sábado, 21 de dezembro de 2019

2019.24 Inés da minha alma/ 2019.25 Ladrões de bola

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Depois de mais de um ano e meio, consegui ler a tempo um livro do Leia Mulheres Maceió. Por coincidência, mês passado eu ganhei da minha companheira o "Casa dos Espíritos", livro de maior sucesso dela, que tive que parar para terminar de ler "Inés da Minha Alma" a tempo.

O livro conta com um estudo histórico interessante ao apresentar a história de Inés Suárez, que realmente existiu e foi figura importante na "colonização" do atual território do Chile, no século XVI. O mais interessante aqui é o livro ser contado a partir de uma suposta narração dela, que estaria contando à filha de criação seus amores e desafios de vida. Há considerações sobre o machismo da época e também da brutalidade da ocupação dessas terras na América do Sul.

ALLENDE, Isabel. Inés da Minha Alma. 4.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.

Parece continuação dos livros de David Yallop e Andrew Jennings sobre os casos de corrupção no futebol. O brasileiro Rodrigo Mattos trata dos "25 anos de corrupção no futebol: da prisão de dirigentes na Suíça à eleição do novo presidente, como o castelo da FIFA desmoronou" e como a lógica política da entidade seguiu a mesma apesar disso. Fiquei curioso em saber os caminhos e escolhas de Infantino enquanto presidente da entidade.

MATTOS, Rodrigo. Ladrões de bola. São Paulo: Panda Books, 2016.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Não vou te abandonar!

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Eu tenho 31 anos e nos últimos 10 mais presente em estádios (daqui e de fora). Por coincidência, é quase o mesmo período que eu estudo futebol que, acima de tudo, é uma parte fundamental da minha vida.

Sinceramente, nunca pensei que em tão pouco tempo o CSA - Centro Sportivo Alagoano​ chegasse à primeira divisão do Brasileiro. Primeiro, que a Série A sempre pareceu ser algo extremamente difícil para times alagoanos, quiçá algo que não devesse mesmo chegar para depois não cair em demasia. Também porque naquele 2010 que me fez, nas dificuldades, me identificar mais como azulino, estávamos saindo da segunda divisão do Alagoano, com uma quase volta no ano seguinte - bendito Washington!

O CSA sai da Série A com dívidas trabalhistas zeradas, seguindo no Profut para ajustar as dívidas federais e sem dever salários ou quaisquer outras coisas há anos. A estrutura física só não melhorou mais por causa do problema causado pela Braskem no Mutange, o que traz a grande incerteza em curto prazo.

Sofremos MUITO preconceito da cobertura esportiva no país, inclusive de jornalistas nordestinos, que se surpreenderam com muita coisa nesta trajetória porque sempre tiveram preguiça ou má vontade de olhar para Alagoas como se deveria. Infelizmente, isso não deve mudar. Basta fazer uma simples comparação de como Avaí e Chapecoense foram tratados ao longo da competição.

Mesmo com uma vida entre Maceió e Brasília, pude ver a primeira partida em casa do CSA, comemorar o primeiro gol nesta divisão com o meu pai; vi, me emocionei e comemorei a primeira vitória; peguei metrô com um monte de corintiano e vi centenas de azulinos ao meu lado na arena deles; xinguei um monte, porque apoiamos na mesma proporção que criticamos; em determinado momento, percebi que daria para ficar; mas, mesmo sendo pessimista e quando a matemática já não batia, acreditei e apoiei até depois do apito final ontem contra o São Paulo.

Pode parecer estranho para muita gente que após o último jogo contra o São Paulo a torcida do CSA, apesar da derrota, tenha gritado o "De novo estou aqui, eu nunca desisti, eu vim para te apoiar, não vou te abandonar". Mas é isso que fizemos no período mais difícil da história do clube, nesta ascensão histórica dos últimos 4 e é isso que seguiremos fazendo por muito mais tempo.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

2019.22 Lenora/ 2019.23 Como eles Roubaram o Jogo

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Nos últimos anos eu venho comprando a partir de financiamento coletivo algumas HQs de autoria brasileira. Esta, de Juliana Fiorese, foi comprada seguindo esta trajetória. A obra é baseada no poema "Lenore", de Edgar Allan Poe. Eu não curto poesias, mas os poucos versos de Poe são ilustrados de maneira excepcional nesta HQ. Um dos livros mais lindos que eu já comprei. E o melhor, produção nordestina.!

POE, Edgar Allan/FIORESE, Juliana (ilustração). Lenora. João Pessoa: s/e, 2019.

Quando li o livro do Andrew Jennings, uma colega do futebol me avisou para ler também "Como eles Roubaram o Jogo: Segredos dos subterrâneos da FIFA", do David A. Yallop. Publicado logo após a Copa do Mundo FIFA 1998, ela retrata os bastidores da FIFA da chegada à saída de João Havelange. É importante ver as partes que ele passa pelo Brasil e a disputa de poder em torno da Lei Pelé.

Curioso é que ele termina falando que não estranhássemos se algum torneio menor da entidade fosse parar no Catar. Pois é, em 2022, o principal campeonato de futebol do mundo será realizada em novembro por lá.

YALLOP, David A. Como eles Roubaram o Jogo: Segredos dos subterrâneos da FIFA. Rio de Janeiro: Record, 1998.