sexta-feira, 23 de novembro de 2012

[Circo a motor] A derradeira corrida de Schumi

Poderia ter terminado ali, naquela tarde complicada, com uma corrida que o forçou a lutar por posições e terminar brigando pelo título no seu último ano de Fórmula 1. O maior campeão da história do circo encerraria no topo, numa das equipes históricas, a Ferrari, e com sete títulos mundiais conquistados com muitia habilidade e certos casos de malandragem e, vá lá, imorais.

Mas não, em 2009, ele resolveu voltar, seria o "carro-chefe" da entrada da Mercedes na F1, acompanhado do também alemão e revelação Nico Rosberg. A desconfiança sobre ele era em grande quantidade, afinal, alguém que ficou três temporadas fora da maior categoria de esporte a motor do mundo poderia voltar em grande nível?

Em alguns momentos, parecia que o velho Schumi, que eu e tantos outrxs que cresceram acompanhando-no na categoria estava de volta, com arrojo em ultrapassagens e disputando para chegar mais à frente. Infelizmente para nós, foram poucos estes momentos. No final das contas, ao menos antes da última prova de 2012, Michael Shumacher passará as três temporadas de sua volta com apenas um pódio, em Valencia, em junho deste ano. Muito pouco para a história dele e menos ainda quando o seu companheiro de equipe o venceu em todos os três anos, com direito à primeira vitória da equipe, neste ano.

Se em 2010 ele ficou em 9º na classificação de pilotos e no ano passado ficou em 8º, com 72 e 76 pontos respectivamente, 2012 vem sendo péssimo para o alemão. Foram apenas 43 pontos, colocando-o na 15ª posição, a pior desde que estreou na Fórmula 1 em 1991 (quando correu seis provas e terminou em 14º). Tudo bem que após as férias, os carros prateados da Mercedes caíram muito de produção, mas vê-lo passar por cima de Vergne em Cingapura foi o sinal de que foi "longe demais".

O final de uma carreira marcada por 307 corridas (305 largadas), com 155 pódios, 91 vitórias, 77 voltas mais rápidas e 68 pole positions, terminou com Schumacher pedindo emprego a torto e à direita após a Mercedes anunciar o inglês Lewis Hamilton no seu lugar. Em vez de ter negociado com a equipe para um anúncio conjunto, ele optou por correr atrás do lugar do seu "irmão mais novo" Felipe Massa na Ferrari e depois tentar substituir Sérgio Perez, de partida para a McLaren, na mediana Sauber (!!!).

No final das contas, o ideal seria apagar estas três temporadas - com direito a espremida em Barrichello na Hungria, em 2010 - e ter deixado a imagem do piloto polêmico, mas vencedor, da época de Bennetton e Ferrari.

DECISÃO
Enquanto isso, dois dos melhores pilotos da atualidade decidem no sempre confuso circuito José Carlos Pace, em Interlagos, quem será o mais novo tricampeão mais novo da história da Fórmula 1, ocupando o lugar de Ayrton Senna. 

A genialidade de Fernando Alonso, considerado por muitos (inclusive por mim) o piloto mais completo, enfrenta todo o potencial da RBR do "quebrador de recordes" Sebastian Vettel. 13 pontos os separam, número que apontam uma vantagem para o piloto alemão, já que em "condições normais", a Red Bull tem um carro que facilmente irá para o pódio - ele precisa apenas de um quarto lugar. 

Resta a Alonso torcer para que o carro consiga uma boa colocação nos treinos oficiais e que Hamilton, Button e Massa, no mínimo, coloquem-se entre ele e Vettel durante a corrida. Ou que os "deuses" de Interlagos, que já deram um título na última volta a Hamilton, olhem para ele neste domingo.

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