quinta-feira, 17 de julho de 2014

[Por Trás do Gol] Sempre pode piorar

Li em algum lugar que a maior malvadeza do Ricardo Teixeira teria sido deixar o Marin no lugar dele e vermos que sempre pode piorar. Após uma semana e meia escrevendo, falando, lendo e ouvindo sobre o estágio preocupante do futebol brasileiro, finalmente os dirigentes da CBF resolveram marcar uma entrevista coletiva e após 15 minutos sem entender nada e mais 45 de enrolação, vemos que realmente sempre pode piorar.

Por falta de paciência apresento a seguir os tuítes ao longo da coletiva. Mas antes disso vale um novo comentário sobre o que eu denominei de "jornalismo #ousadia&alegria". Passamos este tempo todo vendo os colegas reclamarem da Seleção e dos dirigentes terem se escondido num momento de crise para na hora de ouvir as perguntas vermos que falta coragem a alguns.

Houve momentos de exceção, casos das perguntas sobre uma possível contradição no discurso de que a seleção principal não ouvia o coordenador das seleções de base. Quando também alguém perguntou sobre a avaliação do trabalho do "Felipe Scolari". E quando perguntaram quando Gilmar Rinaldi, o novo coordenador técnico, deixou de ser empresário, com uma das respostas mais interessantes: ontem à noite.

Entretanto, ouvir repórter dando boas vindas a Rinaldi, outro que é de rádio do Rio Grande do Sul e faz questão de frisar que o novo coordenador é "gaúcho de Erechim", o outro que está preocupado em que vai assumir a coordenação de comunicação - deixa o currículo logo! - e, vá lá que com um pouco de irritação, ver tantos boas sortes sem um sintoma de sarcasmo de "você vai precisar"...

O Gallo falou em mudar a Lei Pelé num artifício, pelo que consegui entender - tava difícil -, sobre os contratos com os jogadores poderem ser antecipados ou que algum vínculo permita que a Seleção tenha jogadores por mais tempo treinando. Nada sobre o problema de os empresários estarem de olho em futuros atletas antes mesmo de poderem assinar contrato com os clubes. Por quê? Logo em seguida é apresentado um coordenador geral que era empresário até ontem à noite e disse que o que mais incomodou foi a frase no boné antes do jogo contra a Alemanha...

Del Nero falou quase nada. A situação era tão visível que foi o Marin quem chamou-lhe a atenção. Vai ver que é porque, como vi num programa de debates (rasos) esta semana, o "presidente joga futebol toda semana no Morumbi, entende"...

Nós tivemos a pior entrevista coletiva para o futebol brasileiro após os piores resultados da história da seleção comanda por CBD e CBF e ninguém lá foi preparado para apertar em certos calos?










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