sábado, 25 de outubro de 2008

Minhas eleições - Final

2006. Primeiro ano na universidade e todo um acesso a perspectivas que, apesar de estar próximo, nunca havia tido acesso.

Nas eleições estaduais teria que escolher entre dois usineiros, optar por um sujeito de um partido que nada me agradava (PT) ou ir à única alternativa que, eu achava, havia. Votei nesta alternativa, ainda mantinha o receio de votar nulo. Não “por causa dos que tanto lutaram pela democracia”, simplesmente preferia não anular o voto.

Para presidente, o Lula já tinha ido embora há muito tempo como expectativa de transformação social. Votar em algum tucano era algo fora de cogitação a uma década da minha vida - já havia amadurecido um pouquinho há muito tempo!

Enfim, segui a mesma linha da eleição local, votei na Heloísa Helena por se apresentar enquanto “alternativa” naquele momento.

Quanto aos demais cargos, votei nulo em todos eles, pois já pensava no setor legislativo como um espaço em que só venciam os interesses das classes dominantes. Mesmo alguém “honesto” teria que se adequar a esse espaço para poder atuar.

Dois anos após isso, ganhei muito mais aspectos teóricos na área sócio-política. Percebi que em qualquer forma de poder estabelecido, qualquer cargo político, não havia forma de não “sujar as mãos” chegando lá.

Porém, destaco duas coisas que aconteceram nos dias prévios às eleições do primeiro turno, realizadas neste ano:

1. Numa quarta-feira estou tranqüilo em casa fazendo um trabalho para entregar no dia seguinte e começo a ouvir alguns fogos. Para o meu azar, era o candidato de um cabo eleitoral cuja família mora na mesma rua que eu. Ele iria terminar a “campanha da vitória” no bar em frente a casa onde moro.

Quantidade de pessoas igual só lembro ter visto por lá a sete anos atrás, quando Vasco e Flamengo faziam a final do Campeonato Carioca e dois torcedores brigaram neste mesmo bar. Como urubu sobre carniça, numa briga “chove” gente. Assim como, com bebida de graça – as fotos dos posts anteriores representaram esta bagunça;

2. Uma discussão sobre voto nulo realizada numa comunidade do Orkut. E o detalhe mais importante: na comunidade de um time de futebol. Em duas horas foram mais de cem posts sobre o assunto!

A grande discussão de que “devemos votar pelas pessoas que morreram para que tivéssemos esse direito” ou “evitar votar no menos pior”. Vocês devem saber que eu fazia parte deste último grupo.

Um comentário:

  1. Ai meu caro, faz uma cara q naum dava uma olhada por aqui.....

    pois bem,nas eleições de 2004 eu já estava em Maceió, lembro-me de uma discussão dentro da comuna estudantil em q o PSTU e os independentes racharam e eu, como "base" do pstu, já q tinha sido levado aquele espaço por Fabiano Duarte e Gustavo Pessoa, rachei com eles sem entender muito bem oq acontecia.

    resultado: quando as eleições deste ano aconteceram eu já estava bem enfiado no pstu.

    Outra lembraça é a de chegar na casa da minha tia com uma camisa do Fleming, q era o candidato a vereador naquela época, camisa aliás com q fui votar (nulo) nas eleições de traipu, eleições essas q foram impugnadas por inelegibilade do candidato vencedor, candidato esse q venceu as eleições esse ano...

    2006 e 2008 justifiquei, mas em 2004 tirei um bom dinheiro com bandeiras e rojões!!

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