sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mídia tosca

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Filtramos a coluna de hoje por motivos bem "especiais". Em meio à hipocrisia da "imparcialidade" da imprensa, dois exemplos de como, dependendo do assunto, a neutralidade pode ir para o pré-sal.


Para início de conversa, o Cada Minuto traz dois exemplares de um erro tradicional. Apesar de o site ter mudado o layout, ter crescido a ponto de ter transmissão de TV, não perde a mania de não olhar - nem precisaria revisar -o que copia de agências ou sites nacionais.



A polêmica vem agora, culpa do Primeira Edição. O caso abaixo lembra outro que já apareceu nesta coluna, quando um site tratou o presidente da Coreia do Norte como alguém com problemas psiquiátricos. Desta vez, chamam, sem aspas, o Hugo Chávez de ditador.

Eu tenho muitas críticas ao Chávez - o presidente venezuelano -, mas chamá-lo de ditador é esquecer que ele comanda a Venezuela segundo a Constituição do país. Todas as alterações foram aprovadas em plebiscitos ou pelo Congresso, nada mais "democrático". Vai ver que é por isso que não acredito nisso.

Ah, além disso, o último parágrafo afirma que a Colômbia é o único regime democrático na América do Sul, mas em todos os outros países - incluindo o Brasil -, os presidentes foram eleitos de forma "democrática".

O problema seguinte é agravado já que também é assinado pela Redação do site. Aqui a frase: "A ideia dos oposicionistas é polarizar os debates entre simpatizantes dos terroristas do MST e os defensores do agronegócio". Realmente, nesta dicotomia bem-mal não sei quem é que é pobre e quem é multimilionário. Coitadinhos dos latifundiários...

>>
Em breve, eu acho, um texto sobre o editorial e a matéria da Veja de duas semanas atrás. Por enquanto um aperitivo publicado meses atrás: http://manguewireless.blogspot.com/2009/03/cacem-lhes.html

terça-feira, 27 de outubro de 2009

"Chegou a solução de seus problemas..."

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Com 33 anos na área, a Chama Publicidade e Propaganda ganhou concorrência local para o novo grande shopping de Maceió. Mais um desafio a ser solucionado pela comunicação

- Anderson Santos & Isaac Moraes


Na sala de reuniões, as prateleiras mostram uma série de prêmios estaduais, nacionais e até um internacional, enquanto na parede há um teste da promoção de um novo shopping local. Os muitos “Guerreiros da Criação” e “FGP” nos apresentam a uma das maiores agências de publicidade e propaganda de Alagoas: a Chama.

Após alguns minutos, e entre um telefonema e outro, o diretor de criação da agência, Hermann Fernandes, atende a estudantes de Jornalismo interessados em desvendar os “segredos” da criação de uma campanha publicitária.

Nada melhor para iniciarmos com uma definição da área para quem trabalha por muitas horas com ela: “todo trabalho publicitário, toda campanha publicitária tem como objetivo solucionar os problemas do cliente através da comunicação”.

E o próximo desafio da empresa é trabalhar a imagem do novo grande shopping de Maceió. Com lançamento previsto para novembro, o Shopping Pátio Maceió tem pela frente como desafio não apenas a concorrência com um shopping há vinte anos em funcionamento, mas conscientizar a pessoas que ele atenderá toda a cidade, não apenas a parte alta da cidade.

Após o trabalho de apresentar uma proposta que convencesse os empresários paulistas donos do empreendimento, a Chama passa agora para a produção propriamente dita. Uma das principais funções é fazer com que o maior shopping da cidade se torne o mais movimento. Já de início, ele terá lojas-âncoras conhecidas e grandes marcas nacionais que lançarão suas primeiras lojas no Estado.

HISTÓRICO
Para representar bem a nova marca, a empresa contará com os 33 anos de experiência, refletidos nos muitos prêmios localizados recebidos. Hermann destaca dois deles como grandes exemplos de produção da agência, com múltiplos prêmios: um nacional e outro internacional.

A “Medalha de Ouro Colunistas Nacional” foi recebida por um jingle criado para o lançamento da Rodoviária de Maceió; já o internacional foi um troféu de prata, conquistado em 2006 no Fórum Mundial de Comunicação Social, realizado em Porto Alegre-RS. O publicitário nos conta que foi uma campanha até que simples, mas com uma boa ideia para um evento da Associação de Pais e Amigos dos Leucêmicos de Alagoas (Apala).

ESTRUTURA
A Chama conta atualmente com dezesseis profissionais, divididos nos quatro setores que formam a estrutura básica de qualquer agência de publicidade e propaganda: atendimento, criação, mídia e assessoria de comunicação.

Segundo o publicitário Hermann Fernandes, a empresa mantém uma equipe específica para o departamento de varejo, devido à rapidez exigida pela quantidade de mídia que deve ser veiculada num curto período de tempo. A partir da última sexta-feira (24), o setor, que já atendia as Lojas Guido, passa a contar com o Pátio Maceió.

“Muitas vezes você tem que criar uma peça em questão de horas. Para as Lojas Guido, a gente faz cinco ou seis VTs por semana. Então, a encomenda chega meio-dia e tem que estar com o VT pronto às quatro da tarde. Você tem quatro horas para criar texto, produzir o VT e colocar na televisão”, afirma Fernandes.

Enquanto isso, há peças que podem ser produzidas em uma semana ou um mês. Ou seja, o tempo de produção depende da emergência da sua veiculação. A Chama, inclusive, tem uma peça com a atriz Luana Piovanni que está pronta há quatro meses, só que o prédio divulgado não recebeu o registro de incorporação, assim, a propaganda não pode ir ao ar.

Com tanta correria exemplificada com a loja de varejo, perguntamos sobre o tempo para produzir tantos projetos. Fernandes nos disse que a criação na agência é determinada de acordo com o prazo que se encerra primeiro, e os trabalhos começam assim que o anterior termina. Para isso, a Chama possui quatro diretores de arte, com cada um geralmente pensando em um projeto.

A agência trabalha com a ideia, a criação da ideia e o acompanhamento de trabalho. Nos casos de produção de vídeo, spots de rádio e cinema, a agência cria o roteiro, o texto e envia diretamente para a produtora, que é acompanhada de perto. Nos casos de material impresso, a diagramação parte da empresa direto para a gráfica.

Como há várias possibilidades de solução para os problemas da empresa, é necessário um consenso entre a equipe de criação para escolher a melhor para o cliente em discussão. Ainda assim, ocorrem momentos em que se precisa mexer em algo prestes a ser produzido. Por exemplo, Hermann destaca que a promoção de um produto a ser anunciada pode cair após algumas horas devido à falta do mesmo nas lojas.

PRODUÇÃO
Para a criação das peças, a agência utiliza duas plataformas: as tradicionais do Windows, de um computador pessoal normal – Corel Draw, Photoshop e Word (para o pessoal de redação); e as da Macintosh – Ilustrator, InDesign e também o Photoshop. O setor de mídia administra as contas através do Publi ou Publish, responsável pelo cruzamento de dados financeiros.

No caso do Pátio Maceió, o trabalho será focado para a utilização da Internet, um meio em que os jovens estão mais inseridos, já que os mesmos são um dos grandes públicos de um shopping center.

Um trabalho diferenciado a ser realizado, pelo que o diretor de criação nos adiantou, é que o setor de Assessoria de Comunicação da agência (Publi) também se responsabilizará pelo serviço no novo shopping, com ligação direta com o departamento de marketing de lá.

PUBLICIDADE EM ALAGOAS
O diretor de criação Hermann Fernandes destacou a pressão freqüente da profissão, através de suas dificuldades e correria: “Enquanto o jornalista vê o seu trabalho encerrado quando a matéria é publicada; para o publicitário, veicular é metade do caminho, porque entre o publicar e a comunicação tem que gerar alguma coisa, tem que gerar vendas. Você tem que levar o público a uma ação”.

Para Hermann, um dos grandes obstáculos para o crescimento do setor no Estado é a falta de pesquisas de opinião para saber como a campanha foi recebida. São poucas as empresas que fazem pesquisas, elas “controlam” o potencial das propagandas com o movimento da loja, ou seja, a simples comparação entre o que foi apurado antes da veiculação e o que foi ao ar depois.

Outro ponto é a valorização da área de planejamento, para que os problemas possam ser solucionados e se tenha uma produção bem acabada. Uma forma de aumentar a profissionalização do setor em Alagoas. “Se o diagnóstico não for o adequado, você pdoe está tratando o problema errado”, afirma.

No caso de Alagoas, ele acredita que se evoluiu muito em termos de criação, só não dá para comparar com o que vemos diariamente na cadeia nacional. “É uma produção diferente, que tem um ‘rolo’ de dinheiro para ser produzido, para ser veiculado. É diferente de comerciais locais, que é o que a gente faz, que não deve nada para o que eles fazem para os mercados internos de lá. O que as grandes agências gastam numa campanha nacional nós gastamos em um ano”.

Apesar de todas as dificuldades, Hermann Fernandes afirma que a produção publicitária não é um bicho-de-sete-cabeças.
(Não é o tema que mais goste, porém o trabalho será em vão, como sempre, e ao menos aqui alguém pode ter alguma mostra para qualquer professor idiota que passe algo semelhante no futuro)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Mídia tosca

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O Gazetaweb, pela primeira vez na história desta coluna, não aparece! Em compensação, o Cada Minuto consegue um tópico apenas para ele. Hoje os erros são até poucos para uma semana, mas a maioria absurdos.

1. E começaremos justamente pelo Cada Minuto. O primeiro traz o absurdo de ter um título para uma matéria completamente diferente. O segundo erro traz uma pergunta no título, aliás, a interrogação apareceu de forma misteriosa. Já o terceiro é o tradicional "clique aqui" sem cotner o link.




2. Erro de concordância do Alagoas em Tempo Real: "bancário realizam [sic] assembleia".


3. Quando li que "Alagoana conquista ouro em paraolimpíada" fiquei muito confuso, afinal de contas só teremos jogos paraolímpicos em 2012, em Londres! Mas o resto do texto me respondeu. Na verdade, trata-se de um torneio parapan-americano sub-17 de atletismo.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

"Não somos contra ninguém"

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Após chegar do estágio/trabalho no sábado dia 10, peguei o jornal para ler e fui verificar se, de acordo com o horário disponível no Caderno B, passaria a outra semifinal do Mundial de futebol sub-20.

Liguei a televisão e, para a minha infelicidade - alguém não afeito a mistificações e crítico à presença das religiões cristãs na televisão - estava passando um programa da Asembleia de Deus (se o Google não errou), com o pastor Silas Malafaia.

Ele falava sobre um tal PL 122. Melhor ainda ,ensinava às pessoas como entrar no site do Senado Federal e enviar a seguinte mensagem para cada "representante" do seu Estado: "CARO SENADOR, VOTE CONTRA A PL 122". Falou um pouco mais e pediu para repetir o caminho da Internet com o mesmo recado.

Fiquei curioso em saber o que se tratava. Ou melhor, confirmar do que se tratava. Ao ver um casal no programa, e saber do posicionamento da maioria das religiões cristãs, logo imaginei que fosse um Projeto de Lei referido ao combate do preconceito contra homossexuais. Acertei.

Logo em seguida veio a frase: "nós não somos contra ninguém, nós amamos todo mundo, sejam homossexuais, sejam adúlteros, sejam viciados em drogas. Agora, não me peça para apoiar. Eu estou aparado pela constituição [...]" (grifos nossos). Percebam a escolha "não-preconceituosa" de outros personagens sociais que Malafaia utiliza para mostrar que não é contra ninguém.

E lá vai ele citar a Constituição Federal para apoiar a livre manifestação de cultos e de expressão, como se fossem coisas que ele concorda e pratica plenamente. É o bom e velho usar a lei quando lhe interessa.

Logo pensei e comentei com o meu pai depois, será que os homossexuais também têm a oportunidade de chegar na televisão e ensinar à população para pressionar os senadores para votar a favor da PL 122?

Além disso, há bancada homossexual, assim como há bancada ruralista e bancada religiosa para defender os interesses deste setor social no lugar que deveria "representar" a população brasileira?

PL122

Pelo que li, o projeto é um adendo a uma lei já existente, só que se referia apenas a questões de sexo, cor e etnia. Assim, a proposta é ampliar a criminalização para preconceitos envolvendo homossexuais, desde ser demitido injustamente até mesmo a algo bastante comum: caso um casal sofra preconceito por namorar em local público, caso as ações sejam aceitas em casais hetero.

Enfim, não é uma lei que vai acabar com o preconceito diariamente difundido pela maioria dos setores sociais. Vale a pena lembrar que o "respeito" de parte da mídia e do comércio nacional se deu porque foi percebido o potencial consumidor do setor LGBT. O que é bastante percebido quando há personagens gays nas novelas.

Eis a prova de quão a participação de setores religiosos, que têm isenção legal de impostos, na televisão é prejudicial por faltar justamente ao direito de liberdade de expressão num local público, já que o espaço eletromagnético é controlado pelo Estado.

Assista abaixo parte do vídeo, que contém um homem que "se libertou" do homossexualismo e aparece do lado da esposa para provar o quanto pode ser ruim a "mordaça gay", como o meio religioso a está chamando.




http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=79604

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Circo a motor – Teve de tudo. Até o campeão

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Se tem um lugar em que o circo pode garantir ao público muitas surpresas este é o Autódromo José Carlos Pace, na cidade de São Paulo. O Grande Prêmio brasileiro, em Interlagos, cada vez mais se consolida como a prova cujo roteiro pode ser o mais improvável, mais até do que Mônaco.

E este ano não foi diferente. O GP que apresentou o campeão da categoria nas últimas quatro temporadas, viu sol e chuva se revezarem durante o final de semana, causando maior suspense sobre o trabalho de equipes e pilotos durante os treinos e para a corrida.

O circo em São Paulo teve de tudo um pouco. Malabaristas, engolidor de fogo, palhaços, mágicos, homem-bala, mergulho em tanque d’água e japonês voador.

SORTE...
Os treinos livres da sexta-feira mostraram um Rubens Barrichello melhor que Jenson Button, disputando as primeiras posições no forte sol paulistano com Mark Webber, da RBR, e os carros da McLaren.

A manhã do sábado ampliou o significado da “Terra da garoa”. Uma forte chuva caiu em São Paulo e fez com que o treino livre da manhã fosse reduzido à metade, com pouco a se fazer e melhorar nos carros.

Com a continuação da chuva, à tarde ocorreu o treino oficial. Parecia até que os lagos resolveram sair de cima e dos lados para dentro do circuito de “Interlagos”, que ficou com o asfalto com muito volume de água.

Já na primeira parte do treino, com vinte carros na pista, foi necessário interromper o treino, pois a Ferrari de Fisichella ficou parada no meio de um dos S da pista. Quando voltou, o treino trouxe as primeiras de suas surpresas, os dois carros da McLaren, também favoritos à poleposition, e a RBR de Sebastian Vettel, na disputa pelo título de pilotos, largariam de 15º para baixo.

Logo no início da segunda qualificação, com 15 carros, apenas sete conseguiram terminar sua volta antes da sessão ser interrompida por falta de condições na pista. Foi mais de 1h20 esperando que a chuva ao menos diminuísse. Tempo suficiente para este autor cochilar por alguns minutos e o treino não ter reiniciado.

Mas valeu a pena esperar, as emoções apareceram na mesma quantidade de água presente na pista. Para concluir a segunda parte do treino, onde apenas dez carros passariam para disputar a poleposition, Jenson Button, líder do campeonato, não conseguiu boas voltas e largaria na 14ª posição.

Rubens Barrichello, que mais do que nunca precisaria largar bem à frente do seu companheiro de Brawn GP para ter chances de título, conseguiu a posição-limite para o Q3. E isso porque o japonês estreante Kobayiashi rodou na sua tentativa de volta rápida.

Poucos são os pilotos que sabem andar bem com pista molhada e o brasileiro é um deles. Disputou milésimo por milésimo o direito de largar na frente do GP Brasil. Um dos últimos a fechar tempo, Rubinho conseguiu sua segunda pole na sua terra, para felicidade geral da nação.

Precisando marcar ao menos cinco pontos a mais que Button para levar a disputa para Abu-Dhabi, ele conseguira começar a prova com 12 carros entre eles.

... DE CAMPEÃO
Mas como Interlagos geralmente é imprevisível, a manhã de domingo começou com céu com algumas nuvens, contrariando a previsão de 80% de chances de chuva durante a corrida. Algo que caiu ao longo das horas.

Logo nas primeiras curvas, cinco carros se envolveram em confusões na pista. Raikkonen, que fizer uma boa largada e pulara de quinto para terceiro, perdeu parte o bico do carro; Kovalainen também teve problemas; Trulli tocou em Sutil, que rodou e acertou Alonso. Três carros a menos na pista. O italiano da Toyota partiu para a discussão séria com o piloto alemão da Force Índia, e quase se estapearam.

Assim, o carro de segurança precisou entrar ainda na primeira volta. Enquanto Barrichello mantinha a primeira posição, Button ganhara cinco, e já estava em nono lugar.

Após três voltas, o safety car saiu da pista e o inglês partiu para cima dos adversários. Primeiro foi o fraco Roman Grosjean, da Renault, que ficou para trás. Depois, foi a vez de Buemi e, com muita dificuldade e muitas voltas atrás, a do japonês Takumi Kobayiashi, que deu um verdadeiro show em arrojo na pista.

Rubinho não conseguiu colocar diferença o suficiente para os seus adversários, que largaram com menos combustível. Além disso, o carro voltou da primeira parada nos boxes com um rendimento abaixo do esperado. Assim foi fácil para Webber e Kubica passarem para as primeiras posições. A inédita vitória em casa tinha ido embora com a chuva.

Para piorar a situação, enquanto Button se mantinha numa posição em que garantia o título com uma prova de antecedência, Barrichello voltara do segundo pit stop com problemas no pneu traseiro esquerdo, que precisou ser trocado, após sofrer ultrapassagem de Lewis Hamilton.

Foi assim que Mark Webber recebeu o troféu feito com lixo recolhido durante o fim de semana, Robert Kubica ficou em segundo e Lewis Hamilton em terceiro.

Com Vettel em quarto e Rubinho em oitavo, Jenson Button poderia até parar o carro que seria o campeão. Porém, chegou em quinto, foi a inalcançáveis 89 pontos e garantiu, aos 30 anos, o seu primeiro título na Fórmula 1!

A equipe Brawn GP, estreante na categoria, conseguiu também o título de construtores, afinal só precisava de meio ponto para isso e conseguiu seis na corrida de hoje.

Para o inédito GP de Abu-Dhabi, daqui a duas semanas, as atenções maiores ficarão nos bastidores para saber a confirmação dos pilotos que correrão em 2010, principalmente com as quatro novas equipes. Além disso, Vettel (74 pontos) e Barrichello (72 pontos) decidirão quem ficará com o vice-campeonato.

Fotos: Agência Estado

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Mídia tosca

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Adaptando-me à vida de "trabalhador brasileiro", o sono já está menor nas tardes e a coluna vem com mais um grupo de exemplos que não devem ser seguidos, mas evitados.

1. Único que vem solitário nesta sexta-feira. O erro publicado no Gazetaweb foi e continua sendo muito estranho para mim. Como alguém escreve um texto no dia 14 e cita que o sábado será dia 14?

2. Quase, por bem pouco mesmo, o Cada Minuto não ficaria com um tópico só para ele. O Primeira Edição se junta nos erros por "controlC+controlV". Tem até um Copyright citado que não sei bem se foi respeitado.

3. Para finalizar, um grupo que precisa de uma gramática. Não só para aprender as novas (complicadas e desnecessárias) regras, mas para elaborar um texto com um mínimo de qualidade.

Vai desde um "Massa e Alonso sela [sic] a paz", passa por um "No último ferido [sic] de 12 de outubro" até chegar no "esse são [sic] os cursos".


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

“Que pagas?” – Eugênia Grandet (Honoré de Balzac)

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As manifestações culturais de um dado período histórico tendem a refletir o processo sócio-histórico vivenciado e desenvolvido num determinado local de produção artística. O artista, influenciado por várias fontes sociais (família, escola, trabalho,...) – e estas influenciadas por tantas outras -, objetiva na obra características de tal construção subjetiva que, às vezes, nem ele mesmo poderia esperar.

O francês Honoré de Balzac (1799-1850) descendia de aristocratas e criticava a nova classe dominante na França pós-Revolução e perpassava isso na sua vasta produção literária. Ele produzia dezenas de livros por ano, a maioria de qualidade baixa visando às vendas mais populares, para poder manter o dispêndio financeiro de uma vida desregrada.

EUGÊNIA GRANDET
Criado em 1833, Eugênia Grandet apresenta a crítica balzaquiana ao “novo mundo” burguês, num período em que o sonho de “liberdade, igualdade e fraternidade” da Rev. Francesa já havia se transformado numa nova forma de dominação, só que com personagens diferentes. Mesmo que apresentando indícios da saída da importância e grande influência religiosa com a entrada da busca do poder trazido pela posse da propriedade privada.

Guido Oldrine, em estudo sobre as raízes da ontologia marxista lukacsiana, destaca a teoria do reflexo do filósofo húngaro, uma boa explicação para a influência social sobre qualquer produção humana:

[...] na doutrina lukácsiana do ‘reflexo’ pôde ser vista precisamente – por parte de Agnes Heller, quando era fiel discípula de Lukács – a ‘expressão de um fato ontológico: do fato que, sendo a realidade una e contínua, as mesmas categorias fundamentais devem necessariamente comparecer em todas as esferas da realidade – o que não exclui a existência de categorias específicas para cada esfera’ (pp. 12/13).

ENREDO Este livro representa a contradição apresentada entre uma cidade do interior com a capital francesa, a tradição versus a busca incessante individual pelo ter mais. A história trata de alguém do interior que enriqueceu com base na avareza e pretende mostrar, em determinado momento, que é melhor que os “revolucionários” parisienses. O Pai Grandet é o grande referencial como personagem social. É o exemplar do típico (termo lukacsiano) burguês.

Este trecho do livro (pp. 102/103) poderia muito bem resumir o enredo da história e o que pensa Balzac sobre a nova classe dominante:

Os avarentos não creem numa vida futura, o presente é tudo para eles. Essa reflexão lança uma luz horrível sobre a época atual, onde, mais que em qualquer outro tempo, o dinheiro domina as leis, a política e os costumes. Instituições, livros, homens e doutrinas, tudo conspira para minar a crença numa vida futura, sobre a qual se apoia o edifício social há 1800 anos.

A personagem-título do livro é membro de uma família do interior da França, cidade ainda afeita aos costumes e tradições e longe de todo o glamour parisiense. Filha do mais rico e avarento comerciante do local, Eugênia vai se transformando ao longo da obra. De personagem ingênua e acostumada à vida de pobreza imposta pelo pai – um ex-tanoeiro que divide até cubo de açúcar para economizar -, ela envereda num romance que vai construir uma personalidade mais forte, que se consolida ao final quando se torna uma cópia do pai: inteligente e astuta quanto aos interesses e assuntos financeiros.

Duas famílias disputam a herdeira Grandet palmo a palmo em quase toda noites, apesar do patriarca da família já ter se decidido por nenhuma das duas. Porém, nenhum dos personagens esperava pela chegada de alguém vindo de Paris, um local tão diferente. Arrogante e ligado ao luxo, o primo Carlos aparece para acabar com qualquer possibilidade de enriquecimento de ambas e do plano do tio para sua filha.

Carlos Grandet chega para apaixonar todas as mulheres do lar, mesmo que de maneiras diferentes, até a empregada, eternamente agradecida ao patrão, ajuda Eugênia nas mentiras e cuidados excessivos com o primo. Mesmo a mãe, alguém totalmente submetida ao marido, entra num processo de intermediação entre pai e filha que acabará com suas forças vitais.

Senhor Grandet se revolta com toda a situação, logo ele, afeito a controlar tudo (mercado, ações, lavouras, preço do ouro, relações de interesse social,...). Além disso, a vinda do sobrinho traz um problema e um desafio para ele: o seu irmão parisiense, que todos achavam mais rico que ele, enviara uma carta pedindo ajuda ao filho, pois se suicidaria antes de anunciarem sua falência.

Enquanto Eugênia e Carlos se enamoram por pouco tempo, o patriarca da família elabora uma estratégia para passar pelos franceses. Não como vingança ou honra ao nome do irmão, mas para se mostrar mais esperto em negócios que os parisienses. A sala, quase um cofre forte, em que fazia seus cálculos e estratégias de negócio, tinha paredes grossas para que ninguém ouvisse o que ele fazia. Afinal, ele sempre estava à frente de todos, só não esperava que a própria filha o atrapalhasse.

Entretanto, no final de tudo todos ficarão parecidos com o pior personagem da história, aquele cujas atitudes causam asco, mesmo que dentro da lei burguesa. Eugênia refletirá isso quando abrir os olhos para o amor e este abrir sua consciência para os desafios da vida, e seus interesses burgueses por dinheiro ainda acompanhado por um bom sobrenome, mesmo que isso não sirva tanto. “Ideia aliás inscrita por toda parte, até na leis que perguntam ao legislador: ‘Que pagas?’, ao invés de: ‘Que pensas?’” (p. 103).

REFLEXO Conhecido como um excelente historiador de costumes, Balzac constrói um romance com os mínimos detalhes sócio-históricos de sua época. Numa preocupação na discrição até de salas, quartos e jardins, numa narrativa realista a qual não falaremos mais para não dar sinais do final da sua história.

Lúkács (apud Oldrine, p. 13) no capítulo “Arte e sociedade” do livro Ensaios sobre Literatura, explica que apesar desta intrínseca relação com os conteúdos objetivos cotidianos, a produção artística pode alcançar e demonstrar a realidade para além do comum, algo que Honoré de Balzac conseguiu fazer, apesar de determinadas limitações:

‘O reflexo artístico da realidade encontra o seu ponto de partida nas mesmas contradições donde parte qualquer outro reflexo da realidade. Sua especificidade consiste em para resolvê-las busca um caminho diferente daquele do reflexo científico’.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BALZAC, Honoré de. Eugênia Grandet. Tradução: Moacyr Werneck. São Paulo: Abril Cultural, 1981. (Grandes Sucessos).
OLDRINE, Guido. Em busca das raízes da Ontologia (marxista) de Lukács. Trad. Ivo Tonet. s/d.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Mais um golpe na mídia alagoana

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Menos de um mês após a decisão da TV Alagoas em arrendar a maior parte do seu horário para uma igreja neopentecostal, a mídia local sofre outro impacto com a necessária adequação da programação da TV Educativa. Funcionários que prestavam serviço ao Instituto Zumbi dos Palmares (IZP) em Alagoas foram “surpreendidos” no dia 07 de outubro com uma notícia desagradável: por decisão judicial, estavam demitidos das suas funções em dois dos três meios de comunicação estatais que perfazem o Instituto.

Surpreendidos não é bem a palavra, já que todos deveriam saber que por se tratar de uma organização pública, a autarquia estadual só poderia realizar contratações via concurso público, salvo cargos de direção. Isso é o que prevê o inciso II do parágrafo 2º do artigo 37 da Constituição Federal.

Quando se fala em serviço público, independente de qual seja, logo se pensa num lugar burocrático que funciona atuar aquém das suas condições estruturais e de pessoal, especialmente no caso da comunicação. Em Alagoas não é diferente.

HISTÓRICO DA IRREGULARIDADE

Já em 2003, portanto, há seis anos, a Procuradoria Regional do Trabalho (PRT) entrava com duas ações contra o IZP por manter em seu quadro de pessoal 35 servidores sem prévia aprovação em concurso público.

Na época foi assinado um termo de ajuste de conduta, firmado com o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Alagoas, no qual a autarquia comprometeu-se em regularizar a sua situação. Com isso, a outra ação, que cobrava multa de mil reais por pessoa contratada de forma irregular, não podia ser executada.

No ano seguinte foi realizado um concurso público para atender à demanda das duas rádios e uma TV que formam o Instituo Zumbi dos Palmares. Mesmo assim, nem todos os aprovados foram chamados e algumas lacunas permaneceram.

Com a mudança de governador em 2007, uma das primeiras atitudes da nova direção foi encerrar contratos nessa situação, caso de dois grandes nomes do radialismo alagoano, Floracy Cavalcante - aposentada pela Difusora AM, mas que tinha um programa na Educativa FM - e Edécio Lopes.

Mas, uma concessão aqui, outra ali, e as contratações de serviços prestados voltaram a ser necessárias pela falta de pessoal. A quantidade, até o início de outubro deste ano, era de 26 pessoas, concentradas na Rádio Difusora AM e na TV Educativa.

NOVA DECISÃO: AFASTAMENTO IMEDIATO

Em texto publicado ainda em setembro no site da PRT/AL, o procurador do Trabalho Rafael Gazzanéo afirmou que o MPT continuou recebendo várias denúncias que contrastavam com o acordo firmado em 2003, resolvendo chamar o diretor-presidente da autarquia, Marcelo Sandes, e a Associação dos Trabalhadores do IZP para depor. Ambos confirmaram a existência de trabalhadores “irregulares”.

O procurador Gazzanéo concedeu prazos para o posicionamento da direção sobre a proposta de assinatura de termo aditivo, mas não obteve resposta. “O ente público, de forma deliberada e consciente, descumpriu as obrigações previstas no TAC e não mostrou interesse em resolver a situação irregular. Por isso, outra alternativa não restou ao MPT senão ajuizar as ações de execução, cuja finalidade é forçar a autarquia a cumprir a ordem constitucional”, afirmou.

Assim, a Justiça do Trabalho recomendou a dispensa dos 26 prestadores de serviço que existiam no IZP. Na quarta-feira 07 de outubro eles foram informados pela direção da autarquia.

POSIÇÃO DO IZP

Em nota no site do Instituto, o diretor-presidente Marcelo Sandes reafirmou as lacunas deixadas pelo concurso público de 2004. “Não temos as condições ideais de pessoal nem de equipamentos, acredito que não somos tanta exceção assim neste estado e país, mas vamos continuar buscando soluções onde elas estiverem, para que cada vez mais o IZP se consolide como pólo importante no campo da comunicação pública, afirmou Sandes.

Ele ainda conta que algumas adequações serão feitas na produção e programação das emissoras do complexo de comunicação. No momento, a TV Educativa, que só pode produzir programas de estúdio devido à falta de cinegrafistas, não apresenta nenhuma produção própria; enquanto a Rádio Difusora apresenta problemas e adequações na questão técnica (operadores de áudio, editores, técnicos no transmissor).

Para piorar a situação, a diretora de Jornalismo do IZP, Rosa Ferro, pediu exoneração do cargo devido a falta de alternativas viáveis para manter a produção jornalística, especialmente da TVE, que desde maio fazia a maior quantidade de programas locais na TV aberta alagoana, com uma boa qualidade.

A Associação dos Trabalhadores do IZP (ATRIZP) discute a criação de uma carta aberta à população e à imprensa sobre os últimos acontecimentos. A carta deve ser voltada à falta de interesse por parte do Governo estadual na manutenção dos meios de comunicação estatais.





Veja:

- Sobre escolha da TV Alagoas em arrendar seu espaço na Tv: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=556CID004

- Decisão do PRT em voltar a acionar o IZP: http://www.prt19.mpt.gov.br/informativo/2009/set/15IZP.htm

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Mídia tosca

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Sem mais nem longas, e ainda com muito sono, vamos aos quatro grupos de erros desta semana, que teve apenas demonstrações alagoanas.

1. O primeiro vem da Agência Alagoas. No texto, a assinatura da matéria sobre turismo é de Fernanda, sem sobrenome. Só na minha turma da tarde existiam duas, imagina em Alagoas...

2. Enquanto o primeiro pecou por falta, o Cada Minuto pecou por excesso. O portal se mostrou mais "apreensivo" que os espanhois do Real Madrid.
3. O terceiro grupo é de um erro já colocado aqui inúmeras vezes. Na hora de colar nos sites notícias de agências do eixo Rio-SP, os sites alagoanos esquecem de conferir se há algum link que se torna indisponível quando colado. Dobradinha Cada Minuto-Gazetaweb (http://cadaminuto.com.br/index.php/noticia/2009/10/09/estevam-soares-diz-que-pretende-manter-trio-ofensivo-na-partida-contra-o-avai http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=187253&tipo=0).
4. Já até tinha "perdoado" erros de digitação assim. Porém, eles aparecem no título, aquela coisa que chamará a atenção do leitor para ler a matéria. Como gosto de conferir se estão errados ou não quando aberta a página, Gazetaweb, Cada Minuto e Alagoas em Tempo Real aparecem por aqui.
Destaque especial para "Benedito de Lira demite gerente da CBTU e Alagoas". O que uma mísera letra não pode fazer a diferença, o deputado conseguiu demitir até o estado!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Circo a motor – Vivendo de expectativas

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O circo da Fórmula 1 voltou após três anos para o circuito japonês de Suzuka e trouxe consigo várias expectativas dentro e fora das pistas.

Já na sexta-feira, o segundo treino livre foi realizado com muita chuva e limpou a pista, o que prejudicou os pilotos nos treinos do dia seguinte. Mesmo com sol, o treino oficial trouxe o inédito fato de quatro bandeiras vermelhas, dentre elas após uma batida do alemão Timo Glock, que teve a perna cortada e não pôde correr no dia seguinte.

Vettel, com poucas chances de título, conseguiu a poleposition, tendo a outra Toyota, de Jarno Trulli, em segundo e Hamilton em terceiro. Até o quarto lugar de Heidfeld estava confirmado.

Devido a segunda batida de Buemi, e os destroços do seu carro deixados, alguns pilotos acabaram por não diminuir a velocidade com a bandeira amarela no trecho e foram punidos com a perda de cinco posições.

EXPECTATIVA 1
Assim, Ruben Barrichello, que acabou em quinto e dormiu em nono, largou no sexto lugar, enquanto Jenson Button, que acabou em sétimo e dormiu em décimo-primeiro, largou em décimo. A grande chance do brasileiro da Brawn de tirar mais pontos no campeonato.

Na largada, Rubinho manteve a sexta posição, enquanto Button caiu para o décimo-primeiro lugar. Assim, a diferença diminuiria para 12 pontos.

Porém, estiveram na frente do britânico por cerca de oito voltas Kovalainen e Adrian Sutil. Com sua Force India mais leve, Sutil tentou ultrapassar o finlandês da Mclaren e dividiu uma curva. Foi inevitável a batida, que deu de graça a nona posição e, com uma parada depois que a maioria,
a grande chance de marcar pontos.

Depois da primeira parada nos boxes, o único brasileiro na Fórmula 1 atual perdeu ritmo de prova e começou a andar bem mais lento que os demais carros, inclusive chegava a levar 4 décimos por volta do seu companheiro de equipe - o que é uma eternidade nesta modalidade.

Mesmo assim, Barrichello conseguiu chegar à frente do líder do campeonato, mas viu a diferença cair apenas um ponto. Os dois pontos da sétima posição o deixaram na mesma situação de duas corridas atrás, 14 pontos de diferença, só que com apenas duas corridas por vir.

EXPECTATIVA 2 A expectativa de todos é que Button vença o seu primeiro título na Fórmula 1. O único problema aparente é que o carro da Brawn GP não é está entre os melhores do grid há algum tempo.

Para o título não vir já aqui no Brasil - onde nos últimos três anos se deu a decisão -, Barrichello terá que marcar cinco pontos a mais que Button, e/ou Vettel terá que marcar sete pontos a mais.

EXPECTATIVA 3
Com tantas batidas no treino oficial, a expectativa para a corrida era que tivesse muitas mudanças, ultrapassagens; enfim, que fosse um GP de Fórmula 1 que todos gostamos de ver - especialmente por ocorrer para nós a partir das 2 horas, em plena madrugada.

Mais uma expectativa frustrada. Vettel dominou a prova de ponta-a-ponta e conseguiu uma fácil vitória. A única emoçãozinha na turma da frente ficou pela disputa entre Lewis Hamilton e Jarno Trulli pelo segundo lugar.

Trulli largou nesta posição, mas foi ultrapassado pelo atual campeão mundial na largada. Com uma boa estratégia nos boxes e dentro da pista, o italiano passou o inglês após a segunda parada nos boxes e garantiu a segunda colocação.

EXPECTATIVA 4 E para essas duas corridas há uma coisa que não sai da minha cabeça. Se Vettel, terceiro colocado no campeonato com 69 pontos, vencê-las e os seus adversários chegarem nas mesmas posições do Japão, o campeão será o alemão com dois pontos a mais que Button - que tem 85.

(O FIM DA ) EXPECTATIVA
É só passar a metade do ano para explodir aqui e ali milhares de boatos sobre o troca-troca de pilotos pelas equipes para a temporada seguinte. Para o ano que vem essa expectativa aumenta ainda mais com a presença de quatro novas equipes ("nova" Lotus, Manor, Campos e USF1) e o fim de uma, a BMW. Serão 26 carros.

Dentre as possíveis trocas estão os pilotos da "virtual"´campeã de construtores, a Brawn GP - que só precisa e meio ponto para isso. Rubinho está 99,9% acertado com a Willians, é que o 0,01% depende de Button. O inglês pediu alto para renovar com a equipe e se não ficar, Barrichello fica.

Só que o maior dos boatos dos últimos anos chegou o fim na semana passada. Após dois anos com os jornais espanhois dizerem que Fernando Alonso iria para a Ferrari, a equipe italiana confirmou na semana passada seus dois pilotos: Felipe Massa e o bicampeão mundial Alonso.

Além da festejada contratação na mídia espanhola - vide imagem acima produzida pelo Marca -, há muita preocupação se a Massa sofrerá o mesmo que Rubinho na "era Schumacher", já que Alonso é um excelente piloto e já sofreu na pele o que é enfrentar o queridinho de uma equipe nos seus tempos de McLaren.

Kimi Raikkonen "acertou" a antecipação do término do seu contrato com a equipe do Cavalinho Rampante e não está tão preocupado assim em si manter na F1. Apesar de dizerem que ele volta para a McLaren, para forma outra excelente dupla de pilotos, desta vez com Hamilton, o "homem de gelo" já afirmou que se não for para brigar por vitórias ele disputará rali.

A Renault confirmou hoje o polonês Robert Kubica, terceiro colocado na temporada 2008 pela BMW, para o lugar de Alonso. Há fontes que dizem que o outro piloto da equipe será um finlandês líder da GP2, categoria de acesso, já que Grosjean está pior que Nelsinho Piquet.

EXPECTATIVA FINAL

Dia 18 ocorre o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, um dos poucos circuitos que graças às mudanças frequentes de tempo em são Paulo sempre traz consigo várias emoções. Só lembro de um GP em que isso não ocorreu nesses meus mais de dez anos acompanhando a categoria.

Já vimos as várias tentativas e os vários problemas de Barrichello em vencer aqui - com direito a pane seca! -; Massa vencer com macacão com as cores da bandeira do Brasil, dar título a Raikkonen e no ano passado fazer o torcedor brasileiro quase ter uma parada cardíaca após muitos e muitos anos; além dos títulos decididos aqui e da última corrida da carreira de Michael Schumacher.

É claro que pretendo não perder nada.

(Fernanda, dormir seis horas por dia está me deixando quase anestesiado durante a tarde)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Mídia tosca

2 comentários
Parece que finalmente poderemos manter a coluna de forma semanal - a não ser que novos (ruins) acontecimentos continuem perpassando nosso cotidiano. A edição desta semana trará, em blocos, erros ora comuns, ora absurdos, para quem mantém de forma regular uma página comercial na Internet.

1- O primeiro grupo traz exemplos de matérias copiadas de outros locais em que há algum link que não é repassado, ou então a frase não é apagada na reprodução (http://www.tudonahora.com.br/noticia.php?noticia=65987 - http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=186615&tipo=0 - http://cadaminuto.com.br/index.php/noticia/2009/10/01/washington-e-hugo-sao-multados-por-tirarem-a-camisa-em-comemoracoes):
2. Antes de passar para os casos "escabrosos", mais uma demonstração de que os grandes também erram por falta de atenção, vide matéria do Uol em que uma mesma empresa recebe dois nomes diferentes (http://esporte.uol.com.br/ultimas/2009/10/01/ult58u1728.jhtm).
3. E o trofeu de maior erro da semana vai para... O nível foi tão ruim que resolvemos dividir o prêmio, que poderia entrar na categoria gênero do sujeito. Se CPT é a Comissão Pastoral da Terra, logo é a CPT. E se apesar de serem duas pessoas, o núcleo do sujeito é simples, caso de casal, então o artigo é no singula. Menos para o site local Gazetaweb (http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=186683&tipo=0) e para a Folha Online (http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u631871.shtml).

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Para quem leu esse post, e acha que tem paciência para textos maiores que o "normal", publiquei um texto sobre a escolha do Rio como sede olímpica. Ver em: http://br.oleole.com/blogs/por-tras-do-gol/posts/entre-a-razao-e-a-emocao-ou-o-que-sera-do-rio-com-a-olimpiada