quinta-feira, 13 de abril de 2017

O melhor lugar para se estar

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Para quem me conheceu um pouco mais já sabe o quanto futebol é importante para mim e o tanto que o Palmeiras supera qualquer foram de paixão ou amor. Não à toa que ontem o que variou do tradicional parabéns e bons desejos para mim foram coisas relativas ao time. Só que poucas pessoas sabiam que eu resolvi me dar de presente a vinda ao Allianz Parque em dia de jogo da Libertadores. Nada como Palmeiras 3X2 Peñarol para servir de exemplo para a minha vida.

Para começar, a batalha para chegar. Comprei as passagens em fevereiro, usando milhas, e desde então tentava articular uma questão de trabalho para a quinta-feira (13), que só foi definida ontem. Então, antes que venha alguém falar algo, sim, vim ver o Palmeiras jogar; mas não só isso - tem justificativa assinada no trabalho, mesmo não sendo dias das minhas aulas e tendo feriadão.

Dei aula na terça-feira à noite, acordei de madrugada, peguei quase 4h de ônibus de Santana a Maceió, fui em casa rápido e peguei outras 3 horas de voo para São Paulo, com direito a engarrafamentos da rodoviária para casa e de casa ao aeroporto - a da capital paulista nem conta mais rs. Além disso, iniciei o dia com dor de barriga, muito devido ao problema de horário biológico que não se define, não tive tempo de almoçar depois e tudo isso gerou uma grande enxaqueca.

A compra de ingresso também foi difícil. Ainda que pela internet, só descobri me frustrando que a WTorre conseguiu na justiça o direito de negociar 10 mil ingressos, então mesmo sendo sócio não consegui comprar. Só depois, quando abriram para qualquer pessoa, é que pude. Mas neste meio tempo bateu uma grande frustração, o eterno pessimismo de sempre tudo dar errado no 12 de abril.

Ainda que com passagens já compradas, ainda me peguei pensando se deveria ou não falar com xs amigxs que moram em São Paulo. Mas optei por não - então é provável que vocês, especificamente, surpreendam-se quando eu postar este texto no Facebook no domingo quando estiver por voltar ou já em Maceió. Nos últimos anos acabei vindo por motivos profissionais e/ou emotivos e acabei incomodando um tanto de gente com os problemas emotivos que, desta vez, não estando com nada em andamento, preferi poupar as pessoas próximas. Além disso, não curto meu aniversário, então era uma boa manter meu mau humor afastado de pessoas que gosto.


Cheguei cedo ao estádio e o jogo foi mais um daqueles exemplares da minha vida. Tudo morgado num tempo, gol do adversário para mostrar que vai dar errado e gerar frustração da maldição do 12 de abril. Depois, ergue a cabeça e acelera o ritmo, trampando até o negócio sair e sai, até que rápido, virada em dois minutos. Aí, apesar de tantas chances criadas e desperdiçadas, o adversário vai lá e empata o jogo. E só lá bem no final do final, aos 54 minutos neste caso, sai o gol da vitória - olha eu sendo otimista apesar dos pesares rs.

Abracei torcedores próximos e quase caí da escada do estádio, até porque para mim - e, felizmente, para as partes que vou na Gol Sul, jogo é em pé e gritando o tempo todo. Estava tão tenso que nem deu para as lágrimas caírem, mas os joelhos se ralaram ao me jogar no chão depois.

Bem exemplar para estes 29 anos de vida, sem dúvida alguma. Ao menos pude cumprir a promessa à terapeuta de terminar os dois jogos - começando no clássico alagoano de domingo - sem voz.

Por fim, agradeço às tantas pessoas que se manifestaram pelo meu aniversário, fosse pelo Facebook, (e mensagens por ele), Whatsapp e seus grupos e pelo Twitter. Seguimos firmes e tentando nos manter fortes para passar mais alguns anos perturbando muita gente haha