sexta-feira, 26 de abril de 2013

Vai desceeeeeerrrr!!!!

Bate na proteção de cima da porta. Pancadas no assoalho e até mesmo nas janelas e no teto. Muitos, mas muitos gritos para o motorista parar. Quem nunca ouviu em Maceió algo como "Vai desceeeeer, motô!"? 

Muito mais comum do que o também velho "estou aqui pelo motivo de milhões de brasileiros, o desemprego", que ajuda as pessoas a pedirem ou venderem dentro dos coletivos, sempre haverá alguém que reclame porque o motorista não abriu a porta do ônibus no lugar certo, ou simplesmente porque a pessoa só lembrou de descer no ponto após o ônibus começar a sair.

Foi este o caso da última vez em que escutei a singela frase nas terras caetés. 

Ônibus cheio, dia chuvoso e aquela máxima que especialistas em andar neste transporte carregam consigo: sempre levantar antes, para dar tempo de driblar quem estiver para trás. 

Olha que desta vez nem estava superlotado, mas uma senhora e seu neto resolveram andar para trás a poucos metros do ponto de ônibus. 

Não deu outra. O motorista parou, esperou cerca de 5 segundos, ninguém desceu e lá foi ela gritar a famigerada frase: "Vai desceeeeeeerrrr!!!". Ela ainda foi auxiliada por um rapaz que, sentado, resolveu bater o guarda-chuva, claro que daqueles grandes, com muita força no chão. Esta maneira de chamar a atenção foi bem nova para mim.

Coitado do motorista. Ouviu a senhora reclamar, mesmo sem ter tanta razão assim e ainda ficou na dúvida se realmente tinha parado:

- Ôxi, mas eu num parei? Parei né?

Ah se o pessoal que mora em Porto Alegre resolvesse vir para cá. Acostumados a fazer fila na maioria das "paradas" de ônibus, bastaria um dia na Rua do Comércio para saber que a diferença entre as capitais, para muitas coisas, são tão grandes quanto a distância.

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