sábado, 19 de janeiro de 2019

2019.5 Fechado por motivo de futebol

Como disse na leitura passada, precisei ir à livraria para comprar livros novos de ficção, ainda de férias dos estudos. Passando pela "literatura internacional", vi "Futebol ao sol e à sombra" e já fui procurar o "Fechado por motivo de futebol", que um amigo de Baião de Dois tinha comprado meses atrás. 

Já li o livro de contos clássico sobre futebol de Galeano, mas só o título desta edição já me chama a atenção, porque poderia ser muito bem o lema da minha vida e colocar uma placa com isso na porta, como o autor uruguaio fazia em épocas de Copa do Mundo. 

Como a ideia aqui não é descrever, então destaco especialmente a última parte, "Futebol, a única religião sem ateus", com entrevistas, prólogos e textos quando ganhou prêmios. Enquanto pesquisador de esquerda sobre o futebol, marca bastante a relação que ele faz das críticas à direita e à esquerda em relação a este esporte. Galeano diz que à direita porque os trabalhadores pensam com os pés; e à esquerda porque o futebol faria com que os trabalhadores não pensassem.

Seguem alguns trechos que posso usar como epígrafes em trabalhos futuros:

"Por que o futebol é o espelho do mundo e em meus livros eu me ocupo da realidade. [...] E o futebol é uma parte fundamental da realidade, sempre achei muito indignante que a história oficial ignorasse essa parte da memória coletiva que é o futebol como em países como os nossos" (191). 

"A opulência e a pobreza, o norte e o sul, jamais se enfrentam em igualdade de condições, nem no futebol nem nada, por mais democrático que o mundo diga que é" (213-214). 

GALEANO, Eduardo. Fechado por motivo de futebol. Porto Alegre: L&PM Editores, 2018.

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