quarta-feira, 25 de novembro de 2009

(QUASE) IRAAAAAAAAAADO! - Congresso Acadêmico

A minha decisão da semana passada em evitar assuntos e pessoas que me irritem melhorou bastante o meu humor e a minha saúde. Mas atendendo a pedidos, a universidade volta ao alvo, mais especificamente o curso de Comunicação Social.

Quem conhece minimamente o COS sabe dos vários problemas que ele enfrenta, sendo o principal deles a falta de qualquer preocupação da maioria dos professores em honrar o alto salário - se levarmos em conta outras classes de "trabalhadores" - que recebem.

CONGRESSO 2008
Ano passado, na primeira vez que o Congresso Acadêmico da Ufal ocorria com atividades intra-unidades, apresentaria um trabalho individual e participaria de outras duas mesas, em sequência.

No primeiro dia, eu e outros colegas estudantes nos surpreendemos pela ausência de qualquer pessoa do curso para avaliar os trabalhos (já que a universidade propagandeia que cada unidade acadêmica tem que indicar o melhor trabalho em cada categoria). O professor indicado disse que não foi avisado e que iria embora.

Após conversarmos com o diretor do Instituto o qual o curso faz parte, tivemos que apresentar o trabalho para nós mesmos e com gestão própria. As minhas reclamações e de outros colegas via lista de e-mail foram respondidas timidamente, já que não havia justificativa.

No dia seguinte, as apresentações nas mesas começaram com um atraso absurdo porque três professores do curso estavam numa mesa e chegaram atrasados. Resultado: as nossa mesas atrasaram ainda mais e ainda tivemos que explicar ao professor de outra área que a culpa não era nossa.

Devido a mais essas demonstrações de falta de respeito - acrescida à avaliação estranha do nosso projeto de extensão, decidi que no máximo apresentaria um trabalho em 2009.

CONGRESSO 2009
Os problemas começaram com a inscrição, em que o nosso orientador não poderia inscrever a mesa que discutimos antes. Assim, para garantir que eu e minha companheira de Pibic participássemos de um mesmo espaço, inscrevemos um resumo apenas. Depois de semanas de inscrições é que soube que a partir de então os professores poderiam inscrever uma mesa.

Eis que ficamos aguardando o horário dessa bendita apresentação por semanas, sempre olhando o site oficial do Congresso. Faltando um pouco mais de uma semana apareceu a programação, só que sem a definição dos horários das apresentações dos estudantes.

Minha colega de pesquisa falou com o coordenador do curso uma semana antes do Congresso começar para pedir que colocasse a nossa apresentação na terça (24) à noite ele concordou. Como não havia a confirmação do horário, no final de semana ela mandou um email repetindo o pedido e ele concordou.

Surpresa a minha quando soube por ela que a organização nos colocou na segunda à tarde. Detalhe: ambos estagiamos neste horário e seria muito difícil ir para a Ufal com tanta "antecedência" na divulgação. Além disso, se alguém estuda à noite é porque teoricamente não pode ir à tarde, quando as aulas têm maior carga horária.

Ela conseguiu que ficássemos na terça e o professor que fazia parte da comissão de "organização" ainda teve que readequar e reformular o calendário já que até mesmo professores estavam em horários errados. Mesmo assim, era tarde demais. Alguns alunos ou se apressaram para chegar a tempo ou não souberam.

Já na segunda-feira, um colega de projeto de extensão mandou um email revoltado para a lista do Ichca reclamando da falta de informações no curso, especialmente porque não soubemos nada de como se daria a apresentação do banner com os resultados da extensão. Além da falta de organização para que fossem enviadas informações completas em tempo adequado e, principalmente, por falta de qualquer responsável para dirimir as dúvidas.

APRESENTAÇÃO
Ontem, saí mais cedo do que o normal do estágio na Rádio para chegar no horário marcado. Quando entramos na sala da apresentação (R.A.V.) encontramo-nas aberta e vazia, com um datashow sobre a mesa.

Esperamos alguns minutos e outra pessoa que iria apresentar apareceu acompanhada dos pais, que foram vê-la apresentar. Esperamos 10, 15, 20, 30 minutos e nada. Ela ligou para a orientadora dela para saber o porquê de não estar lá - até mesmo porque esta professora também fazia parte da comissão "organizadora". Não lembro da resposta sobre isso, mas ela a orientou para voltar no dia seguinte e apresentar na mesa que estaria.

Até que três alunos apareceram para assistir às apresentações e decidimos, às 19h40, apresentar para cinco pessoas. Assim como fiz no ano passado, só que com menos estudantes para apresentar - provavelmente por terem se encaixado em horários com seus orientadores.

Confesso que isso não me revoltou, até porque quatro anos no COS é mais que o suficiente para não se surpreender com mais nada. Não saio desiludido com a profissão ou com a graduação em Comunicação Social (com o tema) porque esperava dificuldades e discentes mais velhos já contavam determinadas histórias que se repetem ao longo dos anos.

Pude, e corri atrás, procurar outras coisas para complementar a minha formação (pesquisas, extensão, movimento estudantil, aulas em outros cursos). Não é a mais adequada e a que poderia ter de melhor, mas não tenho do que reclamar.

Quanto aos professores, suas brigas eternas, incompetência, faltas e oportunismos, eles continuam por lá ano após ano, turma após turma. Nós estudantes só podemso passar até sete anos, logo somos e seremos os mais prejudicados.

O grande problema atual é que os alunos já começam a se desmotivar, ou pegar o ritmo dos professores, nos primeiros períodos e devem até achar bom não ter aulas. Com professores sem querer dar aula e com alunos sem querer estudar, temos formado o casamento do desastre.

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