sábado, 31 de dezembro de 2022

2022.18 Joguem como homens!/ 2022.19 Dentes/ 2022.20 Manifesto Proletário/ 2022.21 Capirotinho & Seu Getúlio

Eu conhecia a história por trás do desafio de estudar/publicar o livro "Joguem como homens!" porque o autor, João Carlos da Cunha Moura, é parceiro do podcast Baião de Dois. Vindo pelo Direito, mas dialogando com uma vertente crítica filosófica e sociológica mais clássica, foram algumas barreiras para levar o projeto adiante.

No livro, uma discussão fundamental sobre os desafios ligados à orientação sexual na sociedade, especialmente no futebol. O último capítulo traz um estudo de caso interessantíssimo, após pesquisa de campo em diferentes estádios maranhenses - que, confesso, fiquei na curiosidade por mais dados descritos e análise feita.

Referência
MOURA, J. C. da C. Joguem como homens! Masculinidades, liberdade de expressão e homofobia em estádios de futebol no estádio do Maranhão. Jundiaí: Paco, 2019.

"Do mesmo autor de 'Laços'", como consta no canto inferior direito, que me fez chegar a Domenico Starnone por, supostamente, ser a versão do homem de "Dias de Abandono", da Elena Ferrante - e que supostamente, também, é a esposa do autor. Cheguei nele por lista de livros lançados neste ano.

Trata-se de mais um homem atordoado e atormentado por qualquer coisa. O protagonista aqui cresceu com vergonha de uma dentição que seria semelhante à de um tubarão e passa dias em vários dentistas relembrando a infância, a relação com os filhos e com a amante que virou esposa - e que ele teme que se junte ao chefe dela. A fragilidade do homem cis hétero e branco italiano para incomodar quem lê.

Referência
STARNONE, D. Dentes. São Paulo: Todavia, 2022.

Você está exausto/a com o seu trabalho? "Manifesto Proletário" é o compêndio que você precisa para lidar de forma saudável com uma relação claramente abusiva, em meio à contradição capital-trabalho.

Referência

INFANTE, G. Manifesto Proletário: Um compêndio para o exausto empregado moderno. Ipatinga: Ed. do Autor, 2021.

Um é "pessimista pragmático", o outro é "otimista esperançoso". Ao ler a mensagem da contracapa em casa, minha companheira foi direta ao dizer que eu claramente seria o Capirotinho, personagem que acompanho os quadrinhos pela internet e que li em outros livros do Guilherme Infante.

Aqui, a partir de diversos sentimentos, lemos dilemas filosóficos dele com Seu Getúlio, representado como um anjo. Em meios às diferentes formas de viver a vida, aprendemos um bocado sobre os sentimentos e como lidamos com eles, conosco e com as pessoas. Destaque ainda para os diferentes tipos de desenhos para representar tudo isso a cada sentimento discutido. Vale para diversas idades e para pessimistas, que nem eu, ou otimistas.

Referências
INFANTE, G. Capirotinho & Seu Getúlio: Diálogos. Ipatinga: Ed. do Autor, 2022.


PS: Última postagem de um ano em que li menos que a média dos anos anteriores porque minha mente ativou um ritmo menor após a defesa da tese, no final de 2021. Assim, foram poucos livros de estudo no tempo em que tinha, com as exceções exigindo muito mais tempo de leitura ou um processo sem ter que fichar. 

Além disso, o retorno às viagens e às aulas presenciais exigiu um novo processo de adaptação, frente também a diferentes projetos que foram caminhando em paralelo em 2022 - e não foram poucos. 

Que ano que vem minha mente esteja melhor e que eu consiga me organizar mais para os momentos de leitura, que normalmente me tiram das telas e me leva para vários temas e lugares distintos.

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