segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A mentira do aquecimento global (?)

Há algum tempo que o assunto da moda são as mudanças climáticas provocadas pela ação humana. Esta semana, nossos noticiários estão sendo bombardeados por reportagens sobre este assunto devido à Conferência do Clima, a Cop-15, em Copenhague. Inclusive, eu mesmo já escrevi sobre alternativas contra os desastres ambientais - mesmo não concordando em nenhuma delas como algotransformador.

Em meio a tantas e tantas matérias sobre o assunto, ontem me surpreendi com a presença do professor Luiz Carlos Molion, do curso de Meteorologia da Univ. Federal de Alagoas (Ufal), no programa de debates "Canal Livre" (Band). Porém, a surpresa não foi pela presença de um professor local, mas por já conhecer a linha defendida pelo professor Molion em relação ao aquecimento global, tema do programa: ele não acredita nisso.

Com mais de 40 anos de experiência, o estudioso de meteorologia mais antigo do país e representante da América Latina na Organização Mundial de Meteorologia (OMM), afirma sem qualquer dúvida que o aquecimento global é mais uma farsa criada para o controle político-econômico do mundo, única justificativa plausível.

BASE OPOSITORA
A base para sua desconfiança vem dos estudos dos ciclos históricos do planeta. Segundo Molion, a Terra vive em períodos glaciais que passam em torno de 200 a 300 mil anos, intercalados por períodos com temperaturas mais altas que duram erca de 12 mil anos. Atualmente estaríamos vivenciando um que já passou dos 15 mil anos. Assim, a tendência não é de a possibilidade de vida no planeta acabar por conta do aumento de temperatura, mas pela queda.

Sobre o gás carbônico, ele acredita que o CO2 seja o gás da vida. Segundo Molion, é ele que permite que as plantas façam a fotossíntese e garantam a produção de alimentos essenciais para a sobrevivência da espécie humana. Além disso, pesquisas teriam comprovado que dos 200 bilhões de toneladas de carbono jogados na atmosfera, apenas 6 bilhões são oriundo de "produção" humana (através de fábricas e indústrias), ou seja, uma ínfima parte.

Sobre a sensação de maior temperatura que as pessoas passaram a ter ao longo dos anos, o professor comenta que é claro que com o crescimento das cidades, devido ao cimento e ao concreto, a temperatura aumenta. Mas as médias mundiais mostradas em pesquisas acabam por desconsiderar outras áreas, mais gélidas, pela simples falta de medição nestes lugares, caso da Sibéria - cuja medição foi interrompida após a dissolução da URSS.

O estudioso comenta também que foi comprovado recentemente por pesquisadores da Nasa que a fórmula que comprovava o aquecimento e os buracos na camada de ozônio não é possível. Pelo contrário, está ocorrendo um resfriamento. Algo que ele defendia há vinte anos!

Além disso, os jornais e as TVs publicaram - mesmo sem grande estardalhaço - a possibilidade de os dados que comprovam o aquecimento global estarem sendo manipulados (ver vídeo abaixo). Hackers invadiram o site do IPCC (Painel intergovernamental do Controle do Clima/ONU) e baixaram arquivos de e-mails em que um pesquisador cita esta alteração nas estatísticas.

O professor Molion justifica o estardalhaço em torno do tema como uma forma de evitar grandes alterações na geopolítica mundial. Como exemplo, ele lembra que o presidente estadunidense Barack Obama esteve recentemente na China para negociar a diminuição dos poluentes das indústrias do país asiático, cujo o PIB é o que mais cresce nos últimos anos.

DÚVIDA
Fui questionado hoje, ao comentar a parte do programa - que teve outros dois entrevistados -, se acreditava no professor da Ufal.

Bem, ele tem argumentados sustentados tecnicamente em bons dados e boas teses que, mesmo depois de algum tempo, acabaram por ser comprovadas. Assim como, a possibilidade de manipulação de dados tanto para a continuação do financiamento de pesquisas, quanto para a freada no desenvolvimento de alguns países, podem facilmente ser verossímeis.

A minha grande dúvida, e esta é uma questão que se pudesse faria ao professor Luiz Carlos Molion é quanto às garantias de sobrevivência humanas dadas as condições naturais atuais, desconsiderando a questão climática. Como o homem pode seguir o seu caminho de vida perante tipos naturais cada vez mais devastados?

A imensa parte da mata atlântica brasileira foi destruída, a amazônia caminha a passos largos para um fim parecido - especialmente devido à pecuária e a produções para exportação (soja) -, além do que já foi destruído para que fosse possível o desenvolvimento da força de produção atual nos países desenvolvidos.

Se o CO2 é essencial para a fotossíntese das plantas, o que adianta tê-lo se não há plantas para realizá-lo? A produção agrícola brasileira, por exemplo, é realizada pensando no mercado externo, nem que para isso sejam necessárias imensas áreas apenas para eucalipto ou cana-de-açúcar, culturas danosas ao solo.

É fato que há um processo de destruição humana, através da exploração da sua força de trabalho ao longo de mais de dois séculos. A transformação da natureza, base do trabalho humano, virou algo banal. Fazer para vender e não mais para atender às necessidades da humanidade. Não importa se teremos ou não uma variedade de frutos e folhas, importa se teremos o lucro.


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