quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A interferência das TVs em horários de eventos esportivos

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“En el fútbol actual mandan las televisiones. Nadie lo duda. Y el español no es una excepción.” Assim inicia um texto publicado no site do periódico esportivo espanhol Marca no dia 22 de novembro. O jornalista Enrique Ortego reclama que as datas das partidas da Copa do Rei foram modificadas porque a venda dos direitos de transmissão do Campeonato Espanhol pela LFP (Liga de Fútbol Profesional) só ocorreu um mês após a assembleia na Federação Espanhola determinar a tabela do torneio.

O acordo da LFP com duas emissoras exigia que fossem abertas, até o final do ano, 10 datas para a transmissão das partidas. Desta forma, como não jogariam no dia 23 de dezembro por conta de um pedido da associação de jogadores, uma rodada da Liga foi colocada no lugar de uma da Copa do Rei, que teve adiado o jogo de volta das oitavas de final para janeiro.

Claro que esse caso, quando o acordo de transmissão é realizado às vésperas do torneio, é uma exceção nos grandes campeonatos do mundo. Ortega chega a dizer que a Espanha “depende mais desses contratos que outros grandes Campeonatos que têm outra fonte de recursos”. Se por uma parte é verdade, já que por conta dos efeitos da “crise” econômica na Europa, os clubes médios e pequenos têm grandes dificuldades em conseguirem patrocinadores, o que reforça o poderio dos recursos oriundos dos meios de comunicação; por outro, o dinheiro do broadcasting conforma a maior parte das receitas dos clubes em várias partes do mundo.

Pressão da Globo Esporte

No Brasil, a discussão sobre a determinação de datas e horários esportivos também aparece com certa frequência. No recente debate sobre a venda dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de Futebol, após interferência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, lemos, vimos e ouvimos que a Rede Globo de Televisão, detentora desses direitos, prejudicaria inclusive os torcedores por colocar os jogos das quartas-feiras à noite a partir das 21h50. O Termo de Cessação de Conduta assinado pela emissora e pelo Clube dos 13 não tocou no assunto, até mesmo porque não há legalmente nenhum limite estabelecido quanto ao início ou término de eventos esportivos e/ou de entretenimento.

Até houve uma tentativa em 2010 de se criar restrições quanto ao assunto. Os vereadores da cidade de São Paulo aprovaram o Projeto de Lei 564/06, de Agnaldo Timóteo (PR) e Antônio Goulart (PMDB), que tratava do estabelecimento do término das partidas realizadas em São Paulo para às 23h15, em estádios com capacidade superior a 15 mil pessoas, desde que não em partidas internacionais (caso da Copa Libertadores). A proposta foi defendida pela Rádio Jovem Pan, com vinhetas em sua programação e com a participação de repórteres e comentaristas em sessões da Câmara de Vereadores paulistana.

Como não poderia deixar de ser, houve forte pressão da Globo Esporte, que adquire os direitos de exibição de eventos esportivos para os meios de comunicação da Globo Comunicação e Participações S.A., para que o projeto fosse posteriormente vetado. “Ajudaram” nisso, na época, a Federação Paulista de Futebol e clubes como Corinthians e São Paulo, que ameaçaram tirar seus jogos da capital. O projeto foi vetado pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) por o “desporto ser de competência legislativa da União, Estados e Distrito Federal”; e, posteriormente, não teve o veto derrubado pela Câmara de Vereadores.

A Fórmula 1 e o horário do público local

Lembrando que, por conta de sua grade de programação, a Globo opta por não transmitir os jogos da Liga dos Campeões da Europa, maior torneio interclubes do mundo, até as quartas de final ou semifinais porque eles, durante o horário de verão, iniciam às 17h45, quando começam as telenovelas. No caso das partidas mais tarde, elas começam após a exibição do principal produto da emissora, a telenovela das 21 horas. Porém, há exceções. Com o mercado transnacionalizado, que possibilita que produtos estrangeiros sejam mostrados nas mais variadas partes do mundo, e com a venda de direitos de transmissão a valores cada vez maiores, há locais e torneios em que as barreiras de mercado das emissoras locais não funcionam.

Nesta lista, podemos citar os amistosos realizados pela seleção brasileira de futebol nos Estados Unidos. Como eles são vendidos por uma empresa da Arábia Saudita para outros países, a exibição é determinada por quem promoverá o evento. Assim, no primeiro jogo pós-Copa do Mundo Fifa 2010, entre Brasil e Estados Unidos, a Rede Globo não o exibiu porque o início estava marcado para as 21h. Num jogo deste ano, também contra os EUA, a transmissão modificou toda a grade de programação da emissora, antecipando as telenovelas e o Jornal Nacional.

Da mesma forma ocorre com outros programas, caso da Fórmula 1, que tem como prioridade o telespectador europeu. Por conta disso, há corridas disputadas à noite (Cingapura) e que começam à tarde e terminam à noite (Abu Dhabi). Este ano, após muito tempo, a Rede Globo não mostrou uma corrida ao vivo, justamente a que foi realizada em Austin, no Texas (EUA), no dia 18 de novembro, que começou às 17h, mesmo horário das partidas do Campeonato Brasileiro de Futebol. De olho no mercado estadunidense, a Fórmula 1 se rendeu ao melhor horário para o público local.

Mercantilização do futebol

Por fim, o caso que gerava mais dúvidas: a Copa do Mundo Fifa 2014. Por ser realizada no Brasil, muitos achavam que ela poderia ocorrer nos horários mais comuns praticados no país, já por conta da Rede Globo. Porém, divulgada a tabela, vimos que é bem diferente, com partidas, inclusive, sendo realizadas em cidades nordestinas a partir das 13h. Os jogos serão realizados nos seguintes horários: 13h, 16h, 17h, 18h e 19h. Bem distantes das 21h50 comuns aos jogos televisionados das quartas-feiras. O estabelecimento destes horários foi muito questionado mundo afora levando em consideração a saúde dos atletas. O presidente da Confederação Europeia (Uefa), o ex-jogador francês Michel Platini, expôs que o motivo era claramente atender aos interesses das emissoras de televisão europeias.

Em resposta, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o secretário-geral da entidade, Jerome Valcke, à época responderam que a tabela foi definida junto também ao Conselho Médico da entidade, que não apontou problema algum para a saúde dos jogadores. Valcke chegou a usar o exemplo da Copa do Mundo Fifa 1986, realizada no México com partidas sendo iniciadas até às 11h, em cidades com mais de dois mil metros de altitude, por conta das televisões europeias. Só se esqueceu de dizer que o argentino Maradona, um dos craques daquela competição, reclamou publicamente de os interesses financeiros estarem acima da boa forma dos jogadores.

Para 2014, ao menos na primeira fase, as partidas do Brasil terão início: estreia às 17h numa quinta-feira, em São Paulo; às 16h numa terça-feira, em Fortaleza; e às 17h numa segunda-feira, em Brasília. Entretanto, geralmente há liberação no trabalho e nas escolas para que os brasileiros assistam aos jogos da Seleção em Copas. A grande final, no domingo 13 de julho de 2014, no Maracanã, será realizada às 16h, horário comum no país-sede.

A extensão da mercantilização sobre o futebol, dada paralelamente à aplicação das políticas neoliberais no mundo, se por um lado aumentou a expansão dos esportes, com grande destaque para o futebol, para outras partes do planeta e aumentou a atração de recursos financeiros para a organização e a administração dos mesmos, por outro, aumentou as interferências de fora do espaço esportivo na realização dos campeonatos.

* Texto originalmente publicado no Observatório da Imprensa.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

[Circo a motor] Olha a chuva!

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Como tratar do GP Brasil, realizado no domingo no sempre confuso Circuito José Carlos Pace, em Interlagos? Poderíamos pegar a disputa pela vitória na corrida, por conta de Lewis Hamilton, em sua despedida da McLaren, Nico Hulkenberg, em mais um surpreendente resultado no Brasil, e Jenson Button, muito bem na adversidade. Poderíamos tratar da grande corrida de Felipe Massa, com direito a choro no pódio após uma dificílima temporada. Mas valia o título, o terceiro, o mais novo piloto a chegar nessa marca na história da Fórmula 1.

Sebastian Vettel colocou a Red Bull de número 1 na quarta posição do grid de largada a três posições de Fernando Alonso, da Ferrari, fisicamente, e 13 pontos distante dele no campeonato de pilotos, bastando um quarto lugar no Brasil para se garantir como tricampeão consecutivo, feito apenas do alemão Michael Schumacher e Juan Manuel Fangio, "lendas" deste esporte (?). O espanhol torcia para um dia confuso, já que só assim o alemão poderia ficar fora das quatro primeiras posições. Uma "corrida maluca". 

E não é que a corrida maluca pousou em Interlagos neste domingo? Vários toques, escorregões, passeios para além da pista, troca de pneu e destroca, mudança de posição de companheiro de equipes e várias ultrapassagens. Um Grande Prêmio que não só honrou o título como honrou uma temporada que teve oito vencedores diferentes, com duas equipes se destacando como as melhores do ano (McLaren e RBR) e uma terceira que, apesar de (mais) um projeto mal feito, viu seu piloto chegar na última corrida com chances.

TUÍTES
Aproveitando que eu ando no ritmo de mídias sociais (acompanhando/analisando), vamos ao meu acompanhamento (em tempo real, por que não?) da corrida...

- Largada
Péssimo resultado para Bruno Senna, que confiava numa excelente corrida, e teria todas as chances disso por conta da imprevisibilidade que marcou a prova, para garantir um emprego no ano que vem - se é que ainda dá para chamar disso quando você traz patrocinadores para comprarem o seu lugar... (A partir das imagens a seguir, ler as postagens do Twitter de baixo para cima, como fica salvo no site).

- Primeiras trocas
Massa caiu de terceiro para décimo ao tentar, assim como Button e Hulkenberg, manter-se na pista com os pneus para seco. Foi aos boxes porque estava no limite. Deu azar que na volta seguinte a pista secou um pouco e todo mundo teve que voltar a trocá-los em seguida. Quem não parou se dava bem até então, com mais de 40s para o terceiro colocado.

- Primeiro Safety car
Briga sempre foi boa entre Hamilton e Button - vai que por isso o último optou por não seguir o primeiro no Twitter... Button fritou os pneus por duas vezes para evitar o pior, que nunca ocorreu mesmo em brigas tão ferrenhas entre os dois nestas três temporadas juntos na McLaren. Além disso, o japonês Kobayashi, provavelmente fora da F1 no ano que vem, dando mais um de seus shows aqui no Brasil, onde estreou na categoria, em 2009.

- Mudando as lideranças
A RBR deu o aviso "tome cuidado com o Massa". O piloto brasileiro tinha "segurado" Webber no início da corrida e permitiu que Alonso passasse os dois de uma só vez. Por via das dúvidas, Vettel abriu passagem ao brasileiro, ainda com uma vantagem razoável para Alonso. Enquanto isso, a Caterham atrapalhou o líder Hamilton, permitiu a chegada e a ultrapassagem da Force India de Hulkenberg, que derrapou e quebrou a suspensão dianteira do piloto britânico, que teve um fim ruim de trajetória na McLaren - que muito marcou esta temporada, em que poderia ter vencido, pelo menos, mais três corridas (venceu duas). Na briga pelo título, a Rede Bull resolveu errar tudo o que não tinha errado no ano e errou ao arriscar com os pneus de Vettel, o título passava momentaneamente para o "Príncipe das Astúrias".

- Final com Safety car
Para uma corrida e um campeonato como esses, o Safety Car no final tirou aquela emoção que tivemos, por exemplo, em 2008, quando a chuva "tirou" o campeonato de Felipe Massa faltando duas curvas para o final da prova. Ainda assim, vimos Button vencer em sua especialidade, Alonso chegar em segundo num campeonato que segurou o "cavalinho" nas costas, Massa marcar a sua espetacular segunda metade da temporada com um terceiro lugar em casa, Hulkenberg conseguir chegar em 5º e Kobayashi em 9º, enquanto M. Schumacher cedia o seu lugar para o novo grande alemão na categoria, Sebastian Vettel, que chegou em 6º, terminando o campeonato com 281 pontos, contra 278 de Alonso.

MASSA
Não poderia deixar de escrever, apesar de poucos textos em 2012 sobre a Fórmula 1, sobre a surpreendente retomada de Felipe Massa na temporada. Foram apenas 25 pontos nas primeiras 11 provas do ano. Confesso que com tantos boatos circulando, imaginei que em 2013 não teríamos brasileiros correndo na principal categoria do automobilismo do mundo. Chegou-se até a cogitar que Felipe seria substituído no meio da temporada porque a Ferrari precisava de pontos para galgar melhores posições no campeonato de construtores.

Pelo que ouvimos nestas últimas semanas, o próprio Massa achou que poderia ser o fim de sua jornada na equipe italiana. Curiosamente para uma categoria em que o dinheiro parece comandar, foi quando ele resolveu se divertir, após as férias, que tudo mudou. Foram 97 pontos nas últimas nove corridas do ano, com direito a dois pódios e algumas vezes sendo melhor que Alonso em todo o final de semana, ficando atrás por "ossos do ofício".

Se Alonso é o piloto mais completo da F1 atual e Vettel é o grande cara num grande carro, Felipe merece muitos elogios por este final de temporada. Esperamos que, mesmo que seja o único brasileiro no circo a motor, realmente estas últimas nove corridas sirvam não só para que ele prorrogue o contrato com a Ferrari por mais anos, mas que signifiquem a briga por um título que poderia ter saído há quatro anos.

*Fotos: a de capa (Estadão); as demais (Marca); Twitter: @AndersonCepcom

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

[Circo a motor] A derradeira corrida de Schumi

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Poderia ter terminado ali, naquela tarde complicada, com uma corrida que o forçou a lutar por posições e terminar brigando pelo título no seu último ano de Fórmula 1. O maior campeão da história do circo encerraria no topo, numa das equipes históricas, a Ferrari, e com sete títulos mundiais conquistados com muitia habilidade e certos casos de malandragem e, vá lá, imorais.

Mas não, em 2009, ele resolveu voltar, seria o "carro-chefe" da entrada da Mercedes na F1, acompanhado do também alemão e revelação Nico Rosberg. A desconfiança sobre ele era em grande quantidade, afinal, alguém que ficou três temporadas fora da maior categoria de esporte a motor do mundo poderia voltar em grande nível?

Em alguns momentos, parecia que o velho Schumi, que eu e tantos outrxs que cresceram acompanhando-no na categoria estava de volta, com arrojo em ultrapassagens e disputando para chegar mais à frente. Infelizmente para nós, foram poucos estes momentos. No final das contas, ao menos antes da última prova de 2012, Michael Shumacher passará as três temporadas de sua volta com apenas um pódio, em Valencia, em junho deste ano. Muito pouco para a história dele e menos ainda quando o seu companheiro de equipe o venceu em todos os três anos, com direito à primeira vitória da equipe, neste ano.

Se em 2010 ele ficou em 9º na classificação de pilotos e no ano passado ficou em 8º, com 72 e 76 pontos respectivamente, 2012 vem sendo péssimo para o alemão. Foram apenas 43 pontos, colocando-o na 15ª posição, a pior desde que estreou na Fórmula 1 em 1991 (quando correu seis provas e terminou em 14º). Tudo bem que após as férias, os carros prateados da Mercedes caíram muito de produção, mas vê-lo passar por cima de Vergne em Cingapura foi o sinal de que foi "longe demais".

O final de uma carreira marcada por 307 corridas (305 largadas), com 155 pódios, 91 vitórias, 77 voltas mais rápidas e 68 pole positions, terminou com Schumacher pedindo emprego a torto e à direita após a Mercedes anunciar o inglês Lewis Hamilton no seu lugar. Em vez de ter negociado com a equipe para um anúncio conjunto, ele optou por correr atrás do lugar do seu "irmão mais novo" Felipe Massa na Ferrari e depois tentar substituir Sérgio Perez, de partida para a McLaren, na mediana Sauber (!!!).

No final das contas, o ideal seria apagar estas três temporadas - com direito a espremida em Barrichello na Hungria, em 2010 - e ter deixado a imagem do piloto polêmico, mas vencedor, da época de Bennetton e Ferrari.

DECISÃO
Enquanto isso, dois dos melhores pilotos da atualidade decidem no sempre confuso circuito José Carlos Pace, em Interlagos, quem será o mais novo tricampeão mais novo da história da Fórmula 1, ocupando o lugar de Ayrton Senna. 

A genialidade de Fernando Alonso, considerado por muitos (inclusive por mim) o piloto mais completo, enfrenta todo o potencial da RBR do "quebrador de recordes" Sebastian Vettel. 13 pontos os separam, número que apontam uma vantagem para o piloto alemão, já que em "condições normais", a Red Bull tem um carro que facilmente irá para o pódio - ele precisa apenas de um quarto lugar. 

Resta a Alonso torcer para que o carro consiga uma boa colocação nos treinos oficiais e que Hamilton, Button e Massa, no mínimo, coloquem-se entre ele e Vettel durante a corrida. Ou que os "deuses" de Interlagos, que já deram um título na última volta a Hamilton, olhem para ele neste domingo.

domingo, 18 de novembro de 2012

[Por Trás do Gol] A história sendo escrita

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76 anos de história e, no máximo, dois quartos lugares na divisão principal do futebol estadual (1963 e 1966) e dois vice-campeonatos da segunda divisão (1982 e 1987). O Clube Esportivo Aimoré, de São Leopoldo, entrava em campo no Estádio João Correia da Silveira, o Monumental do Cristo Rei, em busca do seu primeiro título profissional da história, a "Segunda Divisão"!

Tudo estava bem encaminhado, além de uma magnífica campanha que o proporcionou jogar a segunda partida da final em casa, no jogo de ida contra o Gaúcho, em Passo Fundo, uma incontestável vitória por 3 a 0, o que garantia ao Índio Capilé poder perder até por dois gols de diferença. Nem digo que "sequer o mais pessimista torcedor aimoresista" porque na fase atual este ser não existe em São Leopoldo.

Pensando que teríamos mais torcedores que nas semifinais, a diretoria resolveu aumentar o valor nos ingressos, criando uma "subcategoria", se podemos dizer assim. Enquanto até então as arquibancadas cobertas, geral e barranco - sim, este é um "setor" do estádio - custavam o mesmo preço, R$ 10,00, neste domingo, este seria o valor para o barranco/geral, com a parte coberta custando R$ 20,00. As cadeiras saíram de R$ 20,00 para R$ 30,00.

Como comprei o ingresso já na sexta-feira - após mais uma frustrada tentativa de adquirir a camiseta do clube -, saí de casa mais próximo da hora do jogo, tentando escapar do sol escaldante da úmida São Leopoldo no dia de hoje. Entrando pelo lado de trás, logo percebi que não adiantou muito terem passado o jogo para as 17h e muito menos eu ter chegado poucos minutos antes disso. Era IMPOSSÍVEL sentar na geral. Fiquemos em pé, portanto.

Olhando para o barranco, à minha esquerda, TODAS as sombras de árvores estavam com pessoas por baixo, já as arquibancadas cobertas só encheram mesmo durante o jogo - provavelmente quando perceberam que sobraria espaço por lá desta vez. Além disso, montaram umas mesas de bar na parte de cima da geral, com guarda-sois, além de uma ou outra senhora que levou sua sombrinha para ficar por baixo. A minha impressão é que teve um público um pouco maior que na partida passada, cerca de 5 mil pessoas.

JOGO
O Gaúcho até que tentou atacar, estabelecer alguma pressão, aproveitando que os donos da casa, naturalmente, estariam mais acomodados na partida, porém, não conseguiam criar muita coisa. Provavelmente, foi a equipe que menos deu trabalho ao goleiro Pitol nas quatro partidas que eu vi desta Segunda Divisão (3ª).

O jogo parecia chato, para além da agonia por conta do calor, porque também eu estava mais preocupado com os acontecimentos do jogo que ouvia no rádio que mesmo na que via em campo. Confesso que em algumas horas, eu tinha de lembrar que tinha um jogo à frente, mesmo com um sol escaldante no couro.

Ao menos, tinha um "animador da torcida", vestido com peruca azul, uma bola colada no pé e que tentou por várias vezes fazer uma ola por todo o estádio. De início, o pessoal da geral e do barranco acompanhava. Até mesmo os jogadores do banco do Aimoré faziam junto, mas não o pessoal das cobertas. Depois de algumas tentativas, o estádio inteiro conseguiu fazer uma ola enquanto dentro de campo seguia o zero a zero. O barulho sobre algo dentro de campo só quando tinha jogada mais polêmica ligada à arbitragem.

Não posso deixar de dizer que o Aimoré conseguiria marcar se pressionasse um pouco mais, dado o desnível técnico e físico entre as equipes. Numa das boas chances de gol do primeiro tempo, cruzamento na esquerda e o atacante capilé mandou o cabeceio na trave! No fim, se o Cristo Rei tivesse placar ele teria continuado no 0 a 0.

A segunda etapa foi melhor. Primeiro, eu catei uma sombra no barranco, próximo ao escanteio. Além disso, o Aimoré conseguiu criar boas e efetivas chances.

Aos 13 minutos, boa troca de passes na área, ela chega em Toto, que limpa bem a marcação e chuta forte para abrir o placar e decretar a festa da torcida no estádio, com direito a gritos de "É CAMPEÃO!" em meio aos tradicionais "Vâmo, vâmo, vâmo Aimoré". 

Diga-se de passagem, a torcida hoje, de forma geral, foi a que mais participou da partida. Mais uma vez foi dia de ver torcedores com as mais diversas camisas de clubes, com colorados e gremistas torcendo para um mesmo time, o da cidade, além dos que apareceram com camisetas de outros, casos de palmeirenses e um cara com a camisa do Paysandu!!! - eu já tinha visto torcedor do Náutico e já fui com a camisa do CSA, para marcar Alagoas no território capilé.

Esperando o tempo passar para pegar o troféu, enquanto ouvia ansioso o outro jogo da Série A do Brasileiro e as reclamações do senhor do lado porque vendiam lata de cerveja - sim, aqui pode - dizendo que custava oito reais, mas "poderiam fazer por seis" e no final das contas no bar era cinco....

Para piorar para o pessoal de Passo Fundo, que tinha ao menos um torcedor vestido e outrxs cinco ou seis por aqui, um jogador foi expulso após uma suposta cotovelada no jogador do Aimoré.

Para fechar tudo, aos 31 minutos, boa jogada no lado esquerdo, o jogador cruzou fechado e o prata da casa Lukinha, que havia entrado na segunda etapa, quase dividiu com a trave para marcar o segundo gol do Aimoré, o gol do título!!!

Ainda teve tempo para o Pitol se arriscar lá na frente e bater uma falta, para delírio da torcida. A bola foi longe do gol, mas "não tanto quanto a do Neymar", como disseram ao meu lado.



Depois disso, só foi o juiz apitar, soltar os fogos e pegar a taça! 


CLUBE ESPORTIVO AIMORÉ CAMPEÃO (PRIMEIRO) CAMPEÃO DA "SEGUNDA DIVISÃO" - TERCEIRA DIVISÃO DO CAMPEONATO GAÚCHO 2012

[Por Trás do Gol] Podia ser o Falcão, mas a Copa é do Neto!

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Foto: Cris Gauthner/FIFA
Quando se pensa que seria a última Copa do Mundo de Futsal FIFA do maior jogador da história do esporte. Quando se pensa que ele, que vinha de uma temporada com lesões no Brasil, machuca-se logo na primeira partida. Quando se pensa que ele volta antes que os médicos esperavam e tem uma paralisação facial, provavelmente por estresse. Quando se pensa em tudo isso e ainda o vê virando um jogo de quartas de final contra a Argentina ou empatando a final contra a Espanha, deveria ser "fácil" de dizer: Falcão é espetacular. E é mesmo, mas a Copa do Mundo 2012, realizada na Tailândia, fica marcada pela estrela de Neto. 

Lembro da Copa de 2004, a disputa das semifinais contra a Espanha, que por conta de um tropeço na segunda fase faria uma "final antecipada" com o Brasil. Empate no tempo normal e na prorrogação e no último pênalti, o jovem Neto encheu o pé e a bola explode no travessão. O Brasil acabaria em terceiro lugar naquele ano, com a Espanha levando o bicampeonato em Taiwan - não se assustem, colocar torneios "menores" em países "estranhos" faz parte da política de espacialização do futebol e seus derivados para aumentar os negócios da FIFA.

MUNDIAL
Creio ter acompanhado quatro dos sete jogos da competição deste ano e me incomodava com um time muito "normal" para o futsal, de grande qualidade, mas com os gols saindo no toque de bola mais que com a abertura de espaço individual. Talvez  por conta da ausência de Falcão em boa parte dos jogos, mas também porque imaginava que alguns jogos precisaria ser decididos no diferencial "brasileiro". 

Era um mundial com muitos favoritos. Para além dos campeões Brasil e Espanha, havia Rússia, Itália e Irã. O último caiu ainda nas oitavas, para a zebra colombiana e o primeiro pegou a Espanha, repetindo a final do torneio europeu, ainda nas quartas de final, ficando pelo caminho. Restou à Itália o terceiro lugar na competição após ser eliminada pela Fúria nas semifinais.

Além disso, após a goleada de 16 a 0 sobre o fraco Panamá, o Brasil sofreu para vencer os seus confrontos seguintes, apesar de, teoricamente, serem mais fracos que o da outra chave. Nas quartas, a Argentina abriu dois a zero e graças a gols de Neto, mas, principalmente, aos dois do Falcão, um na prorrogação, o time seguiu em frente. 

Nas semifinais, um gol logo no início e parecia que a Colômbia ficaria para trás tranquilamente. Ledo engano. Os colombianos empataram o jogo e deram aquele frio na barriga nos torcedores brasileiros, que viram o time terminar a partida por 3 a 1.

Na final, nada melhor que pegar a Espanha, reconhecida por jogadores e pelo próprio técnico, Marcos Sorato, como num nível acima das outras seleções de futsal.

FINAL
Quem viu o primeiro tempo em zero a zero, com a Espanha com a maior posse de bola, tocando-a o tempo inteiro, pode ter se lembrado da base de jogo do time de futebol de campo. Eu estranhei a atitude resguardada do Brasil, que demorou a conseguir algumas, e poucas, finalizações.

O segundo tempo foi diferente, tivemos gols e posturas mais ofensivas de ambos os lados. Para começar, o Brasil veio com uma formação mais rápida e com Falcão em campo, dando trabalho para a seleção espanhola. Ainda assim, as marcações venciam o confronto, que dava a crer que só poderia ser modificado nas bolas paradas (faltas, laterais e escanteios).

Num escanteio, Neto chutou forte, no canto e abriu o placar para o Brasil, logo nos primeiros minutos. A Espanha sentiu o golpe e se perdeu por alguns instantes, com os maiores campeões do mundo segurando mais o jogo, controlando o resultado. Porém, tudo mudou em dois minutos.

Aos 9, cobrança de falta na entrada da área, três na barreira brasileira e só um na sobra, com o número 4 deles sozinho na segunda trave. Na cobrança, Miguelín recebeu a bola e enfiou o pé nela, para grande defesa de Tiago, mas estava lá o número 4 na sobra. Gol de Torras, empate da Espanha.

O Brasil parecia não ter sentido tanto o gol, mas mal deu tempo de verificar isso. No minuto seguinte, Aicardo recebeu a cobrança de lateral na esquerda e deu um chute seco. A bola seria defensável, mas desviou num jogador brasileiro no meio do caminho e enganou Tiago. Espanha 2 a 1.

O time brasileiro tentava de todas as formas, inclusive com a volta de Falcão à quadra. Quando faltavam menos de quatro minutos, Sorato resolveu colocar pela primeira vez na Copa o goleiro-linha. Com a Espanha fechada, o time tocava a bola até que Falcão encontrou um espaço para chutar. E que chute! No ângulo! Brasil 2 a 2. 

Os dois times tentavam, com medo, chegar ao gol do título em tempo normal, mas não conseguiram. Pior para a Espanha, que carregava as suas cinco faltas para a prorrogação - a partir da sexta, o Brasil teria direito a tiro na linha de dez metros.

A prorrogação foi bem movimentada, mas sem gols para os dois lados. Faltando pouco mais de um minuto, o Brasil teve a chance de marcar num tiro livre de 10 metros, mas Rodrigo parou no pé direito do goleiro Juanjo. Quando parecia que iríamos acompanhar a segunda decisão de pênaltis seguida, brilhou o melhor jogador do torneio.

Neto recebeu de Falcão, deu um toquinho por cima da perna de Fernandão, a bola quicou na linha, ele deu uma ajeitada e encheu o pé no canto direito. Sem chances para Juanjo! Sem chances para a Espanha, há 19 segundos do final. A defesa de Tiago no último segundo só consolidou o hepta campeonato mundial da seleção brasileira de futsal (cinco sob a insígnia da FIFA).

O mesmo Neto que fora o responsável direto pela jogada que eliminou o Brasil da Copa de 2004 - é verdade que num grupo muito desunido -, que ficou de fora do mundial realizado aqui no Brasil em 2008 por uma lesão, torna-se o responsável direto pela jogada que deu mais um título ao futsal brasileiro, sendo escolhido o melhor jogador da Copa do Mundo de Futsal FIFA 2012.

sábado, 17 de novembro de 2012

Poco texto e mucha psicoanálise - El desorden de tu nombre

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En “El desorden de tu nombre” nosotros tenemos el punto de vista de un escritor, que no es escritor, de libro con mismo título el cual es personaje. Pero en la historia, el editor Julio Orgaz es editor, lee muchos libros para escoger cuales serón publicados, pero cree que es un escritor mismo sin escribir muchas páginas – quero decir, siempre se imagina escribiendo historias, como se era una realidad en paralelo: 

“Muchas veces me veo a mí mismo escribiendo esa historia. Estoy sentado en casa, sin hacer nada o mirando la televisión. Entonces empiezo a imaginarme en mi mesa de trabajo. Escribo una historia, y en ella, lo que sé y lo que no sé toman la forma de un libro que justifica mi vida” (23). 

Al longo del libro, Orgaz gana un cargo mejor, pero, para él: 

“Yo no escribo, pero qué diferencia hay entre escribir una novela e imaginarse escribiéndola” (24). 

Julio nos parece siempre estar viviendo entre estos dos lugares, el que vive y el otro, en que, incluso, puede ser uno de los personajes de la historia que decide realmente escribir. Para empezar, nosotros conocemos que él estaba triste hasta que encontró Laura en un parque y tan logo se enamoró de ella. Estaba triste porque Teresa murió después de noches de amor, siempre diferente, a pesar de ya no tener relaciones ningunas con ella. Vio siempre Teresa en Laura, los pelos especialmente. Laura tenía esposo, una hija (Inés), pero a ella no gustaba el casamiento, en que, mismo graduada, tuve que dejar el trabajo porque el esposo no quería. Aún eso, a Laura gustaba escribir en un diario sobre las cosas de su vida y mesclar algunas palabras en sus textos. 

Julio encontraba a Laura siempre a los martes y a los viernes, porque eran los días en que tenía consulta con su psicoanalista (Carlos Rodó). Era necesario después de la muerte de Teresa, de forma, por ejemplo, que él escucha siempre “La Internacional” por donde pasa. Dr. Rodó siempre lo escuchaba hablar de Laura e solo después de algunos días, cuando el editor dice que estaba a escribir un libro con un paciente (amante), un psicoanalista e la pareja de esto, que ella podría ser tu pareja, pues tenía el mismo nombre. 

La historia es corta, por eso no pretendo presentar más informaciones sobre cuál será el final escogido para el libro de Julio – y se esto será o no el mismo para la relación que se pasa en su vida real, mismo que él no sepa.

AUTOR
“El desorden de tu nombre” es una novela escrita en 1988 por Juan José Millás, ganador de algunos premios importantes de la literatura hispánica, casos del Premio Sésamo (1974) de novela corta y el Premio Nadal, de gran tradición en España (1990). El autor es español, natural de Valencia, nasció en 1946, pero vivió siempre en Madrid. Millás siempre defendió que “la literatura no es algo cerrado sino un espejo donde también se miran los otros”, mismo siendo la soledad el sentimiento que más compartimos con el autor, por estar presente en sus novelas. 

Referencia bibliográfica
MILLÁS, Juan José. El desorden de tu nombre. Salamanca-ESP: Santillana, 2008. (Colección Leer en Español - Nivel 3)

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

[Por Trás do Gol] Curiosidades da coleção

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Eu coleciono camisetas de futebol. Desde 2007, resolvi que a cada Estado brasileiro ou outro país que eu fosse, eu teria que conseguir a camisa do campeão local, fosse ela original ou "réplica". Ao menos tentaria. Apesar que já tinha certa vantagem por ter guardadas as camisas do Palmeiras que eu tinha desde criança (1994, 1997 e 2003), que de 2009 para cá acabaram por receber outras das temporadas seguintes, especiais ou de jogo - o que virou quase uma coleção em paralelo. Mas não é do Palmeiras que eu falarei desta vez, já fiz isso no último post - quer dizer, se você chegar até o final deste pode reclamar nos comentários depois que acabei falando do clube...

Cálculos ainda imprecisos me informam que eu devo ter mais de 30, sendo cerca de 20 clubes/seleções diferentes dos seguintes Estados/países: Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Uruguai, Argentina e Espanha; e das seleções brasileira e espanhola. Algumas eu comprei, outras, ganhei e um ou outro local que não consegui achar a camiseta - geralmente porque o campeão daquele ano era "diferente" demais para ser achado facilmente.

Um amigo, que não gosta de futebol, diz que acha interessante que, apesar de eu me preocupar com a coleção, eu use todas as camisas que tenho - como sempre digo, só há exceções emotivas para caso eu tivesse de adquirir camisas do CRB (AL) ou de qualquer equipe desta e de qualquer outra galáxia que leve Corinthians no nome (pode ser o paulista, o de Pilar, o de Caicó, o do Paraná...). Isso acaba gerando situações curiosas, três das quais são recentes e eu me recordo para contar.

SANTA CRUZ
O primeiro causo é a camisa do Santa Cruz, que comprei no ano passado. Na última passagem por Maceió,  acabei pegando simpatia pelo tricolor do Arruda por ser "parceiro de sofrimento" do CSA, impressionado em um dia ter visto a torcida deles dividir o Estádio Rei Pelé com a nossa e não parar de gritar um só instante. Na segunda vez que passei por Recife, no ano passado, o Santinha tinha conseguido evitar o inédito hexacampeonato do Sport - time o qual eu não gosto, apesar de ter camisa deles - e fiquei aliviado porque a coleção ganharia uma camisa legal.

Acabaram montando uma lojinha de camisas antigas na universidade em que apresentaria trabalho, o que me poupou o trabalho de procurar algum shopping ou loja no Centro de Recife. A primeira coisa que fiz foi perguntar ao vendedor qual time que ele torcida. A resposta foi: Santa Cruz. Pronto! Olhei e achei uma legal, histórica, réplica de 1983: "do Gabriel, que fez o gol do título em plena Ilha e foi comemorar em cima do símbolo deles".

Usei aqui em São Leopoldo e imaginava que ninguém iria achar curioso uma pessoa com uma camisa do Santa por aqui. Fui almoçar e quando voltava da mesa da sobremesa, um senhor me parou, apontou para a camisa e perguntou: "essa é de 1983 mesmo? Como você conseguiu?". Respondi que era uma réplica e que tinha comprado em Recife. Ele seguiu em frente.

BOCA JUNIORS
Por conta dos títulos da Libertadores nos anos 2000, a geração de Riquelme e cia. que atormentou os brasileiros e perdeu para o Paysandu em casa, e, é claro, por causa do mito que é La Bombonera para quem gosta de futebol, por ser o time que Maradona é torcedor fanático e etc., foi bom que eu tenha chegado em Buenos Aires este ano com o Boca, após algumas temporadas, voltando a ser o atual campeão argentino. Fui em La Boca e trouxe de lá duas camisetas, ainda que réplicas - porque na Argentina as coisas são mais caras. Uma é com listras em preto e branco na vertical, modelo inicial do clube, antes de avistarem o navio sueco no porto; a outra é a tradicional.

Em outubro, estava no aeroporto de Porto Alegre esperando o voo para o Rio de Janeiro, para mais um evento. Saí catando um lugar para comprar água, já que há empresas aéreas que passaram a vender tudo, e muito caro, durante as viagens. Enquanto esperava a garrafa d'água, um argentino tentava pedir o café do jeito que queria. Olhou do lado e disse que "estávamos mal". Eu respondi que era verdade - o Boca não faz um bom campeonato argentino sem Riquelme, de "férias" (?). Ainda falei que aqui no Brasil muitos haviam torcido na Libertadores, mas o time acabou perdendo. Ele fez uma cara meio de surpreso e ficou quieto. Eu segui para o meu gate.

FLUMINENSE
Após uma semana não ter conseguido, acabei indo ver "Gonzaga - de pai para filho" na semana passada - por vários problemas (saúde, tempo, paciência) não consegui escrever sobre. Fui com a camisa do Fluminense, que adquiri na primeira viagem do ano ao Rio, em julho, que é a original pós o título brasileiro de 2010 - com direito ao escudo da CBF. Antes de qualquer coisa, afirmar que a camisa do Flu é uma das mais bonitas do mundo pela disposição de cores, mas dentre os cariocas, acho que só o Flamengo me daria "estranheza" em vestir - por conta da torcida deles.

Enfim, saía da sessão do filme e um senhor, em torno dos 50 anos, aponta para mim e diz algo. Não entendo e ele repete: "Seremos campeões no domingo, hein". Eu respiro fundo, lembro que o jogo seria contra o Palmeiras, dou um sorriso falso e digo um "esperamos". Ele aperta a minha mão e segue...

Da próxima vez, eu digo que só coleciono camisas de futebol...

domingo, 11 de novembro de 2012

[Por Trás do Gol] Sim, perdemos

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Sim, perdemos. 

Sim, só falta a matemática fechar a conta. 

Sim, o campeão da Copa do Brasil deverá ser rebaixado.

Sim, disputaremos Libertadores e Série B num mesmo ano.

Sim, estou chateado com tudo isso, com a diretoria, então, já faz tempo.

Não, não com todos os jogadores. Como disse o atual técnico ainda esta semana, "antes tivéssemos quatro Barcos", ou mais um Assunção - mas também menos um Luan, muito raivoso e pouco afim de jogo.

Não, eu não estou com paciência para ler, ver ou ouvir alfinetadas ou tripudiações de colegas/amigos ou qualquer "raça" de pessoas a me encher a paciência com isso.

Não, não tenho ânimo ou motivação por milhares de motivos deste 2012. O rebaixamento é "só" um deles, sem ser "só" porque eu sou palmeirense desde e até sempre.

Não vou ser o hipócrita de agora dizer que "isso é só um jogo". Não era naquele 11 de julho e não o é agora e nunca será para mim.

Não, ao contrário de dez anos atrás, não vou chorar.

Sim, perdemos e seremos rebaixados, mas como da última vez, como da primeira vez que eu vi esse time em campo, ainda que pela tela da TV, sigo e seguirei palmeirense, com títulos, sem eles, ou com decepções como rebaixamentos. Se dizem que amor é difícil de se explicar, imagina aquilo que é superior ao amor...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Os diferentes “tempos” de um acontecimento jornalístico

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Soube apenas no dia 23 de outubro da suposta ameaça de suicídio coletivo de 170 índios da tribo Guarani-Kaiowá que ocupam uma terra em Iguatemi, MS. No dia seguinte, alguns amigos e amigas do Facebook começaram a colocar “Guarani-Kaiowá” como sobrenome, algo que foi repetido por algumas pessoas também no Twitter. Isso me chamou a atenção.

Devido à necessidade de acompanhar um “acontecimento jornalístico” que tivesse reflexos nas mídias sociais, venho seguindo como se dão os reflexos deste caso neste espaço da internet, com maior atenção para a página do evento no Rio Grande do Sul para um dos atos em prol dos índios guarani-kaiowá, que ocorrerá no dia 9 de novembro, além de ficar atento ao que é difundido por outras pessoas e perfis no Facebook e às discussões relativas ao assunto em grupos mais restritos nesta rede.

Após esta questão dos sobrenomes, algo que não lembro ter visto antes, outra coisa que me chamou e continuou a me chamar a atenção é como se deu a difusão da “Carta da comunidade Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbakay-Iguatemi-MS para o governo e Justiça do Brasil”. A carta foi divulgada no dia 10 de outubro em poucos sites na internet como resposta a uma decisão da Justiça Federal de Naviraí, MS do dia 29 de setembro.

Dados e documentos

No dia 22 de outubro este fato transformou-se em acontecimento jornalístico ao ser comentado em duas diferentes mídias. Ainda pela manhã, a jornalista Eliane Brum escreveu em sua coluna semanal no site da revista Época (Organizações Globo) sobre o assunto, com o título “Decretem nossa extinção e nos enterrem aqui”. No texto, Eliane resgata como os povos originários foram tratados no país e, neste caso em específico, como eles não foram considerados numa história recente como indivíduos portadores de direitos.

No mesmo dia, mas à noite, o jornalista Bob Fernandes dedicou o seu comentário no Jornal da Gazeta (TV Gazeta/São Paulo) ao assunto, sob o título “863 índios se suicidam... e quase ninguém viu”. Bob Fernandes, que também escreve para o portal Terra, destaca o silêncio da grande mídia sobre o assunto, com exceção de Eliane Brum, repassando o dado que desde 1999 – quando visitou a comunidade – outros 555 jovens desta tribo teriam cometido suicídio no Mato Grosso do Sul. Foi através deste vídeo que eu e muitas outras pessoas tiveram acesso à carta da tribo – para se ter uma ideia da repercussão, até o dia 2 de novembro foram mais de 450 mil exibições do vídeo no YouTube.

O assunto voltou a ser tema de seu comentário no Jornal da Gazeta no dia 24 de outubro, porém, sem a repercussão do anterior, tendo até o dia 2 de novembro menos de 2000 exibições e sem qualquer difusão pelas redes sociais. Bob Fernandes mostra dados oficiais, com documentos, sobre suicídios de índios no país.

Documentos de apoio

Voltando depois à coluna de Eliane Brum, percebi dois links de matérias feitas anteriormente sobre esta tribo e me assustei ao perceber que Ricardo Mendonça e Mariana Sanchez publicaram uma reportagem na mesma revista Época há onze meses (02/12/2011) sobre o assunto, com o título “Uma tragédia indígena”. Neste, eles destacam as precárias condições de vida do maior grupo indígena do país, com média de vida equivalente a 45 anos, valor “só comparável ao Afeganistão”.

Nem eu, nem provavelmente a maioria de nós que acompanhamos o caso, apoiamos a luta destes índios para voltar à sua terra original, nem soubemos desta reportagem anterior. Foi necessária, para além de uma carta cujo conteúdo foi inicialmente interpretado como ameaça de suicídio coletivo, a difusão pelas mídias sociais sobre o assunto para que este acontecimento surgisse e fosse difundido.

Ainda assim, difundido de forma “tímida” nos meios de comunicação de maior recepção. Pelo que acompanhei – ao menos até o dia 01/11, que conforma uma semana de seguimento diário –, os sites sãos os que mais noticiaram este acontecimento e seus desdobramentos, principalmente através de manifestações realizadas em alguns locais do Brasil, casos de Vitória-ES e Recife-PE. No caso de jornalões como O Estado de S.Paulo e O Globo, também houve a publicação de documentos de apoio escritos por personalidades importantes, como a ex-ministra do Meio Ambiente e candidata à presidência, em 2010, Marina Silva.

Redes sociais como fonte de notícias

No Rio Grande do Sul, os sites do Sul21 e do jornal Zero Hora vêm acompanhando o caso com frequência, atualizando as notícias. Dentre elas, chamou-me a atenção uma pequena discussão na página do ato em Porto Alegre sobre a matéria “Carta na rede social com suposta ameaça de suicídio coletivo alerta para conflito de terra esquecido”, do jornalista Carlos Wagner, publicada no jornal no dia 26 de outubro.

Dois participantes do ato questionam que, já no título aparecem palavras como “suposto” e “esquecido”, gerando um debate sobre a possível confusão engendrada sobre o assunto – apesar de o conteúdo da matéria explicar tratar, inclusive, da origem do conflito, que tem ligação com o Rio Grande do Sul, já que milhares de famílias gaúchas foram levadas ao Centro-Oeste para povoar a região, em lugar dos povos originários que ali viviam. O problema teria sido que ao destacar o erro de interpretação sobre a carta – que na verdade não seria uma ameaça de suicídio, mas um recado de que os índios não sairiam daquelas terras – poderia estar reduzindo a importância daquele acontecimento.

No dia 30 de outubro, surgiu a notícia da suspensão da liminar que determinava a reintegração da posse da terra no interior do Mato Grosso do Sul – apesar de algumas notícias creditarem a um problema de interpretação da decisão inicial, que teria apenas confirmado a posse da terra para os fazendeiros, mas ainda não a retirada da população indígena. A curiosidade desta vez ficou pela maneira que o assunto foi difundido inicialmente. Isso se deu através de postagens no Twitter da secretária nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, cuja página foi difundida para milhares de pessoas no Facebook. Mesmo o site da Empresa Brasil de Comunicação informou sobre o assunto tendo como fonte o perfil da secretária nesta mídia social. Procedimento repetido por outros sites, reproduzindo uma tendência atual de utilizar as postagens em redes sociais como fonte para notícias.

Nova decisão pode acirrar os ânimos

Para finalizar essa análise parcial deste acontecimento – até mesmo porque há uma série de atos em vários Estados programados para o dia 09 de novembro –, reafirma-se o silenciamento da chamada grande mídia sobre o assunto, especialmente nos telejornais. Apenas no dia 1 de novembro, a Globo News, canal de TV fechada das Organizações Globo, realizou um debate sobre o assunto. O programaEntre Aspas, apresentado por Mônica Waldvogel, teve como descrição no site sobre esta edição “Convidados analisam a situação desesperadora dos índios guarani-kaiowá”. Já na chamada, há a narração da jornalista destacando que este acontecimento criou uma mobilização nas redes sociais, chegando ao ponto de citar no debate que este seria um assunto que “mobilizou o país”, gerando várias manifestações em prol da causa dos guarani-kaiowás.

Apesar dessa situação, os telejornais em TV aberta não tocaram no assunto. De um lado, talvez por conta do tema “suicídio”, que não costuma ser tratado nas redações jornalísticas no Brasil – por uma aversão a estimular essa prática. Por outro, provavelmente por conta dos critérios de noticiabilidade definidos nas redações de telejornais – por mais que assuntos bem mais banais e com repercussão parecida nas mídias sociais, caso de “menos Luiza, que está no Canadá”, tenham sido trazidos a estes programas televisivos.

Observando o movimento que o assunto tomou é interessante perceber que ele segue caminho contrário da maioria dos que “pertencem” às redes sociais, saindo de meios de comunicação mais “tradicionais” (ainda que o site da Época e, principalmente, o Jornal da Gazeta não tenham tanta audiência) para ampliar as redes de alcance e difusão desse acontecimento nas mídias sociais, sendo agregados novos fatos ao assunto – caso de uma índia da tribo que teria sido violentada por oito pistoleiros no dia 24. Este é um acontecimento, portanto, cuja maior fonte de informações vem da internet, através das mais variadas páginas de eventos, perfis em redes sociais, canais no YouTube e sites em solidariedade à causa. Isto deve prosseguir mesmo com a difusão pela internet de um abaixo-assinado “pedindo a cobertura da mídia sobre o caso e ação urgente do governo Dilma e do governador André Puccinelli, para que impeçam tais matanças”, que possui quase 300 mil assinaturas.

O diferencial que talvez faça com que o assunto chegue aos telejornais podem ser os atos programados para ocorrer no dia 9 de novembro em várias partes do Brasil e em alguns outros países, como Portugal, que estão sendo mobilizados por grupos e páginas de evento no Facebook. Além disso, alguma nova decisão judicial também pode acirrar os ânimos entre os personagens envolvidos neste acontecimento.

* Texto originalmente publicado no Observatório da Imprensa.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

[Por Trás do Gol] Quase 5 mil (!!!) em festa pelo acesso

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Tarde de um domingo com um sol para cada um, jogos importantes no Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão e em vez de ficar em casa, aproveitando um churrasco à beira da piscina ou os condicionadores de ar das casas - para aqueles que podem -, quase 5 mil pessoas foram ao Monumental do Cristo Rei ver o jogo que definiria quem retornaria à Divisão de Acesso (2ª) do futebol gaúcho: Clube Esportivo Aimoré ou Grêmio Esportivo Bagé. Eu fui um deles - e como sofri ouvindo o meu time no Brasileirão...

O índio capilé enfrentava consecutivamente o segundo time bageense. Após ter passado nos pênaltis pelo alvirrubro Guarany, repetiu o resultado do primeiro jogo na fase anterior, com vitória por 1 a 0 em Bagé, gol de Japa. Caberia então aos JALDE-negros (que se vestem de preto com um amarelo especial) tentarem repetir os rivais no clássico Ba-Gua, que venceram o segundo jogo aqui em São Leopoldo. A torcida, cerca de 50 pessoas, compareceu, o que deve ter exigido a abertura da bilheteria e do portão dos visitantes e mais policiais entre as torcidas que nas outras oportunidades.

Cheguei com um pouco menos de uma hora antes de a partida começar e as arquibancadas/cadeiras cobertas já estavam lotadas. Incrível como até a rua já estava lotada de carros! O movimento realmente era diferente, com mais ambulantes, que vendiam faixas do "CE Aimoré Rumo ao Acesso 2013" e outros produtos que, vai entender, eram da dupla Gre-Nal. A cantina abriu outra porta e distribuía fichas para tentar agilizar o processo de vendas de água, refrigerante e cerveja - parece que estádios abaixo de determinada capacidade podem vender a bebida, desde que não em latas ou garrafas. Além de vermos mais pessoas circulando entre as arquibancadas e o barranco vendendo tudo durante o jogo. Ah, até vendedor de rádio de pilha tinha no estádio!!!

Outra coisa interessante de jogo de interior, neste "nível", é que havia algumas pessoas com camisas de Grêmio e Internacional dividindo os espaços sem quaisquer problemas, tanto entre si quanto entre os torcedores capilés. A camisa do clube, verdade seja dita, ganhou uma tenda para ser vendida, agora a R$ 90,00. Pela quantidade de pessoas no estádio com ela, confirma-se o grande sucesso dos dois modelos criados e escolhidos pelos torcedores.

Dada a lotação da parte coberta, o jeito foi descobrir a sombra de alguma árvore atrás do gol e, ao menos até o primeiro tempo, assistir a partida no barranco. Apesar que isso não é um problema para o cidadão leopoldense, já que muitas pessoas vão ao estádio no Cristo Rei com cadeiras de praia, almofadas e chimarrão, prontos para "LAGARTEAR" no bom gramado atrás de um dos gols - tão bom que no intervalo do jogo, saiu um lagarto de lá, adentrando no gramado de jogo logo em seguida.

Prolegômenos à parte, vamos à partida!

JOGO
Diferente da partida contra o Guarany, em que começou pressionando com uma série de escanteios, o Aimoré veio mais recluso na defesa, tentando puxar contra-ataques. O Bagé tinha mais posse de bola e tentava colocar pressão nos donos da casa, mas com poucas chances reais sendo criadas. Nas poucas vezes que conseguiram algo, a bola foi para fora ou ficou nos braços do goleiro Pitol.

Enquanto isso, o Índio Capilé não conseguia ter a calma suficiente para administrar o resultado, talvez até temoroso pelo que ocorreu na fase seguinte, quando perdeu a partida e teve que resolver nos penais. Sem o atacante Lucas como referência, muitos foram os erros cometidos na etapa inicial, que terminou mesmo em 0 a 0.

Os 45 minutos que poderiam marcar o retorno à segunda divisão gaúcha (Divisão de Acesso) após 16 meses para ambos os clubes deveriam trazer mais emoções. E trouxeram. O Aimoré conseguia encaixar mais contra-ataques e segurar um pouco mais a bola, ainda que levando um susto aqui, outro ali na defesa, principalmente a partir do atacante Rafael Xavier do campeão gaúcho de 1925 - que ao menos no cabelo tenta imitar o R49.

Acompanhei o segundo tempo na arquibancada descoberta, aproveitando que o sol tinha baixado, ainda que pouco - como comprovava o tão quente concreto. Tinha desde torcedorxs com suas cadeiras de praia e cuias de chimarrão, a "profissionais", que sabiam o nome de todos os atletas do Aimoré e até senhoras de idade, que riam quando um torcedor xingava o bandeirinha de tudo o que era possível - alguns dirão que até o impossível!

Falta na entrada da área para o Aimoré. Logo lembrei da falta que vi atrás do barranco no jogo contra o Garibaldi, o gol que recolocou o time na frente do marcador que terminaria em 3 a 1. Enquanto eu tentava gravar com o celular, o cara do lado pegou sua câmera semi-profissional e queria tirar a foto do gol do acesso. Nada feito para nenhum de nós, já que a bola ficou na barreira. Nova tentativa dele na cobrança de escanteio e nada de gol.

O Bagé continuava a tentar algo com bolas alçadas na área ou em alguma jogada criada pelo Rafael Xavier, mas esbarrava na defesa, que comemorava cada bola tirada. Como era dia de "futebol gaúcho clássico", o que mais se ouviu foram comemorações a cada bico para fora do jogo, alguns deles para fora do estádio!

Mas aos 28 minutos veio o grito máximo do futebol. Num dos contra-ataques do Aimoré, Gabriel recebeu na entrada da área, quase se atrapalha, mas consegue cortar o zagueiro e em meio a gritos de "vai, vai!" da torcida, tocou por baixo do goleiro para abrir o placar e afirmar a festa no Monumental do Cristo Rei. Centro Esportivo Aimoré garantia o acesso - nem posso colocar à Divisão de Acesso por motivos óbvios...

O jogo seguiu com o Bagé tentando algo, cuja torcida soltava algo próximo a grunhidos do lado de onde eu estava, já sem maiores esperanças, enquanto a "gurizada" do outro lado seguia sua sina de barra e não parava um instante. Antes mesmo do final do jogo um dos gandulas acendeu o foguetório atrás do gol e defronte ao barranco. Quando o juiz apitou, os jogadores pularam por cima da "CASAMATA" dedicada à Brigada e foram comemorar com a torcida.

Logo em seguida, abriram os portões e parte dos torcedores adentrou ao gramado, com crianças se divertindo jogando bola num campo profissional - sério, o gramado é muito bom -, pais tirando fotografias dos filhos no gramado, enquanto uma parte das pessoas abraçava os novos ídolos do Aimoré. O acesso está garantido!

MAS AINDA TEM O TÍTULO
A Segunda Divisão (3ª) ainda não acabou. Curiosamente, a final nos traz os times que classificaram para as quartas de final com a melhor e a pior campanha, ambos saídos do Grupo A.

Enquanto o CE Aimoré vem com uma campanha primorosa, com 10 vitórias, 2 empates e 2 derrotas, com 27 gols marcados e 8 sofridos; o Sport Club Gaúcho, de Passo Fundo, conseguiu o acesso após se classificar em 4º lugar no grupo e passar nas quartas de final (contra o Três Passos) e na seminal (contra o Garibaldi) pela maior quantidade de gols marcados fora de casa. Com um detalhe, o Gaúcho perdeu em casa por 1 a 0 contra o TAC e reverteu o marcador lá em Três Passos, vencendo por 2 a 1. A sua campanha na Segunda Divisão é de 4 vitórias, 4 empates e 6 derrotas, com 11 gols marcados e 16 sofridos. Festa da cidade de Passo Fundo, que já havia visto o clube com o mesmo nome da cidade ascender à Primeira Divisão.

Para quem acredita no favoritismo total e irrestrito do Índio Capilé, trago os resultados da primeira fase: o Aimoré venceu em Passo Fundo por 1 a 0 e apenas empatou no Cristo Rei, por 1 a 1. Além disso, estamos falando de FUTEBOL!!!