domingo, 19 de outubro de 2008

Por trás do gol

PARLA, BRASILEIRO!

Hoje terminou a Copa do Mundo de Futsal Brasil 2008. Após oito anos, e uma disputadíssima e equilibrada partida, o Brasil volta a vencer, conquistando seu sexto título mundial. Porém, o tema deste texto não é o título brasileiro.

Causou curiosidade a todos a grande presença de brasileiros em outras seleções durante o torneio. Para se ter uma idéia, todas as quatro primeiras seleções tiveram pelo menos dois nativos do Brasil atuando com sua camisa.

A finalista Espanha tinha dois brasileiros, inclusive o jogador que participou do lance decisivo da final, Marcelo foi quem teve o pênalti defendido pelo goleiro Franklin.

A quarta colocada Rússia veio com outros dois brasileiros. Destaque para o artilheiro da competição, Pula, com dezesseis gols.

Além do Brasil, é claro, a terceira colocada Itália também foi uma seleção repleta de brasileiros. Todos os catorze convocados e inscritos são “brasilianos”. Eu disse TODOS. Fato este que causou até discussões via imprensa e uma partida acirrada durante a segunda fase do torneio.

Lembro que já no Mundial de 2004 a Itália tinha doze dos catorze inscritos sendo brasileiros. A Fifa prometera fazer algo, mas, para variar, não fez e o assunto só piorou.

Uma explicação: futsal, diferente do futebol, não tem nenhuma regra sobre o assunto. Não é a toa que há jogadores atuando por ela mesmo que já tenha jogado pelo Brasil, o que seria impossível no caso do campo.

Todos sabem que o Brasil lança muitos jogadores, não seria diferente no futsal. Poderíamos falar, assim como fez Schumacher, da falta de honra ao se vestir outra camisa, mas onde fica o sonho de disputar um Mundial?

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DUPLO Tudo bem que hoje em dia temos casos de jogadores com mesmos nomes – quantos Diegos, Klebéres ou Brunos – mas o site da Placar errou nisto: “A liderança ainda pertence a Kléber Pereira, com 78 pontos, seguido pó Alex Mineiro, que soma 72 pontos, e Alex Mineiro [sic] com 70”. Direto do Blog de Prata do dia 13.

QUAL? Na Inglaterra há dois Manchester’s, o United e o City, como são chamados por lá. Aqui no Brasil costumou-se chamar o primeiro pelo nome da cidade, porém, não avisaram isto ao narrador Cléber Machado: “Com [Jô, ] Robinho e Elano, Dunga repete o trio de ataque do Manchester”.

CSA? O repórter Luciano Costa, da rádio Gazeta AM, veio com essa durante o jogo do sábado, em que o CRB perdeu para o Juventude: “Já estava impedido o Glaydson, jogador do Centro Sportivo Alagoano [sic]”. O CSA foi eliminado na 1ª fase da Série C.

NADA DE PUBLICIDADE A TV Globo tem uma política de não falar sobre eventos adquiridos por outras empresas. O repórter Carlos Gil assim citou o interesse das equipes da Fórmula Indy (Band) por Rubens Barrichello, durante o treino oficial para o GP da China: “modalidade do automobilismo norte-americano”. Só das famosas temos a Nascar e a Indy.

REVISÃO? Falta de revisão numa matéria de domingo, 19, do jornal Gazeta de Alagoas sobre as séries C e D: “Os quatro primeiros sobem para a Série B em 2010 e os quatro últimos descem para a Série D. Já os quatro primeiros da terceira Divisão sobem para a Série B”.

FRASE DA COLUNA “O Luxemburgo errou, na minha opinião”. O comentarista da Band, Neto durante o programa esportivo Terceiro Tempo. Detalhe, assim que saiu a substituição de Evandro no lugar de Maurício – motivo da crítica -, Neto disse que o técnico palmeirense tinha acertado.

Um comentário:

  1. O Neto é "brincadeira" como ele mesmo costuma dizer. Essa do terceiro tempo eu naum vi, mas durante o jogo ele se atrapalhou todo, junto com o Luciano, tento saber se a entrada do Denílson era a segunda ou terceira substituição (era a terceira).

    Já essa conversa, sobre jogadores de um pais q vão defender as cores de outra seleção, rende. Naum caio nessa conversinha furada de patriotismo, ou falta de. A FIFA mesmo tenta impedir, no futebol de campo, essa "desnacionalização". Nas quadras isso parece um caminho sem volta.
    Essa conversa de nacionalismo barato ou patriotismo, naum cola mais. Os caras querem é saber oq vai ser melhor pra eles e os seus e esses "seus" nem sempre são brasileiros. Q pena q essa noção internacionalista naum tenha nem um pingo classista, na evrdade naum passa de um dos tentáculos da globalização.
    Enim........esse assunto rende!!

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