- Alô.
Barulhinho clássico de ligação a cobrar. Desligar.
Minutos depois, o celular volta a tocar. Mesmo número, mas: "Ah, tem pessoa próxima com problemas de saúde, vai que...".
Barulhinho de ligação a cobrar. Espera. Ninguém nunca diz o nome como o recado gravado afirma.
- Alô.
- Oi. Aqui é a Camila, você disse que eu poderia ligar.
- Você deve ter ligado errado, Camila.
- Na parada de ônibus, em Sapucaia, você me disse que podia te ligar.
- Você deve ter ligado para o número errado.
- Você não lembra? Você me disse na parada de ônibus em Sapucaia que podia te ligar.
Décimos de segundos antes de nova resposta negativa. A pergunta:
- Qual o seu nome?
- Camila, não vou à Sapucaia a algum tempo. Devem ter te passado o número errado. Meu nome é Anderson.
- Anderson? Mil desculpas, Anderson. Liguei errado.
- Um abraço.
- Tchau.
Raios! Num dia com a milicada atirando o tempo inteiro! Sapucaia? Uma vez só e de trem.
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