sábado, 9 de agosto de 2008

O espetáculo esportivo


Síndrome

A má atuação do time brasileiro de basquete feminino frente à Coréia do Sul significa muito mais que a possibilidade de não se passar sequer da primeira fase dos Jogos, representa o reflexo de uma síndrome que ataca a versão masculina: a falta de um craque.

De um(a) em um(a) os nossos destaques deste esporte foram saindo - isso acrescido ainda aos problemas organizacionais da confederação local. No masculino, desde a despedida do maior cestinha mundial em Olimpíadas Oscar, em 1996, que não conseguimos sequer se classificar para as Olimpíadas com o time masculino, mesmo com jogadores de NBA – um ou outro que joga pela seleção devido aos problemas da CBB.

No feminino, o processo da transição de qualidade do time campeão mundial em 1994 para este que perdeu na prorrogação hoje foi menos drástica.

A rainha Hortência foi a primeira a deixar a equipe, após a medalha de prata conquista em Atlanta, 1996. Magic Paula aposentou-se logo depois ou após o bronze de Sidney, 2000; não lembro ao certo.

Janeth permaneceu até a realização dos jogos Pan-americanos do Rio, ano passado. Isso após as conquistas anteriormente citadas, os quarto lugares em Atenas e no Mundial – este precariamente realizado no Brasil ano passado. Ficamos sem as suas cestas de muito longe, que marcaram os dois últimos Jogos.

A sucessora natural de Janeth seria a Iziane, porém a ala não aceitou ir para o banco na partida do caminho mais fácil do Pré-Olímpico, quartas-de-final contra a Biolorrússia, e não voltou à quadra quando Paulo Bassul pediu. Merecidamente, ela ficou fora das Olimpíadas; o time conseguiu sem ela, e após duas partidas, a vaga olímpica.

Após abrir 7 pontos de diferença faltando pouco tempo para acabar o jogo, a Coréia do Sul empatou. Mesmo assim, ainda tínhamos a última posse de bola, mas faltava a referência nas horas difíceis.

Hoje, faltou uma jogadora que chamasse a responsabilidade para si, tivemos todas no mesmo nível, ou seja, cometendo muitos erros. Micaela perdeu o tiro e a partida foi para a prorrogação, onde as coreanas jogaram muito bem e venceram as assustadas brasileiras.

Esperemos que um provável resultado ruim em Pequim signifique uma reestruturação não só no time, com poucos destaques, mas, principalmente na organização do basquete nacional, que já perdeu o posto de segundo esporte dos brasileiros.

Um comentário:

  1. A discussão do basquete é séria. Acho q se desconsiderarmos todas as possibilidades de se jogar bola com os pés (futebol de campo, praia e nas várias quadras) o basquete ainda é o esporte mais praticado, mais q o volei inclusive. O problema é serio e sinceramente naum acho q esteja na quadra. Jogadores q naum se dão bem entre si e com a comissão técnica naum é fato novo no mundo dos esportes. Grandes jogadores são importantes, ou melhor, fundamentais para quem quer ser campeão. Mas naum é disso q estamos falando. Estamos falando de classificar para as olimpiadas, só isso, no masculino e de chegar na próxima fase no feminino. Provavelmente nada disso aconteça (os homens já estão assistindo pela tv do Lacombe)e acho q o problema está bem mais fundo e q muita coisa podre ainda vai surgir sobre esses q mandam no basquete brasileira. Só sei de uma coisa: pros nossos míseros objetivos, a culpa naum é da falta de craque, é d afalta de organização e alguém, como sempre nesse mundo, está lucrando com isso.

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