quarta-feira, 15 de agosto de 2012

[Em busca do El Dorado] Acorda, Levanta, Resolve!

algum tempo que sabia que precisava começar a fazer algo para desestressar um pouco. Como diriam dois amigos, separados por 4.000 Km de distância, sou alguém que tenho muitos problemas porque trato as coisas com muita seriedade, acabo por me preocupar demais. Como não consegui encontrar alguém que jogue futebol ou futsal com regularidade por aqui - este mal da Comunicação -, resolvi na semana passada que ia começar a treinar boxe uma vez por semana.

Já tinha visto dois campeonatos com o pessoal da CLD Viamão em Canoas e um treino deles há duas semanas. Acompanho boxe desde antes de Acelino Popó Freitas, com as decisões dos pesados aos sábados de madrugada na Globo, nas tentativas de Mike Tison voltar a ser um fenômeno dentro do ringue. 

A era Popó então, lembro do meu primeiro cachorro, que se chamava Bob e eu apelidei de Bobó por ser meio bobo para algumas coisas. Assistindo às lutas, gritava "Vai Popó" e o cachorro aparecia correndo de onde estivesse achando que era com ele. Além disso, o sucesso brasileiro no UFC, com a mudança de ponto forte para a luta em pé, mais do que o jíu-jítsu inventado pela família Gracie, também dá uma fortalecida neste esporte. Destaque para o treinador Luís Dórea, o mesmo de Popó e Júnior Cigano.

Mas eu não podia começar no sábado, do nada. Sempre gostei de caminhar, andar, a ponto de achar que uma distância de 2 km não é nada. Costume de família. Meus pais moram em Maceió a 20 minutos a pé do Centro/Mercado e há 10 ou 15 minutos do Estádio Rei Pelé. Foram muitas as vezes que eu percorria caminhos com estas distâncias, até mesmo porque em determinados momentos era necessário poupar passagens.

Aqui em São Leopoldo eu, de vez em quando, vou ao Centro a pé, deve dar uns 15 minutos. Tempo parecido para eu chegar no bloco de Comunicação caso eu siga pelo caminho do Centro 1, Ciências Humanas. Além disso, o apartamento fica no 4º andar do prédio, então dá para imaginar a quantidade de escadas que temos que subir e descer diariamente.

No início da semana, um amigo, que treina boxe, disse que o espaço para atletismo da universidade era aberto o dia inteiro e tinha três vestiários para quem quisesse usar. Preparei-me para acordar cedo hoje e começar a ter uma vida para além de caminhadas um dia aqui outro ali, que na verdade tem como foco chegar em locais de trabalho, não o de praticar exercício físico.

Os últimos três meses vêm sido muito difíceis, com um problema sobrepondo o outro, acrescentando outros menores quase que diariamente. As exceções vieram das viagens para Montevidéu, Buenos Aires e Rio de Janeiro, ao menos em alguns dias dessas viagens a trabalho. O que adianta eu reclamar dos problemas, que nunca irão parar de aparecer em grande quantidade para mim, e ficar quieto? Vamos extravasar com algo útil. Garantir a vida, ao menos, até o final do mestrado. Depois eu não sei mesmo o que vou fazer.

A minha ideia era revesar uma volta de caminhada na pista de atletismo com outra de corrida até completar meia hora. Consegui fechar seis voltas assim. No final da sexta, percebi que ainda não estou ainda com a respiração ideal e fiz a sétima e 3/4 da oitava caminhando. Iniciei a nona com o celular na mão para tirar fotos da pista e de uma obra que tem do lado e encerrei os 25% que faltavam correndo.

Fiquei surpreso com a quantidade de pessoas que caminham ali. Quando cheguei, tinham 13. Algumas saíram, outras voltaram e, ao menos, creio que fui um dos que mais andou. E, sério, se eu com 24 anos andasse menos que as senhorinhas que davam voltas em meio a um vento gélido de manhã leopoldinense...

O primeiro dia já foi, o que geralmente nem é o mais difícil. Minha programação é usar a pista de atletismo de segunda a sexta, treinar boxe no sábado e pensar depois como fazer no domingo - se é que terei fôlego para o sétimo dia. Hora de cambiar as coisas para valer.

*O título deste post é o nome da gestão de Diretório Acadêmico que eu participei no curso de Comunicação Social da UFAL, trecho da música "A árvore dos encantados", do Cordel do Fogo Encantado. Brigamos muito, provavelmente por conta da imaturidade de jovens na casa dos 20 anos, alguns um pouco e mais e outros um pouco menos. Porém, sabíamos, e sabemos ainda hoje, que todos remam para o mesmo barco contra hegemônico.

Um comentário:

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