quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

2020.29 Terra Sonâmbula

 


Permanecendo na África de língua portuguesa, tirei da fila, após anos de compra, o "Terra Sonâmbula", de Mia Couto. O autor moçambicano usa um estilo bem peculiar para contar os problemas do país pós-independência.

A história é dividia em duas. O velho Tuahir recupera a saúde do menino Muidinga após uma fuga, fazendo com que ele volte a andar, ler, escrever e sonhar, mesmo tendo que morar num ônibus quase queimado após bater numa árvore numa estrada abandonada. Lá eles encontram um corpo e uma mala, nesta há cadernos que contam a história de Kindzu. As duas histórias são narradas a cada capítulo. Uma atualização do velho e do menino e a leitura de Muidinga de um caderno.

Como está na contracapa do livro, há uma construção poética e fabular e isso me causou estranhamento em diversos momentos, pois não é o tipo de literatura que vai me agradar de primeira - racional que sou. Ao menos tempo que tira certo peso do contexto, coloca muito mais força em determinados momentos, com várias frases que poderiam ser recortadas para tratar de dificuldades de vida.

Referência
COUTO, Mia. Terra Sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

Nenhum comentário:

Postar um comentário