domingo, 14 de julho de 2013

[Por Trás do Gol] Quando a fase é ruim...

Pressão, com boa parte dos jogadores adversários na defesa. Troca de passes, a bola chega na área e o centro-avante é travado na hora do gol. Bola mandada para área, antecipação do goleiro e a bola passando raspando a trave sem ninguém empurrar ao gol. Meia-atacante recebe um excelente passe na área, chuta torto, mas no canto. A bola vai para fora. No lance seguinte, contra-ataque e o centro-avante adversário, Leandro Kível, acerta um chutaço mesmo sem ângulo.

Esta situação representa muito bem o que foi o primeiro tempo de CSA X Sergipe. Ainda que o campeão sergipano deste ano tenha começado controlando bem a posse de bola, o desentrosado time alagoano foi empurrado pela torcida e conseguiu criar, mas sem perfeição nas finalizações. Já haviam passado mais de 180 minutos sem gols, o desespero pelo primeiro seguia.

A bola seguiu rolando no Estádio Rei Pelé e as coisas não mudaram, ao menos no primeiro tempo. Mais um cruzamento para a área e cabeceio clássico, no contrapé do goleiro, que fica parado no meio do gol. A bola raspa a trave e vai para fora. Com 3 atacantes, o Sergipe só não conseguia acertar lançamento nas costas dos laterais porque errava de bobeira. "Quando a fase é ruim...". Muitas foram as vezes que ouvi o comentarista da rádio comentar isto. Assim, terminou o primeiro tempo com 1 a 0 para os colorados.

No sábado, nem assim sairia gol do CSA
Torcida pegando no pé dos jogadores, dividida entre aplausos a poucos e vaias à maioria. Não teve fôlego nem para os que se destacaram no Campeonato Alagoano, casos do meia Elyeser e do atacante Everaldo, que pareciam firular muito com a bola nos pés.

A irritação da torcida aumentaria no segundo tempo. O time pareceu cansar de tanto atacar e cada um quis tentar algo sozinho, para mais vaias da torcida nos lances a seguir. Nem as alterações, colocando o time mais para o ataque, mudaram a situação, com pouquíssimas chances sendo criadas.

Raiva do time, que ia para a terceira derrota seguida em três jogos, e muita provocação da torcida sergipana, uma dais rivais da organizada da região. Motivo o qual torcedores que nem eu tiveram que dar uma volta a mais até chegar ao estádio "para não cruzar com a torcida adversária", por sugestão (!!!) da polícia.


O ápice foi o gol na casa dos 30 minutos. Após Flávio salvar em alguns contra-ataques, saiu o segundo gol, com Parral, com a torcida, em massa, abandonando o estádio. A imensa maioria não viu a chance de, ao menos, deixar de ser o único dos 101 times entre as 4 divisões do Campeonato Brasileiro a não marcar gol. Alex Henrique partiu para a bola e "quando a fase é ruim...", o atacante tira do goleiro, mas também do gol.

Final do jogo: CSA 0X2 Sergipe. Além das inúmeras vaias e xingamentos, o presidente do CSA anunciou a dispensa do diretor de futebol Elias Mansur e que deverá utilizar os jogadores do clube para os demais 5 jogos na Série D. Parece que o ano do centenário acabou e, no final das contas, o vendedor de garrafinhas estava certo...

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