domingo, 4 de novembro de 2007

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Foto: Beira da Lagoa Mundaú, 2007.
O São Paulo foi campeão. O São Paulo foi campeão?
Passemos a falar de futebol, o São Paulo Futebol Clube sagrou-se na quarta-feira, 11 de outubro, bicampeão brasileiro (o primeiro que vence cinco vezes o campeonato nacional). Os motivos apontados para o título? Um time, time mesmo. De grande destaque individual só o goleiro Rogério Ceni, mas a organização do clube é quem deu mais um título ao tricolor paulista.
Um time que não fez parceria alguma e tem a maior estrutura do futebol brasileiro. Só do Morumbi, estádio Cícero Pompeu de Toledo, são R$ 5 milhões de reais por ano; mais R$ 15 milhões do patrocinador- a maior quantia paga a um clube no Brasil; mais R$ 105 milhõs de reais em jogadores vendidos nos últimos 11 anos; fora o público que enche o estádio em vésperas de títulos (olhe que eu posso ter me enganado se os dados são em dólares ou em reais.
Do título do ano passado só restaram sete jogadores e mesmo assim o estilo de jogo da equipe não muda, afinal Muricy Ramalho permaneceu mesmo após um começo ruim de ano com as eleiminações precoces no Paulistão e na Libertadores. Perdeu-se Mineiro e Josué e descobriu-se Hernanes e Richarlyson; Breno, 18 anos, é a revelação do campeonato e já é disputado em milhões por Bayern de Munique-ALE e Real Madrid-ESP; mesmo sem um ataque bom, a defesa destoa de todas as outras e faz a segunda melhor campanha da história dos brasileiros. Além de tudo, a incompetência dos adversários, que realmente perdem muitos pontos bobos.
Está de parabéns o clube com menos dívidas do país, se é que tem alguma dívida nesse país com muitos endividados; mereceu o quinto título nacional da sua história, provando como uma empresa futebolística pode atuar a ponto de ninguém perceber seu título.
Talvez seja o maior exemplo do capitalismo na área esportiva, utiliza a força do trabalho humano para gerar renda e títulos, de forma que os concorrentes não têm a mínima chance. Devemos acabar com esse monopólio!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

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Foto: Esgotos de uma casa de classe média sendo jogado no Rio Guaíba.

Relação meio ambiente-sociedade

Pelo jeito não há diferenças entre estados de regiões socio-economicamente bastante diferentes, a poluição ambiental não escolhe classes. Qualquer tipo de depreciação ambiental ou do ser humano no atual sistema em que vivemos não permite a vida sem desgastes naturais, nem qualquer forma de opressão.

Prova disso é que verifiquei a pequena presença de negros em Porto Alegre, para ser sincero, apenas a mulher que participou de um painel de combate às opressões - ao qual participei como ouvinte - não era uma negra de classe econômica baixa. Os poucos moradores de rua que vi lá eram negros.

Acontecimentos relatados nessa mesma palestra mostraram o índice de opressão de etnias. Frases como "Lugar de negro é na cozinha do RU [Restaurante Universitário]" foram vistas quando o assunto era pauta no Conselho Universitário, o que só fez aumentar a possibilidade das cotas serem incluídas na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), pois demonstrava claramente como parte da sociedade pensava.

Tudo bem que vivamos num local em que há diversidade de "formas humanas" existam, caso de Maceió, mas não devemos esquecer que, da mesma foram que no Rio Grande do Sul nem todos possuem consciência ambiental, também podemos apresentar preconceitos, mesmo que de forma inconsciente, mas que são arraigados à nossa sociedade.

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Foto: Rio Guaíba, 2007
Haja! Temos que agir!
Essa indústria fica às margens do Rio Guaíba e funcionou quase todo o tempo durante a semana que fiquei em Porto Alegre. Haja poluição!
E haja dinheiro! Tive a oportunidade de visitar uma mostra de 50 anos do Grupo RBS de Comunicação no Gasômetro (espécie de Centro de Convenções), dono da principal emissora de TV do Rio Grande do Sul, da principal rádio e do principal jornal impresso de lá (Zero Hora). Algo que muito me impressionou, acredito que se todas as empresas de comunicação daqui se juntassem não teriam condições financeiras de fazer uma exposição do mesmo nível.
São muitos anos de monopólio midiático que estão em perigo graças à compra pela Rede Record do Sistema Guaíba de Comunicação. Toda essa preocupação da emissora do bispo Edir Macedo se deve ao fato de que, segundo nos contaram, a RBS ser a segunda maior emissora do país. Retransmite o sinal da TV Globo para dois grandes estados: Rio Grande do Sul e Santa Catarina; nada melhor que começar o enfrentamento na sede.
Enquanto isso ficamos a disputar a não-renovação das concessões públicas que funcionam automaticamente, como se a Anatel fosse impedir esse processo. Ou até mesmo lutando para que pequenas vozes entrem em disputa nesse mercado com cartas marcadas e dominado por quem tiver dinheiro para investir. Temos que aprender que não há disputa igualitária num sistema desigual.
Pedir a democratização da comunicação quando já temos experiência suficiente para afirmar que a democracia na prática não existe, e nem tem como existir, é um equívoco - para dizer o mínimo. Todo esse processo tem um único responsável, o Capital, e só será transposta a partir que o mesmo seja ultrapassado, SOCIALIZAR é a única solução, precisamos dar um basta nesta situação de desrespeito a nós, os "outros" maltratados! E a mídia serve para justificar todo um processo de desigualdades.