sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Violência e calúnias

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Terça-feira, 11 de dezembro, em frente à reitoria da Ufal.
Quatro dias após a reunião do Conselho Universitário da Ufal marcado pela violência utilizada pelos seguranças do patrimônio da Ufal, os estudantes permanecem em vigília no hall da reitoria. Um mal, infelizmente, já anunciado.
Além de todo o processo inimaginável por todos, calúnias estão sendo divulgadas pela mídia e, principalmente, pela reitora Ana Dayse Dórea. Revertendo a situação e acusando os estudantes de terem agredido professores, pró-reitores e a própria reitora. Dórea exige a presença da Polícia Federal na próxima reunião.
Inclusive, na terça-feira, denunciou os estudantes que estariam depredando o patrimônio público. A PF, prontamente para estas coisas, retirou-se da investigação da Operação Taturana para verificar tal acontecimento. Numa vistoria com a presença de representantes do Comitê contra o Reuni e de um dos pró-reitores, a PF verificou que tudo estava no seu lugar.
E aí? Cadê a democracia da universidade? Só agora, às vésperas da decisão que a reitoria espalha faixas no campus universitário propagandeando o Reuni para tentar diminuir o impacto da agressão aos estudantes.
Só nos resta uma pergunta: é com violência e calúnias que vão aprovar o Reuni na Ufal?

domingo, 9 de dezembro de 2007

O decreto que REUNI polêmica

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Ato para esclarecer a população, realizado pelo Mov. Estudantil durante a IIIBienal Nacional do Livro em Maceió-AL. Outubro, 2007.

Aqui posso demonstrar minha real opinião sobre o Plano de Apoio a Programas de Expansão e Reestruturação das Universidades Federais (Reuni). Escrevo no dia anterior da possível decisão sobre a adesão ao programa da universidade em que estudo, a Ufal. Infelizmente, a tendência é que seja aprovado.

Como em outras universidades do país, o decreto gerou polêmica aqui também. Pouca discussão colocada para a comunidade acadêmica, alguns cursos que sequer discutiram e decidiram sobre o
assunto e uma reitoria que só abre discussões fora da universidade. Além da presença praticamente certa de seguranças na reunião do Conselho Universitário de amanhã (nas duas últimas reuniões foram cerca de 35 seguranças à paisana).
Sob tal aparato, utilizado somente na época da Ditadura Militar, um projeto autoritário e que fere dois princípios constitucionais da Academia, isonomia e autonomia universitárias, deve passar segundo o cortejo fúnebre promovido pela gestão da universidade que já provou defender o Governo federal acima de quaisquer coisas, inclusive da própria universidade.
Só o futuro dirá qual será o passo que dado amanhã. Pode ser até que essa decisão não aconteça ou seja adiada, já que mais uma vez há conflito de informações causado pela própria Assessoria de Comunicação da Ufal. Uma convocatória de Consuni que diz somente que o assunto será discutido e debatido foi repassado na homepage do site da universidade como o espaço de decisão sobre o Reuni (prontamente modificado de ontem para hoje).
Só nos resta uma pergunta a fazer: qual seria a necessidade de todos esses meios opressores e antidemocráticos para a aprovar algo tão positivo, como dizem os gestores das universidades?