quarta-feira, 6 de junho de 2012

[En busca de El Dorado] La Argentina de Evita

As primeiras percepções da segunda viagem internacional deste escriba serão bem diferentes das que fiz para o Uruguai. O motivo principal é que desta vez, faço parte de um "comboio" do grupo de pesquisas que faço parte e em que tod@s terão que apresentar um trabalho no evento na Universidad Nacional de Quilmes. Quer dizer, o próprio evento é um encontro de investigadores dos dois grupos de pesquisa, da Unisinos e o daqui da Argentina.

Assim, o voo já foi com outras quatro pessoas e agora à noite já se somaram mais duas no hotel em que estamos. Diferente de Montevidéu que eu tive que me "virar" para chegar no hostel, procurar um lugar para comer, dar uma volta sozinho pelo centro da cidade; aqui, fizemos tudo isso juntos. 

Hoje, após uma breve reunião com o chefe, pudemos conhecer algumas livrarias - e como há livrarias em Buenos Aires! -, eu já pude ficar fascinado por lojas com camisas de clubes de futebol e da seleção argentina e comemos num restaurante chinês, que funciona com buffet livre, mesmo com um preço mais "salgado" do que o que convivemos no Brasil.

A comida era muito boa e em grande quantidade, mas o valor ($ 59 pesos = 29,50 reais) é acima dos nossos "melhores" buffets e rodízios. Absurdo ver o cara que "cuida" da churrascaria pedir uma "ajudinha" extra, de forma a nos dar os melhores pedaços e mais ainda foi saber que se você não quiser beber nada terá que pagar seis pesos (três reais)! Vá lá que foi um caso só, ainda.

Porém, a questão dos preços mais altos é bem comum por aqui. Das coisas mais simples às coisas maiores, o preço geralmente é o dobro do que vemos no Brasil e se há alguma diferença dessa "regra" é para mais. Assim, um creme de cabeço que custa R$ 4,00 custa por aqui R$ 11,50; ou um alfajor que no Uruguai poderia encontrar até por menos de R$ 1,00, aqui custa R$ 2,00 o mais barato.

Ah, falando em diferentes moedas, como não poderia deixar de ser, o câmbio também é diferente. Com um real você consegue comprar cerca de 2,03 pesos argentinos. Porém, há uma coisa que é igual a qualquer lugar - e mais uma vez fica a sugestão para quem vier para cá. Trocar no aeroporto é perder dinheiro. Tive que fazer isso porque segundo as informações que eu tinha, as casas de câmbio funcionam em horário comercial (10h às 15h), e eu chegaria no hotel em cima do horário. Resultado: o que eram para ser 2 pesos e três cêntimos viraram 1 peso e 73 cêntimos por real. Prejuízo. Descobri que a uma quadra do hotel há uma casa de câmbio que funciona até um pouco mais tarde, fechando às 17h30.

Ou seja, o melhor a fazer é trocar no Brasil a mínima quantidade necessária, para pegar ônibus/táxi, com referência legal e com um bom preço e aqui trocar a maior quantidade - o que irei fazer. Lembrando que no caso de aeroportos, o que nos desembarcamos, o Aeroparque, fica bem perto do Centro - ainda assim foi "caro" o táxi para o hotel. Se descer em Ezeiza a distância é muito maior e o valor é muito mais caro.

Para felicidade geral de quem gosta de protestos - mas não necessariamente de engarrafamentos -, fomos recebidos com um aqui. A Av. de Mayo, onde nós estamos, foi interditado por algum protesto de sindicato filiado a uma das muitas correntes peronistas - que se espalham em prédios e pichações Centro a dentro. É, não vemos isso no Brasil tão facilmente e, pelo menos no que percebi, com ninguém reclamando da manifestação...

Para finalizar, uma coisa bem curiosa. Entrei numa loja de material esportivo "oficial" só para dar uma olhada. Na frente haviam camisas da Argentina, dos clubes locais e alguns cachecóis, inclusive com times brasileiros - PALMEIRAS e São Paulo. No fundo, camisas da Argentina à venda. Para melhor visualização, estavam com as costas à mostra. O motivo: o número 10 e a escrita MESSI nela. Perguntamos ao vendedor quanto custava. A resposta: 420 com o Messi e 370 sem o Messi. Ou seja, Messi vale aqui 50 pesos argentinos!

*A foto que ilustrará os textos desta viagem à Argentina é a do prédio da central de rádios público-estatais daqui, que conformam cinco ou seis rádios, das generalistas às específicas para músicas, deportes,...

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