sexta-feira, 13 de junho de 2014

[Copa - Comentários] Começou!!!

Muito difícil. Não o jogo, que publicarei com os meus comentários no Twitter, mas a situação em si. Conversei com dois amigos pouco tempo antes do jogo e explicava o quanto era difícil o momento que se desenhava. Afinal, mais que torcer contra, era um dos que imaginava os problemas (de quase sempre) da Copa do Mundo FIFA por aqui, mas nunca imaginei que a discussão política através de protestos fosse aparecer com tanta força, ainda que este ano ainda menor que no ano passado.

Minhas TLs (Facebook e Twitter) se dividiram em odes ao evento, com demonstrações do nacionalismo tradicional, com a representação da pátria em chuteiras, porém, com relatos, links de vídeos e imagens de truculência policial - com refração em jornalistas - das manifestações de hoje. Volto a dizer, infelizmente, com menor potência/popularidade que no ano passado.

Cheguei a comentar nas conversas que provavelmente iria me autocensurar nas redes sociais tamanha a situação para mim. Porque, do outro lado, sou fascinado por futebol desde criança, creio que faz parte do meu DNA, Copa do Mundo é o ápice desta relação e é inacreditável que ela esteja ocorrendo no meu país; não por motivos de organização/política, mas por só em 1950 ter ocorrido uma por aqui. E 1950 também tem peso nisso. É o Mundial que me chama mais atenção porque o tal do silêncio dos 200 mil teve ter sido algo excepcional enquanto um momento histórico, uma marca na alma brasileira.

Tudo isso acabou pesando a poucos minutos da partida começar. Admito publicamente que a emoção que víamos nos olhos do capitão Thiago Silva era parecida com a minha naquele momento. Caramba, "O" evento, aquele que sempre aguardamos a cada quatro anos e vivemos, independente da participação brasileira, no máximo de partidas possível, sendo aqui, aqui neste país, ainda que eu não possa ir/trabalhar em nenhum jogo - e provavelmente nem vá ver nenhum treino de Gana aqui em Maceió.

Comentei também que para mim seria necessário algo especial para torcer pelo Brasil com a força de antes. Ano passado, acabei, sem querer, vestindo a réplica da camisa de 1950 na semifinal da Copa das Confederações contra o Uruguai (!) e a final foi com a Espanha sendo favorita. Entretanto, o "clima" de Copa pesou e imagino bem o que devem ter sentido os jogadores nos minutos iniciais. Eu demorei a começar a ver a partida. No caso deles, algo amplificado porque, independente de grana, é mais que o sonho, é uma realização para pouquíssimos jogar o maior evento do futebol em seu país.

Ah, e algo que não falei. É a minha primeira Copa sozinho. Em 2010, cheguei a ver duas partidas no trabalho (a de Portugal nem vi, na verdade, porque tinha que passar algo por e-mail), mas tinha companhia dos colegas. Desta vez não. Restava ouvir a gritaria da vizinhança e aproveitar para xingar muito durante o jogo. Sozinho, não há restrições.

Sobre o jogo, seguem os comentários no Twitter - e veja aqui a storify sobre antes do apito:






Nenhum comentário:

Postar um comentário