
domingo, 26 de outubro de 2008
Por trás do gol

sábado, 25 de outubro de 2008
Minhas eleições - Final

Nas eleições estaduais teria que escolher entre dois usineiros, optar por um sujeito de um partido que nada me agradava (PT) ou ir à única alternativa que, eu achava, havia. Votei nesta alternativa, ainda mantinha o receio de votar nulo. Não “por causa dos que tanto lutaram pela democracia”, simplesmente preferia não anular o voto.
Enfim, segui a mesma linha da eleição local, votei na Heloísa Helena por se apresentar enquanto “alternativa” naquele momento.
Quanto aos demais cargos, votei nulo em todos eles, pois já pensava no setor legislativo como um espaço em que só venciam os interesses das classes dominantes. Mesmo alguém “honesto” teria que se adequar a esse espaço para poder atuar.
Porém, destaco duas coisas que aconteceram nos dias prévios às eleições do primeiro turno, realizadas neste ano:
1. Numa quarta-feira estou tranqüilo em casa fazendo um trabalho para entregar no dia seguinte e começo a ouvir alguns fogos. Para o meu azar, era o candidato de um cabo eleitoral cuja família mora na mesma rua que eu. Ele iria terminar a “campanha da vitória” no bar em frente a casa onde moro.
Quantidade de pessoas igual só lembro ter visto por lá a sete anos atrás, quando Vasco e Flamengo faziam a final do Campeonato Carioca e dois torcedores brigaram neste mesmo bar. Como urubu sobre carniça, numa briga “chove” gente. Assim como, com bebida de graça – as fotos dos posts anteriores representaram esta bagunça;
2. Uma discussão sobre voto nulo realizada numa comunidade do Orkut. E o detalhe mais importante: na comunidade de um time de futebol. Em duas horas foram mais de cem posts sobre o assunto!
domingo, 19 de outubro de 2008
Por trás do gol

Além do Brasil, é claro, a terceira colocada Itália também foi uma seleção repleta de brasileiros. Todos os catorze convocados e inscritos são “brasilianos”. Eu disse TODOS. Fato este que causou até discussões via imprensa e uma partida acirrada durante a segunda fase do torneio.
DUPLO Tudo bem que hoje em dia temos casos de jogadores com mesmos nomes – quantos Diegos, Klebéres ou Brunos – mas o site da Placar errou nisto: “A liderança ainda pertence a Kléber Pereira, com 78 pontos, seguido pó Alex Mineiro, que soma 72 pontos, e Alex Mineiro [sic] com
QUAL? Na Inglaterra há dois Manchester’s, o United e o City, como são chamados por lá. Aqui no Brasil costumou-se chamar o primeiro pelo nome da cidade, porém, não avisaram isto ao narrador Cléber Machado: “Com [Jô, ] Robinho e Elano, Dunga repete o trio de ataque do Manchester”.
CSA? O repórter Luciano Costa, da rádio Gazeta AM, veio com essa durante o jogo do sábado, em que o CRB perdeu para o Juventude: “Já estava impedido o Glaydson, jogador do Centro Sportivo Alagoano [sic]”. O CSA foi eliminado na 1ª fase da Série C.
NADA DE PUBLICIDADE A TV Globo tem uma política de não falar sobre eventos adquiridos por outras empresas. O repórter Carlos Gil assim citou o interesse das equipes da Fórmula Indy (Band) por Rubens Barrichello, durante o treino oficial para o GP da China: “modalidade do automobilismo norte-americano”. Só das famosas temos a Nascar e a Indy.
REVISÃO? Falta de revisão numa matéria de domingo, 19, do jornal Gazeta de Alagoas sobre as séries C e D: “Os quatro primeiros sobem para a Série B em 2010 e os quatro últimos descem para a Série D. Já os quatro primeiros da terceira Divisão sobem para a Série B”.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Por trás do gol

Pressa, agilidade, pressão, evolução tecnológica. Em muito a nova realidade comunicacional facilitou a vida tanto de quem transmite a notícia quanto de quem a recebe. Porém, como esse processo reflete a reestruturação do Capital após as crises do petróleo, sobrou para o trabalhador.
Dia após dia vemos profissões desapareceram nas redações dos jornais por terem sido substituídas por programas de computador ou pela necessidade de maior agilidade em passar as informações.
O resultado de tudo isso é que em todos os tipos de meios de comunicação aparecem erros, como vemos todas as semanas por aqui. O revisor foi para o lixo eletrônico e mesmo pequenas falhas, especialmente na mídia virtual, que poderiam ser tranqüilamente evitadas são muito freqüentes.
O QUE OS OLHOS NÃO VÊEM... Essa vem da transmissão da Band na quarta-feira, 08. Luciano do Valle, antes da divisão da rede, chama Ulysses Costa para falar sobre o jogo Sport X Vasco. Ulysses até que falou sobre tal jogo, porém as imagens mostradas foram as de Florianópolis, onde jogariam Figueirense e Palmeiras.
LOCAL Transmissão ao vivo no sábado, 11, do Torneio Infantil do SESI/TV Gazeta e Madson Delano não consegue identificar os atores da jogada: “Everton, Ronaldo recebeu impedido. Ronaldo cruzou e Renato estava impedido”.
LOCAL 2 Mais uma de Madson Delano. Ao pedir os comentários de Filho, ex-goleiro do CSA, soltou um “Meu querido Filho”.
ELETRÔNICO A pressa atrapalhando a comunicação. Começamos com a série Globoesporte.com com trecho da notícia Goiás e Internacional empatam e seguem distantes do sonho da Libertadores: “Já o Internacional [...] amargou a segunda derrota consecutiva [sic] na competição”.
DE QUEM? Outra do GE.com. Sábado sobre a partida das Eliminatórias Européias entre Inglaterra e Cazaquistão: “Aos 40, Beckham, que entrou no lugar de [?], cruzou para área”.
IRA... Para finalizar: “Quando a partida parecia que iria para o intervalo com o time iraquiano [sic] levando a vantagem mínima [...]”. Sobre a partida Irã 5X4 Ucrânia realizado no domingo, 12, pela Copa do Mundo de Futsal.
FÓRMULA 1 Em meio a uma excelente corrida no circuito de Monte Fuji, Japão, a transmissão gerada pela Formula One Manegement (FOM) deixou a desejar. Em alguns momentos, justamente no instante de uma ultrapassagem, cortava para mostrar os líderes.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Minhas eleições – parte II
A partir de 2002, vamos dizer que voltei diretamente às eleições e já com reflexo de algumas mudanças ideológicas. Fim de Ensino Fundamental e novas etapas da minha vida aconteceram a partir daí. Além de começar o processo de me tornar adulto, a maturidade política estava se aproximando na mesma escala.
No contexto de 2002 tínhamos um país em que eu via muita miséria, muita desigualdade, ou seja, alguém lucrando e muitos outros com pouca coisa. Eleições presidenciais e acreditei no senhor Luiz Inácio da Silva, era oriundo do “povo”, conhecia suas dificuldades; além disso, era bem melhor do que mais quatro anos do mesmo.
Confesso que olhei com certa estranheza ele ter se apresentado, através do marketing dudanesco, em reuniões com os empresários mais importantes (leia-se mais ricos) do país, mas era o Lula. Vale ressaltar que concorreu internamente no PT com o Eduardo Suplicy pela candidatura; achei o processo petista estranho, parecia com “cartas marcadas”. Mas estava cansado dos oito anos anteriores, “agora é Lula!”.
Após três tentativas, o ex-sindicalista vence as eleições e eu, no dia seguinte, coloco o adesivo do horizonte com o dizer supracitado. Mais uma vez tinha um colega chateado, ele torcia pelo Serra, “fazer o quê, era a vontade do ‘povo’”? Mesmo que durante o processo de transição a Heloísa Helena tenha se afastado e, posteriormente, expulsa do partido, eu continuei acreditando, só que com umas duas pulgas atrás da orelha esquerda.
Veio a posse e seu público de título de Copa do Mundo e eu em casa assisti a tudo emocionado. Devo ter vibrado antes mesmo da posse quando ele foi diplomado pelo TSE e disse que “alguns afirmaram na campanha que não tinha diploma [instrução] e agora um torneiro mecânico formado pelo Senac é diplomado presidente do Brasil”. Emocionante na época, tragicômico hoje.
2003. Nada de dar o “pé-na-bunda” do FMI, que coisa! Ainda mais, nada de melhoria real para o “povo”! Mas eu ainda acreditava em Lula/PT. Apesar de não simpatizar, desde o início, com José Dirceu, José Genoíno e Antônio Palocci. Havia alguma coisa neles que me causava repulsa, só não sabia exatamente o que era, mas comentava com pessoas próximas a mim.
2004: as coisas mudam. Roberto Jéferson espalha merda no ventilador e o PT é mostrado como “um partido igual aos outros”, com corrupção, caixa dois e... Onde mais esperava diferença vi algo igual. PT, Lula e quem estivessem aos seus lados eram iguais aos outros. “Agora é Lula” quem mama nas tetas do Governo e patrocina a desigualdade.
Ano de eleições municipais, com 16 anos finalmente poderia votar. Porém, minhas alternativas eram alguém do PMDB empurrado para a candidatura; outro que era do grupo político de gestões anteriores tanto da Prefeitura quanto do Cefet, com seus desvios financeiros e o olhar específico para quem tem dinheiro; e, a alternativa, outro que viera do “povo”, radialista e repórter [sic] policial, porém candidato patrocinado por um... usineiro!
A melhor solução encontrada quando poderia votar, e após ter por toda uma vida desejado fazer isso, foi não tirar o título de eleitor. Para quê mesmo?
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Por trás do gol

Começou em São Paulo a história de obrigar a tocar o hino nacional antes dos jogos de futebol. Das terras paulistas para outros estados do Brasil – Alagoas foi um dos que acompanhou isto.
Início do ano, em meio aos campeonatos estaduais, e tudo correndo da maneira certa: os dois times e a arbitragem perfilados e cantando o hino como deve ser. Porém, a exceção ficava por conta das torcidas organizadas, poucas interessadas em parar de gritar incentivos ao seu time em troca de um dos símbolos nacionais.
Na época, formaram-se dois grupos de opiniões: 1. os que reclamavam da falta de formação dos torcedores, exigindo a distribuição da letra entre eles ou a passagem da letra no placar eletrônico - nos estádios em que isso pode ser feito; 2. a falta de educação desses “porcos” torcedores organizados.
Chega o Campeonato Brasileiro, em todas as suas séries, e a coisa piora. Devido a uma norma da CBF, as partidas têm que começar exatamente no horário em que foram marcadas, com pena de multa financeira por cada minuto passado.
Resultado: na maioria dos casos, o hino chega até ser colocado com vinte minutos de antecedência do início do jogo, sem estar sequer o trio de arbitragem no gramado. Neste final de semana, a única exceção foi o jogo Santos X Atlético-PR que, mesmo com o atraso do time santista, teve os times perfilados.
Pois é, mais uma lei que vai para o buraco. Estão aí os interesses financeiros para justificar toda essa bancarrota e a pergunta da rádio Jovem Pan AM, sonora especial criada no sábado, “Quem é o responsável?”
COPIAR + COLAR Eita mania dos jornais alagoanos de copiar matérias esportivas de agências de notícias. O primeiro caso é do O Jornal do dia 01/10 que, além de tudo, não cita a fonte da notícia: ao final do primeiro parágrafo de “Itália sofre para vencer a Tailândia” veio um “Clique aqui e confira a tabela completa da competição [Copa do Mundo de Futsal]”.
COPIAR + COLAR 2 Outra do dia 1º. Desta vez no Gazeta de Alagoas, baseado numa notícia do Globoesporte.com: “A seleção brasileira de futsal começou bem na luta pelo inédito [sic] título da Copa do Mundo”. São cinco títulos mundiais também para o futsal brasileiro, três sobre ordem da Fifa.
MAIS ERROS Duas pequenas falhas do narrador Théo José na partida Palmeiras X Sport Ancásh (PER) pela Band. O primeiro foi ao falar de um filme a ser transmitido: “Feito cãos [sic], cães e gatos”. A segunda foi sobre um evento esportivo: “Copa Salonpa’s Cup [sic]”.
CALE-SE Esse spot vem da Jovem Pam AM: “Jovem Pan, se alguém tem um time melhor, que fale agora ou cale-se para sempre!”
FALHA GLOBAL As transmissões esportivas da TV Globo foram as que começaram com o placar das outras partidas na tela junto com as colocações do momento. Durante a transmissão de Grêmio X Botafogo, a técnica falhou. Enquanto Palmeiras X Atlético-MG estavam no 0X0 aparecia ao lado do Palmeiras a classificação enquanto 1°, só que com a setinha para baixo, como se tivesse perdendo posições.
COMÉDIA PASTELÃO Palmeiras X Atlético-MG, a bola vai saindo para a linha de fundo e um fotógrafo tenta ajudar. Pega a bola e a devolve para o campo. Detalhe: a “redondinha” ainda não tinha saído. Gilson, da agência Futurapress, foi expulso de campo.
FRASE DA COLUNA “Achava que o Atlético-MG fosse ficar na toca, na defensiva. Aliás, nunca que o Galo ficaria na Toca” Flávio Prado, Jovem Pan AM. O Centro de Treinamento do Cruzeiro, arqui-rival do Atlético, chama-se Toca da Raposa.
domingo, 5 de outubro de 2008
Minhas eleições – parte I
Desde pirralho que eleições para mim era uma data especial. Saía com meus pais e minha irmã e, desde 1996, era eu que apertava as teclas – algo que foi proibido das crianças fazerem este ano.
De 1994 até aqui acredito que este período especificamente serve de exemplo da evolução intelectual que tive. De Fernando Henrique Cardoso ao voto nulo, vamos por partes.
Uma das coisas que também sempre gostei de fazer era olhar resultados, seja no aspecto esportivo ou nas eleições, neste nicho é que está a minha vontade em ser jornalista. Lembro dos meus caderninhos em que anotava os dados que apareciam na TV. Acreditava que um dia iria precisar daquelas informações, para algum trabalho, sei lá.
Para as eleições mais locais, como é o caso das eleições municipais, ficava grudado no radinho de pilha escutando os últimos resultados. Melhor, dormia com ele ligado embaixo do travesseiro para não perder nada. Confesso que escolhi perder este hábito aos poucos.
Hoje, ainda fico de olho nessas notícias – inclusive agora assisto a uma mesa-redonda sobre as eleições na TV -, mas não com tanto disponível quanto antes. Porém, acredito que também pese a mudança da minha visão de mundo eleitoral.
Lembro das eleições de 1994, eu com meus seis anos acompanhando o meu pai na urna e colocar o voto nela, aquela velha tapinha para o papel entrar. E, depois do resultado, falar para ele: “Não disse pai que ele [FHC] ia ganhar, ele é o ‘pai’ do Real”.
Além disso, lembro de uma pequena discussão com um colega meu de escolinha que defendia outro candidato a governador. Inclusive, depois do resultado, ele falou que tinha sido roubo, que tinham trocado as urnas no meio do caminho da contagem. Velhos tempos de apuração manual!
Eleições municipais de 1996. Logo após a votação nas urnas eletrônicas pelos meus pais, eu viria para Maceió – a votação era num dia determinado, independente de ser domingo. Lembro, desta vez, de ter vindo com “santinhos” do candidato a prefeito que os meus pais votaram e distribuir entre os meus parentes.
Não lembro direito das eleições de 1998, não sei o porquê. 2000 foi o ano da minha saída de Aracaju para Maceió. Aqui, as eleições ainda apresentavam os reflexos do “efeito Suruagy” e, como os meus pais ainda tinham residência eleitoral noutra cidade, pude observar de fora este período, fiz até uma ínfima pesquisa de opinião que, inclusive, refletiu os resultados das urnas.