sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Em busca do El Dorado - QUALIFICADO!!! (E a comprovação do azar)

Bem que poderia estar digitando este texto feliz porque a semana mais importante (ou seja, mais cheia) do ano acabou e com tudo quase certo. Mas se fosse assim não seria eu a escrever, nem faria parte desta lastimável vida.

Pessimismo à parte, o tema deste texto é relatar como foi a banca de qualificação da minha dissertação, que ocorreu na tarde da última quarta-feira. Primeiro, é preciso dizer que só nesta semana tinha segunda, terça e quarta com aula de manhã; aplicação de prova e entrega de relatório de estágio docência na segunda; mais a qualificação na quarta; produção solo do programa de rádio e mais a apresentação na quinta; e, por fim, os dois dias do seminário do grupo de pesquisa, quinta e sexta.

Focando na quarta, havia me programado para ir à aula, sair correndo e voltar ao apartamento para tomar um banho - ainda mais necessário num início de semana que chegou a 36º - e pegar o computador. Por via das dúvidas, levaria o pen drive com a apresentação, caso não desse tempo de voltar. E o que foi que aconteceu?

Acabamos, eu e outros amigos/colegas muito da aula final, numa conversa interessante com o professor da disciplina e ela acabou 20 minutos depois. Além disso, ainda tínhamos que conversar com o outro professor para saber as datas de entrega dos trabalhos da matéria. Resultado: almoço na universidade e usar o pen drive para apresentar.

Até aí, tudo bem. Montado data show, só foi colocar a apresentação no computador e deixar tudo pronto. Quando todos os membros da banca já haviam chegado, esperando só chegar a hora exata desaba um monte de água na cidade - que até aquele dia só refletia um imenso calor. Um senhor temporal que fez cair a energia faltando um minuto, ou um pouco mais, para iniciar.

O que fazer quando esse tipo de coisa acontece? Tentar ver uma forma possível - ainda mais com alguém dizendo que tinha que começar naquela hora, mesmo sem slides ou energia... Ficar nervoso não  foi a primeira sensação, já que para alguém com o tanto de sorte que eu tenho isso é muito normal. A solução, sob pressão, pensada foi a de apresentar pelo notebook - do grupo de pesquisa. Tudo certo.

Ligado o notebook, pronto para começar, a energia chega. Foi só trocar o cabo para o notebook e fazer a apresentação. Tenho duas opções para justificar o que ocorreu: 1. A prova cabal do meu imenso azar; 2. O Roberto Marinho sabia que eu ia criticar a Globo e mandou tudo o que tinha à disposição. Poucas vezes, e não foram nos quatro ou cinco meses anteriores, que vi tanta água cair por aqui, com ventos que ultrapassaram os 100 Km/h.

A apresentação foi tranquila, consegui terminá-la até mesmo antes dos 20 minutos que temos para isso, seja no mestrado ou no doutorado, qualificação ou defesa. As contribuições dos professores da banca foram interessantes e pertinentes, cabendo agora a análise das mesmas para saber o que pode ou não ser acrescido à proposta de pesquisa.

No final das contas, acho até que não foi tanto quanto eu imaginava - sempre procuro antes imaginar quais as possibilidades de críticas nos trabalhos. Além disso, bem diferente da minha conclusão de curso, o texto foi trabalho com muito cuidado e com muito acompanhamento do orientador, ou seja, nunca tive a preocupação de ter gravíssimos problemas, que forçassem a pesquisa ir para outro rum. Pesquisa com qualificação "aprovada" e agora é só seguir com os demais passos, a busca e a análise dos observáveis.

De resto, a semana acabou! O seminário do grupo (mais uma apresentação...) foi aquilo que às vezes eu espero, às vezes não, mas que foi um espaço de interessante diálogo entre pesquisadores de vários objetos e até mesmo de diferentes posicionamentos político-ideológicos na EPC.

PS: ODEIO BAR!!!!



Um comentário:

  1. Cara, mesmo que a família Marinho continue exercendo influência inegável neste plano terreno, acredito que o Roberto Marinho não teria força para mandar aquela tromba d'agua, direto do inferno. A primeira opção é bem mais provável! Mas, se puxares pela memória, vais lembrar que levantei outra hipótese para a suposta "sabotagem" na tua banca (hehehe). Legal ler as tuas impressões sobre a semana mais conturbada do ano. Me lembrou muito a correria que eu estava no ano passado. A reta final é diferente. Parece uma ladeira. Só vai. Tudo de bom pra ti na tua caminhada. Forte Abraço.

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