sábado, 11 de junho de 2011

Em busca do El Dorado: Após três meses, chega o frio brrrr...

Três meses de Rio Grande do Sul e com a chegada dos trabalhos de final de semestre veio o frio. E este frio não é o mesmo que estamos acostumados em Maceió, a ponto de a temperatura diminuir para 22º ou 23º e já tirarmos os nossos modestos casacos do guarda-roupa para usar. A temperatura por aqui chega a 8º! Olha que estou numa região que não faz “tanto” frio assim.

Até os últimos instantes de temperaturas a 19º, com as quais tive relativo conforto, já que trabalhava num local com esse nível, ou bem perto disso, zombei dos gaúchos. Na véspera da “chegada oficial” das temperaturas mais baixas só eu e um professor que acaba de vir do Rio de Janeiro estávamos na aula com camisas de manga curta. No dia seguinte, não teve jeito.

Não que não sentisse frio. Uma madrugada em específico, eu sofri bastante com os pés escapando das cobertas e ficando gelados – algo que resolvi com a magnífica ideia que tive ao trazer um saco térmico; ou em saídas da Unisinos tendo que enfrentar um baita vento gelado no rosto e nos braços. As mãos sempre sofreram. Por mais que o resto do corpo desse sinais até de calor, as extremidades sofrem, como prova a física.

Enfim, ao menos deu tempo de me preparar, comprar um “super-casaco” e outras camisetas mais quentes de mangas compridas, um gorro... Só não achei luvas, justo algo para o que mais sofre, as mãos. Daí que a volta da Universidade tem que ser com as mãos nos bolsos.

Estou sofrendo menos que eu esperava, por mais que às vezes dê uma tremida aqui ou acolá e por mais que me digam que o inverno ainda nem chegou, que a tendência é do frio piorar. Enquanto isso, nós damos um jeito de nos manter aquecidos.

De resto, São Leopoldo, apesar do ritmo imposto pela Unisinos e por conta da proximidade com Porto Alegre, é uma cidade mais tranquila. Por exemplo, o movimento do Centro ainda está distante do que vemos nas ruas centrais de Maceió. As ladeiras, ou “lombas” (como chamam aqui), às vezes dão uma baita canseira, mas nos permitem ver outros pontos da cidade e o céu. O pôr-do-sol daqui já me “roubou” alguns minutos de contemplação.

É óbvio que não é só o céu de São Léo que me faz ficar contemplativo. Afinal, estou no Rio Grande do Sul...

Fora tudo isso, a vida tem sido de oportunidades e, consequentemente, muito trabalho e muito estudo. O verbo passear tem sido cada vez mais raro, apesar de o divertir não ser. Entendo que este é um momento diferente. Passei minha graduação na UFAL correndo atrás de oportunidades e aqui as oportunidades é que chegam a todo o instante. A maior parte das vezes não dá para recusar.

Os amigos da Unisinos nos permitem desanuviar perante as tantas obrigações que um mestrando têm, quer dizer, as obrigações que um mestrando no Grupo Cepos têm... Os amigos de moradia permitem não fazer do lar um apêndice da universidade, em que só se trabalha, no meu caso, só se estuda.

Ah, uma informação importante. Três meses e quatro dias de chegada e nada de um “bá”.

Na verdade, não é só do calor que eu sinto falta, mas de algumas pessoas que ficaram por Maceió e até de outras que lá nem mais estavam, dos meus cachorros, do sotaque um pouco mais lento e carregado de “oxes”, do sururu, da tapioca, até mesmo das praias que eu não gostava de ir por conta do sol...

Um comentário:

  1. Já está íntimo da cidade. São Léo, hehehehe. Boa sorte aí quando esse inverno realmente chegar.

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