sábado, 17 de junho de 2023

2023.6 Clube-empresa/ 2023.7 O pacto da branquitude

Demorei tanto para ler "Clube-empresa: abordagens críticas globais às sociedades anônimas no futebol" que neste tempo aprovaram a Lei da Sociedade Anônima do Futebol no Brasil, venderam algumas SAF de clubes brasileiros. Olha que conheço organizador e parte dos autores.

Porém, este tempo entre publicação (2020) e leitura (2023) me ajudou a perceber o quanto os capítulos do livro organizado por Irlan Simões seguem atuais. Vemos a difusão do capital de países como Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos e Abu Dhabi; a ramificação do modelo de multipropriedade de clubes; e alguns dos problemas vistos em outros países ocorrerem aqui no Brasil a partir da SAF.

Referência

SANTOS, Irlan Simões da Cruz. (Org.). Clube empresa: abordagens críticas globais às sociedades anônimas no futebol. Rio de Janeiro: Corner, 2020.
Cida Bento destaca em "O pacto da branquitude" um elemento que é muito importante para nós, brancos: entender que há um privilégio histórico a partir da naturalização do branco como ser humano. Quer dizer, o branco se entende e é entendido não necessariamente como raça, pois vê as demais pessoas sempre como o "outro" frente ao "normal".

O conjunto de exemplos descritos no livro a partir da experiência de trabalho e de militância da autora revelam bastante do longo caminho a se percorrer quando se trata de raça na nossa sociedade, mas sempre com muita luta por negras e negros contra as desigualdades ainda mais desiguais no modo de produção capitalista.

Referência
BENTO, C. O pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.




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