segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Evento nacional em Alagoas e diretoria de associação

Ainda que tenha recebido o convite para a direção da ULEPICC-Brasil em agosto e já tivéssemos tomado a decisão de trazer o encontro nacional da entidade desde o primeiro semestre, só em outubro é que contei para algumas pessoas que essas coisas viriam. Em meio a um mês de esgotamento, muitos questionamentos sobre o porquê de pegar mais uma coisa para fazer.

Este texto serve para explicar melhor a quem achou estranho e, especialmente, dizer o que representa isso para mim, algo que já ia fazer mesmo sem tantos contratempos como os destes meses de segundo semestre.

O convite para realizar a ULEPICC-Brasil veio ainda em 2014, mas não dava para pensar em realizar nada dois anos depois, já que acabara de entrar como professor da UFAL. Comentei que provavelmente em 2018 fosse possível e passei a contar com isso, já que imaginava que era interessante, ainda que dê trabalho. Assim, com a volta do nosso grupo/núcleo de estudos do final de 2014 para cá, e com o apoio do grupo de pesquisa com sede em Sergipe, iniciamos as preparações, tendo em vista o anúncio no evento deste ano em Brasília.

O nosso grupo/núcleo atua desde 2007, com algumas paradas nesse período por não estarmos oficialmente vinculados a universidades e termos outras atividades e problemas individuais a resolver. Na atual volta, somos cinco, mas com uma relação direta e de mais diálogo dentro de outro grupo de pesquisa, de outra universidade, e com possibilidade de, em breve, formar nosso próprio grupo. Além disso, somos dois professores da UFAL, eu efetivo e um amigo, por enquanto, substituto.

Realizar o Encontro Nacional da ULEPICC-Brasil em 2018 aqui em Alagoas é resultado desse trajeto coletivo, entre pessoas que não puderam seguir conosco por diversos motivos, entre outras que precisam se ausentar por um tempo e voltam depois, e os que seguem. Trajeto este, vale a pena destacar, na maior parte dos momentos sendo feito encarando as coisas, correndo atrás de contatos, projetos e pesquisas, enviando e-mails, conversando em eventos. Se pudemos encarar a responsabilidade de organizar o evento da área (Economia Política da Comunicação) no Brasil foi por vontade deste pequeno, mas trabalhador e persistente coletivo, cujo apoio até aqui veio mais de fora do que de perto.

Da segunda parte nesses dias em Brasília, o convite/informação para estar na chapa como secretário veio em agosto e a primeira coisa que eu disse foi "lá vem mais trabalho", que saiu automaticamente. Apesar da quantidade de coisas já feitas, jamais poderia negar tal oportunidade. Primeiro que não esperava tão cedo que participar da gestão da ULEPICC-Brasil - por menor que seja, por se tratar de uma área crítica da Comunicação. Sou mestre e novo, ainda que esteja quase que o tempo todo na área desde 2008, participando da maior parte dos eventos e ajudando na divulgação desta temática. Participar enquanto diretor da entidade é seguir essa trajetória, com o apoio dxs demais, também comprometidos com esse trabalho.

Sinto-me orgulhoso por poder participar disso nos próximos dois anos, ainda que venha mais trabalho - que juro pretender equalizar melhor para não ter maiores problemas. Resultado da minha trajetória individual nestes 8 anos, focado em trabalhar em pesquisa e ajudar a crescer a EPC por ter sido mais que uma escolha epistemológica, algo que me veio também por me sentir bem política-ideologicamente falando. Vendo da minha perspectiva, algo conquistado da melhor forma possível, para mim e para outras pessoas, sem certos vícios acadêmicos. Além de ser também reflexo da trajetória do "grupo de Alagoas", como tantas vezes escutei de 2011 para cá.

Por fim, pesquisa é a parte que mais gosto dos quatro pés da vida acadêmica. Este ano, na verdade, fiquei mais preocupado por, "naturalmente", viver um ano sabático, em termos de estudos mais aprofundados, dada a sobrevivência (inexplicável) ao contexto do ano passado. Trabalhar com o que se gosta e com quem se pode dialogar com maior facilidade ajudará ainda mais, especialmente quando se compara a outras realidades minhas, em que esses elementos não são tão fáceis assim. Respirar fundo, já que essas outras coisas seguem paralelamente, e fazer tudo da melhor forma possível para os espaços que ocupo e para mim mesmo, principalmente.

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