domingo, 2 de março de 2008

Eclipse: eis o aborto - parte I

Nas duas últimas semanas, destaco dois momentos importantes: um foi um eclipse total da lua e outro foi a discussão que tivemos na universidade, durante a semana, sobre a legalização ou não do aborto.

Enquanto um eclipse lunar como esse, completo, só deve ter daqui a uns dois anos (alguns dizem que daqui a sete), o aborto é um assunto que divide ciência e religião há alguns séculos.
Antes de mais nada, acredito ser importante, para qualquer discussão, inclusive a religiosa, tentar entender o que faz aquele que discorda da sua opinião achar determinada coisa, ver o seu contexto; muitas vezes, assim como a lua, as pessoas se escondem irrevogavelmente atrás das sombras do tamanho da Terra (seja através de religião ou ideal social).
A minha opinião, mesmo antes de ter acesso a conhecimento que defendem liberdades individuais (não no sentido do capital) era que, ao menos, numa situação de estupro, a mulher deveria ter o direito de abortar o filho, já que acredito que seja ínfima a possibilidade de uma mulher admirar tal fruto advindo de uma relação dolorosa.
Descobri com as discussões, não só dentro da sala-de-aula mas também via propaganda da Igreja Católica, que isso é permitido pela lei. Porém, mesmo nesta situação, as pessoas que são contrárias ao aborto não defendem tal exceção, simplesmente fogem do debate quanto a isso, pensam que é necessário pensar sobre a situação (vide o deputado que preside o Comitê pela vida).
Fora isso e discordando do supracitado (que esteve num telejornal matutino local) não acredito que por ser "uma entre um milhão de mulheres" que morrem no parto que devamos esquecer que esse fato existe. Assim como ele não contou as pobres que fazem aborto por não terem condições financeiras de arcam com um filho e, pelo fato de serem pobres, por não terem oportunidade de acesso à informação - algo que só a maioria, classe média e burguesa, tem amplo acesso.
Enfim, é um assunto polêmico e farei uma parte II em breve, espero que amanhã.

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