terça-feira, 20 de maio de 2014

[Copa] Jogos que eu vi - Final 1994

Dando uma passeada pelo Twitter, li um comentário de alguém que resolvera rever a final da Copa do Mundo de 1994 e, segundo a pessoa, o Brasil tetracampeão trazia em si elementos do que se venerou na "Era Guardiola" no Barcelona. Cheguei a ver mais alguns comentários no sentido de que o time de 1994 não era tão ruim quanto alguns gostam de dizer. Passou-se algum tempo e resolvi rever esta partida. Mas não só esta.

Aproveitando a proximidade da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014, tentarei rever as partidas eliminatórias com a presença do Brasil que eu cheguei a assistir. Entretanto, até como corte, escolhi os jogos que eu lembro de algum detalhe extracampo. Para iniciar, nada melhor do que a partida geradora disso tudo.

FICHA TÉCNICA
Data: 17 de julho de 1994

Brasil 0 x 0 Itália (nos Pênaltis: Brasil 3×2)

Local: Estádio Rose Bowl (Pasadena/Los Angeles-Estados Unidos)

Público: 94.394

Árbitro: Sándor Puhl (Hungria)

Brasil: Taffarel, Jorginho (Cafu), Aldair, Márcio Santos e Branco; Mauro Silva, Dunga, Mazinho e Zinho (Viola); Bebeto e Romário. Técnico: Carlos Alberto Parreira

Itália: Pagliuca, Mussi (Apolonni), Baresi, Maldini e Benarrivo; Dino Baggio (Evans), Donadoni, Berti e Albertini; Roberto Baggio e Massaro. Técnico: Arrigo Sacchi.

Na Decisão por Pênaltis, para o Brasil bateram: Márcio Santos (que perdeu), Romário, Branco e Dunga - Bebeto não precisou fazer a sua cobrança. Para a Itália bateram: Franco Baresi (que perdeu), Demetrio Albertini, Alberigo Evani, Daniele Massaro (Taffarel defendeu), e Roberto Baggio (que chutou para fora).


A COPA QUE (QUASE) TODOS LEMBRAM
Nunca entendi por que tanta vontade em desqualificar o título de 1994. Tudo bem que o tempo, inclusive por conta do título italiano também nos pênaltis em 2006, tenha diminuído certo tratamento pejorativo para a Seleção tetracampeã, mas quem acompanhou a Copa dos Estados Unidos seria incapaz de informar que houve uma emoção maior que aquela nas seguintes.

Eu tinha seis anos e até hoje a emoção aflora ao ver o pênalti de Baggio por cima do travessão. Para a minha geração era a primeira Copa, logo o primeiro título. O início de uma trajetória áurea, com 3 finais seguidas e dois títulos mundiais. Algo que nem o pessoal das décadas de 1950 a 1970 viram, ainda que tenham tido o privilégio de ver timaços e três títulos em quatro Copas.

Imagina para quem nasceu ou começou a entender futebol pós-1970? 24 anos sem sequer participar de uma final. O futebol nacional aos frangalhos, com muitos craques saindo do país para jogar fora, a primeira derrota nas Eliminatórias, o sufoco para passar dessas,... Não à toa a Fórmula 1 virou o esporte nº 1 do brasileiro, deste ser que só gosta mesmo do futebol, o outro esporte sempre será o que tiver um brasileiro vencendo. E era o caso do automobilismo, cujo ápice veio com Ayrton Senna. Coincidência do destino, no ano de sua morte (sua morte dentro das pistas que o tornou mito), veio o título em campo, demarcando o fim de duas trajetórias nas mentes e corações brasileiros. O futebol estava de voltava, por mais que não tenha saído tanto assim.

E veio com muita emoção, especialmente na final, em que cada minuto a mais representava o seguimento do jejum que parecia nunca acabar. A campanha com vitórias difíceis sobre Estados Unidos, no 4 de julho que eles tanto idolatram e com uma expulsão banal de Leonardo; o que parecia fácil contra a Holanda, virou difícil em poucos minutos, mas a "bomba salvadora" de Branco, numa falta cavada por ele, não alcançou Romário, mas sim o gol de Van der Sar; o gol de cabeça do baixinho Romário em meio aos gigantes suecos nas semifinais. E a final, a terceira a ir para a prorrogação, a primeira a não ter gols e ser decidida nos pênaltis.

Como microcosmo social, a crise também era político-econômica. Crises e mais crises, planos e mais planos e a inflação seguia subindo. 1994 também é o ano do início do Plano Real. Lembro bem que na loja em que meu pai trabalhava todo dia tinha cartaz com o valor da URV (Unidade Real de Valor), que antecipou a chegada do plano que elegeria o presidente seguinte, ainda que ele não tenha sido o único responsável por isso. Além do impeachment do primeiro presidente eleito por voto direto, dois anos antes. No que se apegar?

GLOBO E VOCÊ, TUDO A VER
Resolvi assistir à transmissão da Rede Globo, que ficaria famosa nos anos seguintes com a imagem do trio Galvão, Arnaldo e Pelé pulando sob vistas da transmissão internacional e os berros histriônicos de "É Tetraaaaaa! É tetraaaaaa!", que o narrador mais comentado do país se envergonha, mas que o tornou inesquecível - ainda mais após o acidente com Osmar Santos, também em 1994.

Muita diferença para hoje. Primeiro que o link que eu encontrei é de um vídeo que o cara gravou em fita VHS porque tinha acabado de comprar o aparelho. Ao longo do jogo a imagem e o áudio vão se dessincronizando. Mas até que a imagem é de qualidade razoável, talvez por conta de a fita ter sido utilizada só para essa gravação e o aparelho ser novo.

O Estádio Rose Bowl estava lotado de gente, quase cem mil pessoas ardendo ao sol de meio-dia em Los Angeles num espaço sem cobertura alguma porque os horários da Copa deveriam atender ao público europeu - dos que reclamaram, destaque para Diego Armando Maradona, que não chegou longe naquele mundial. Galvão chegou a reclamar no início da transmissão que não conseguia ver o monitor por conta do reflexo do sol! Imagina começar uma partida às 12h15, ter 120 minutos de jogo mais pênaltis? Além de ser uma partida importantíssima e após o desgaste físico da competição?

O ritual da FIFA já aparecia, só que com algumas diferenças. Times entrando no canto de escanteio, não no meio, sem sincronia entre jogadores brasileiros, de mãos dados, e italianos, com alguns destes ficando para trás. Além de os reservas e a comissão técnica entrarem atrás destes, e não antes da cerimônia começar. Ao menos o tema é o mesmo.

Na boa, se você achar o Galvão Bueno chato nos dias de hoje, aconselho rever aquela partida. Citei a geração que não tinha visto título. Para o referido narrador era pior. A primeira Copa do Mundo por ele transmitida fora de 1974! De lá para ali, nada de título.

Sobre a situação do país, no início ele afirma que o futebol não resolverá todos os problemas dos brasileiros, mas que poderia nos dar uma alegria. Depois, durante a partida, em estado de êxtase, diz não acreditar que chegara aquele momento: "Confesso que não acredito. Esperei tantos anos e aí está o Brasil numa final de Copa do Mundo".


Ele se emocionaria ainda mais com o título, como reflete a sua narração, a ponto de abraçar Pelé - brincadeira por conta disto aqui. Quando os jogadores aparecem com a faixa em homenagem a Senna, Galvão diz que era demais para ele. Logo em seguida, volta a admitir o fim de um peso pessoal: "Trabalha-se toda uma vida por um momento como esse". Servia para os jogadores, servia para ele.

Globo, SBT (Luiz Alfredo) e Bandeirantes (Luciano do Valle) transmitiram aquele mundial. Na equipe da Globo, Arnaldo César Coelho e Pelé eram os principais comentaristas. Tino Marcos fazia a reportagem, mas não apareceu em qualquer momento durante o jogo. Só depois de encerrado, quando os brasileiros davam a volta olímpica, ele passou pelos seguranças estadunidenses e entrevistou os campeões mundiais, o que não deveria ser possível. Algo muito elogiável.

Voltando ao Real, que entraria em vigor, em 30 de julho, tinha vinhetas quase que escondidas na narração ao longo da partida. Soavam na voz de Galvão bem menos propagandísticas que o "94, Copa do Mundo, a Globo é mais Brasil. Globo e você, tudo a ver" - esta segunda parte que se tornaria um dos principais slogans da história da emissora. Das que eu anotei:

- "No tempo do Real, compre só o necessário. Os preços vão baixar".

- "Com o Real no bolso, você vai virar o jogo contra os preços baixos".

- "Valorize o seu Real. Procure os preços mais baixos".

- "O Real vale muito. Use o seu poder na hora da compra".

Outros detalhes do jogo. Época de camisas chamativas, como a dos símbolos da CBF no fundo e as camisas com cores berrantes nos árbitros. Além de os números terem ido para a parte da frente e nome dos jogadores serem em letras garrafais atrás. Foi a primeira Copa em que a vitória valia três pontos e sem o goleiro poder pegar bola recuada com as mãos. Facilidade para a transmissão e mais chance de gols. Outra novidade foi o carrinho-maca, que depois sumiria dos estádios de Copa do Mundo para não estragar o gramado.

Outras coisas que desapareceriam eram os brincos, anéis e correntes nos jogadores. Até 1994 não havia problema algum dos atletas utilizarem qualquer adereço para além do obrigatório.

Feitos os prolegômenos, vamos ao jogo!


E A QUALIDADE?
Como seria regra da FIFA até a Copa de 2002, a seleção da Copa do Mundo era feita antes da final (!!!). O Brasil tinha quatro jogadores nela: o lateral-direito Jorginho, o zagueiro Márcio Santos, o volante Dunga e o atacante Romário. A Itália contava com dois representantes: o zagueiro/lateral Maldini e o atacante Roberto Baggio. Destaque para as presenças do romeno Hagi e do búlgaro Stoichkov, que ficaram na minha memória como gigantes daquele Mundial.

Romário, então no Barcelona, e Baggio, então na Juventus, também disputavam o título de melhor jogador daquela Copa e de melhor jogador do mundo. Baggio sentira um desconforto na coxa direita, jogando com uma coxeira azul e botando a mão em alguns momentos da final. Romário pareceu sentir um desconforto, talvez na virilha, ainda no primeiro tempo, mas seguiu até o final. Ambos bateriam os pênaltis.

O Brasil jogou melhor os 90 minutos, mas ambos os times tiveram chances de marcar, com direito ao chute de Mazinho que Pagliuca quase engoliu e depois deixou um beijo na trave no segundo tempo, lance mais que repetido ao longo desses 20 anos.

O time brasileiro (vide figura acima retirada do site Papo de Homem) teve que aguentar o cortes de Ricardo Gomes, que seria titular, e com a lesão de Ricardo Gomes contra a Rússia. Os dois titulares da zaga. Aldair e Márcio Santos tomaram conta das posições. No meio, Raí começou como capitão e titular, fez gol, mas perdeu espaço para Mazinho. E na lateral-esquerda, Branco, ameaçado de corte, substituiu Leonardo após a expulsão deste contra os Estados Unidos.

Todos os jogadores de linha, até porque Taffarel não sabia sair jogando, tinham bom toque de bola. A enceradeira Zinho e Mazinho tinham a função de armar as jogadas e aparecer como homens-supresa. O primeiro chegou a chutar para boa defesa de Pagliuca no segundo tempo e Mazinho arriscava de fora da área. Mas ambos foram bem marcados, especialmente no segundo tempo.

A lateral-direita também era uma boa opção. Pena que Jorginho saíra no início do jogo, pois, nunca tinha reparado, apoiava bem o ataque e deu trabalho. Cafu entrou no lugar dele, mas não cruzava tão bem, além de ser muito afoito, arriscando de tudo quanto é jeito para o gol. De qualquer forma, Arrigo Sachi, treinador italiano, percebeu isso e colocou um zagueiro ainda no primeiro tempo, passando Maldini para a lateral. O (futuro) mito da zaga milanista sabia atacar e marcar muito bem, ainda que ficando mais tempo recuado.

Uma das melhores duplas de ataque do Brasil, Romário e Bebeto se conheciam bem dentro de campo, mas a Itália conseguiu neutralizar muitas jogadas entre os dois. Curiosidade para mim foi ver que Romário era quem vinha buscar a bola, enquanto Bebeto ficava mais para a ponta, ainda que auxiliando Cafu quando os italianos começaram a cansar.

Fiquei impressionado com o quanto Dunga jogou nesta partida. Ele e Mauro Silva eram precisos nos desarmes, mas o capitão da Seleção distribuiu passes de três dedos e lançamentos longos primorosos ao longo do jogo. Mauro funcionava como um líbero, que Felipão tanto gosta de fazer na Seleção e que foi tão contestado na Copa anterior, porém apenas quando o time era atacado ou quando era necessário facilitar a saída de bola (ver quadro com distribuição tática acima), até mesmo porque não dava para contar com Taffarel para isso - na única bola recuada, ele se atrapalhou com Baggio.

A Itália aproveitava os contra-ataques e em alguns deles, para desespero e críticas de Galvão, chegou perto do gol. Donadoni dava trabalho e Baggio tinha muita habilidade, mesmo que sem estar 100%. Falando nisso, incrível a partida de Baresi, o primeiro jogador a passar por uma cirurgia durante uma Copa, uma artroscopia no joelho, e voltar a atuar. Final de Copa vale tudo!

Mas no final, 0 a 0 e mais 30 minutos de prorrogação. Segundo o Galvão, aquele seria a terceira Copa (!) após o final da regra que dizia que após a prorrogação, marcaria-se um jogo 48 horas depois da partida.

PRORROGAÇÃO
Excelente trabalho do Moraci Sant'anna. A prorrogação mostrou uma superioridade ainda maior do Brasil sobre a Itália. Muito por conta do preparo físico. O time pressionava, não dava chances lá atrás e criava, rodando a bola, tocando até achar um espaço. Ainda que, como citei no caso de Dunga, aquele Brasil arrisca-se mais de fora da área e tentasse mais passes longos que o Barcelona de anos mais próximos.

De fato, a premissa de Parreira era que o time com maior posse de bola poderia ter mais chances de marcar e, especialmente, tiraria as chances de gol dos adversários. Como na época o cálculo anunciado era sobre a bola rolando, o Brasil chegou a ter o dobro de minutos com a posse dela em relação aos rivais.

O lance que abre este tópico é o que eu acredito ter sido a principal chance de gol brasileira. Cruzamento de Cafu, a bola passa por todo mundo da Itália e Bebeto aparece sozinho, a poucos metros do gol. A bola bate na coxa dele, cruza a área. Bastava um toque de canela e ela teria entrado. Romário corre atrás, mas só divide com Pagliuca.

Mas o Baixinho teria a chance dele no segundo tempo. Cruzamento da direita e ele chega com o corpo caído a poucos metros do gol. Daqueles que ele não perdia. Chutou um pouco alto, já que havia um italiano cruzando a frente da meta. O "Vai Romáááááriooooo" de Galvão já esperando para gritar gol, Pelé já de pé para pular e a bola vai para fora, para mais reclamações do narrador global.

"Romário está cansado", dizia Galvão. No primeiro tempo da prorrogação, Pelé chegou a prever a entrada de Ronaldo. "Já pensou, ele entra com 17 anos e marca o gol do título, seria que nem o Pelé", disse mais ou menos isso. Não, o jovem Ronaldo não entrou. Pela milésima vez a Globo soltava a vinheta "Brasiiiiiiiilllllll". Quem estava no comando técnico também estava agoniado. É muito estranho ouvir isso sem o gol ocorrer, imagina em lances que a bola saía por muito...

Quem entrou no intervalo foi Viola, no lugar de Zinho, para infernizar a zaga italiana. Galvão o pedira em todas as outras partidas, chegara a hora (Ufa!).

Eu era muito fã do Romário, por mais que fosse palmeirense para lá de fanático. De camisa com o número 11 nas costas, assistia à partida com os meus pais, a minha irmã e um vizinho - época que TV colorida ainda não era presente em todas as casas. [Falando em TV, fui mudar de canal antes de ligá-la, duas semanas antes do mundial começar, e nada de imagem aparecer. Soltei um triste "mas ao menos o som tá funcionando...". Ainda bem que deu tempo de consertar.] Na primeira ameaça de Romário machucado, ainda no primeiro tempo, eu murchei. Viola aquecendo e o vizinho começou a encher o saco, dizendo que o Romário ia sair. Eu não estava nem aí que era jogador do arquirrival, talvez nem sabia/lembrava da imitação do porco na final do Paulista. Eu era fã do Romário! Esperneei, chorei. Ia ser outro. E foi!

Viola tentou, abriu mais espaço, mas foi fominha em alguns momentos (veja a foto acima). Fez o que tinha que fazer, mas não conseguiu marcar o gol do título. 0 a 0 no Rose Bowl, pela primeira vez uma Copa do Mundo ia ser decidida nos pênaltis.

É TETRAAAAAAA!
Mãos dadas, de costas para a televisão e várias outras situações foram narradas por famosos e "anônimos" após aqueles minutos. Numa época em que adiantar era possível, Galvão Bueno reclamou nos gols italianos que Taffarel deveria ficar parado. Para piorar, um pênalti foi no meio. Mas o goleiro brasileiro defenderia uma, de Massaro, e se não fosse Baggio mandar para fora, poderia ser mais considerado como herói daquele decisão - como seria na Copa seguinte, na semifinal contra a Holanda.

Imagino a mudança de humores e expectativas. Baresi vai para a cobrança e manda para fora - isso eu não lembrava. No lance seguinte, Pagliuca defende a cobrança de Márcio Santos. Zagueiro para a primeira cobrança e não o jogador que melhor bate, "para dar tranquilidade", reclamaria o narrador global.

Depois, acertos para os dois lados, mas no nosso caso, teve Romário vendo a bola bater na trave e entrar, para desespero de Pagliuca e dos italianos naquele momento e grande alívio por aqui. Taffarel pega uma e caberia, em tese, a Bebeto marcar o gol do título. Para nossa felicidade, e imagino que tranquilidade de Bebeto, Baggio mandou para fora e nos poupou de mais um minuto de sofrimento e do tabu. Brasil, tetracampeão do mundo!

Na entrega da premiação, uma turma da pesada. O vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, ladeado pelo presidente da FIFA João Havelange; do COI, Juan Antonio Samaranch; da Conmebol, Nicolás Leóz; o FBI de olho, e o agoniado secretário-geral da FIFA Joseph Blatter querendo entregar a taça ao Dunga.

Das frases marcantes. A de Dunga é emblemática, por mais que alguns tenham considerado que era rancorosa demais para aquele momento. Ao contrário de Cafu, que declarou amor à esposa, ele optou por dedicar o título aos colegas jornalistas esportivos: "Essa taça é para vocês, bando de traíras!". E isso ao som de "Aquarela do Brasil"! É, "abre a cortina do passado"...

Algo também legal foi ver Parreira, técnico da Seleção, descer com a taça e pedir para todo mundo tocar: "Pode tocar que é nossa, é brasileira".

O Brasil chegava a seu quarto título mundial, todos fora do país, e voltava a liderar a tabela dos campeões do mundo. Além disso, iniciava ali sua segunda era áurea em Copas do Mundo. 1998 era a próxima parada e será a nossa. Prometemos que os próximos não serão tão longos quanto este, mas o 600º post deste blog merece.

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