teórico-metodológica do subcampo no país. Mescla uma discussão teórico-metodológica muito importante com descrição e discussão sobre o desenvolvimento da TV por aqui.


A minha primeira leitura, ainda da edição de 1988, foi comentada por aqui - link a seguir. A segunda edição, atualizada, traz ainda mais elementos interessantes sobre o progresso tecnológico na produção e distribuição de audiovisual. Dialética terrestre: Mercado Brasileiro de Televisão - César Bolaño (terrainteressados.blogspot.com)

Referência
BOLAÑO, César. Mercado Brasileiro de Televisão. 3.ed. São Cristóvão: Portal EPTIC, 2016.



 

sexta-feira, 16 de abril de 2021

2021.6 1984

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Uma conhecida pediu emprestado "1984" no segundo semestre do ano passado. Eu na hora falei: "que loucura, pior momento para lê-lo". Aí voltei a dar aula em abril e qual foi um dos materiais para me preparar para as aulas: "1984", de George Orwell. Eu queria usar o "duplipensar" para a aula sobre desinformação, daqui a algumas semanas, cruzando com a "informação de classe", de Bolaño (2000) e as preocupações atuais sobre os riscos de aceitar tão fácil coisas contraditórias.

Enfim. Li 1984 em 2009 e quem quiser pode ler o relato aqui: Dialética terrestre: 1984 ideias (terrainteressados.blogspot.com). O impacto foi bem diferente daquele momento, ainda que a conjuntura seja bem pior. De certa forma, ainda bem.

Referência
ORWELL, George. 1984. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

terça-feira, 16 de março de 2021

2021.4 Jeremias: Pele/ 2021.5 Estado e Cinema no Brasil

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Ao participar de uma oficina sobre como publicar em periódicos, uma colega do doutorado apontou a necessidade de lermos literatura para aliviar um pouco do ritmo das leituras acadêmicas. Eu vinha, após as férias, só com artigos e livros acadêmicos, precisava relaxar.

Lembrei que tinha comprado a graphic novel "Jeremias: Pele", da MSP, há algum tempo. Estava até ainda com o plástico. Desde a apresentação, em que Maurício de Souza diz que percebeu ali que era a primeira vez que Jeremias, um dos personagens mais antigos da empresa, era protagonista de um quadrinho; passando pelo posfácio do Emicida na contracapa e o relato de como trechos da hq eram baseadas na história de Rafael Calça e Jefferson Costa; e, especialmente, pela história relatada, é um super livro para apresentar os problemas do racismo no Brasil.

Referência

CALÇA, Rafael; COSTA, Jefferson. Jeremias: Pele. Panini Comics: São Paulo, 2018.

No trabalho com a EPC, uma das grandes alegrias foi conhecer Anita Simis e suas orientandas nos congressos da Intercom. A seriedade na pesquisa, com tantos dados que esmiúçam a realidade e os problemas do cinema nacional, estava clara.

Ler agora "Estado e cinema no Brasil" não foi pela tese, mas por uma série no podcast Jogando Dados sobre obras importantes para a EPC brasileira. Não vou falar muito porque nas próximas semanas estará lá, como episódios #39 e #40: Jogando Dados • A podcast on Anchor.

Referência

SIMIS, Anita. Estado e Cinema no Brasil. Editora Unesp: São Paulo, 2015.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

2021.3 Indústria Cultural, Informação e Capitalismo

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Li "Indústria Cultural, Informação e Capitalismo", de César Bolaño, ainda na graduação, numa cópia feita a partir de livro adquirido por um amigo para ser discutido no núcleo de pesquisa. Reli alguns capítulos para o mestrado e depois ia retomando uma coisa ou outra para artigos e livros. Desta vez, a releitura veio a partir da proposta do podcast de Jogando Dados de apresentar e discutir livros importantes da Economia Política da Comunicação brasileira.

A obra é um clássico da EPC por ser a representação de tese na Economia que se propunha a apresentar uma discussão de autoras e autores críticos ou marxistas sobre a comunicação, de maneira a construir uma teoria marxista da comunicação.

Referência
BOLAÑO, César. Indústria Cultural, Informação e Capitalismo. São Paulo: Hucitec; Polis, 2000.


domingo, 10 de janeiro de 2021

2021.2 Os transparentes

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Seguindo para o terceiro livro do angolano Ondjaki, Os transparentes trata de Angola a partir de um prédio popular central. É a partir dele que se mostra diferentes aspectos sociais, culturais e políticos do país africano, com destaque para a transparência e leveza de um de seus personagens, Odonato, que representaria o povo angolano.

Referência

OBDJAKI. Os transparentes. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
 


terça-feira, 5 de janeiro de 2021

2021.1 Becos da Memória

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Já havia lido e me encantado com a "escrevivência" de Conceição Evaristo anos atrás, lendo Ponciá Vicêncio no Leia Mulheres Maceió. Até procurei de imediato outros livros dela, mas não encontrava nas livrarias. Em 2021 aproveitei outra compra pela internet para adquirir Becos da Memória.

O livro traz vários relatos memorialísticos de moradoras e moradores de uma favela que estão sendo expulsos, jogando também várias histórias de vida que formaram o espaço e mudando a lógica da convivência pacífica, ainda que muito difícil, para uma ameaça quase constante.

Destaco como personagens a Maria-Nova, que serve quase como uma guia para a favela - e que tem elementos de vida da própria Conceição, escolhendo narrar aquelas histórias para outras pessoas no futuro enquanto escritora -; e Bondade, Negro Alírio e Vó-Rita, que trazem outras perspectiva de vida social, cada qual com sua diferença, em prol do coletivo.

Referência

EVARISTO, Conceição. Becos da Memória. 3.ed. Rio de Janeiro: Pallas, 2017.