sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Uma maneira diferente de arranjar amigos

Um menino vai escalando o pequeno morro ao lado. Sem camisa por conta do calor, ele sobe, sobe, sobe mais um pouco e, antes de chegar no topo, sai escorregando para baixo.

A mãe olha, seguindo a conversa com a mais nova amiga, feita no final da tarde de um dia de sensação térmica de quase 50º. O pai está sentado no capô do carro, conversando com outro rapaz. Elas conversando sem tirar o olho da criança e eles ali num diálogo tranquilo, provavelmente sobre o aumento do preço de gasolina.

O pai do menino abre a porta traseira, procura o jornal do dia e não acha. Desta vez queria falar do Gre-Nal de domingo:

- Veja só, mais uma vez colocaram o jogo fora de Porto Alegre.
- Se bem que o clássico já ocorrera no Uruguai e quase foi para os Estados Unidos. Erechim, ao menos, fica no Rio Grande.

Um caminhão-guincho passa do lado e eles lembram o porquê de estar ali: a batida dos carros. Se bem que, olhando direito, não houve danos em nenhum dos automóveis.

O pai do menino pega o celular, mas desiste de ligar. O filho e a esposa voltam ao carro. O outro casal também volta ao seu automóvel. O homem acena, ainda que timidamente, numa despedida dos novos amigos conquistados. Todos voltaram em direção aos seus destinos.

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