segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

2025.10 "Não é só sorte"/ 2025.11 Mais baseados que fatos reais/ 2025.12 Mad Marx - Fordlândia/ 2025.13 Quincas Borba

[Ainda que o meu segundo semestre sempre seja muito corrido e, nos últimos anos, eu só consiga voltar a ler a partir do período sem aulas na Ufal, posso ter esquecido de colocar um livro ou outro, especialmente de junho para julho...]

"Não é só sorte" chegou ao meu conhecimento a partir da apresentação de livros de um evento acadêmico em São Paulo. Eu conhecia a história da geração dourada do basquete de mulheres brasileiro, com título mundial em 1994 e prata olímpica em 1996, mas sabia também que seu técnico, Miguel Ângelo da Luz, era bem menos conhecidos que as craques daquele time.

Nesta biografia assinada por Luciano Maluly e Marcelo Cardoso, conhecemos a histórica do treinador até o ápice da carreira e como, ao longo do tempo, seu trabalho foi perdendo valor - num período que o próprio basquete brasileiro foi decaindo.

Referência

MALULY, L.; CARDOSO, M. "Não é só sorte": Miguel Angelo da Luz e o melhor basquete fiminino do mundo. São Paulo: Com-Arte, 2024.
 

Conheço Gil Luiz Mendes pelo trabalho jornalístico, com contato direto por anos por causa do podcast Baião de Dois. "Mais baseados que fatos reais" chega na categoria romance a partir da presença da maconha na vida de um jornalista frustrado - algo tão comum -, em meio às desavenças com a mãe da filha e a relação particular com dois amigos e a política paulistana.

Obra bem interessante pelos caminhos que somos levados, com um final bem construído, ainda que dentro das quase obviedades imaginadas das relações pessoais e de poder da elite política-judicial-policial do país.

Referência

MENDES, G. L.  Mais baseados que fatos reais. São Paulo: Ed. do Autor, 2025.

Continuidade da história da "ressurreição" de Marx e Engels num futuro apocalíptico controlado por Elon Musk e em que o que sobrou de Trump ajuda em algo. "Fordlândia" apresenta novos cenários, lutas e disputas contra um mundo comandado por robôs, mas com resistência.

Referência 

ESQUITINI, A.; GAITA, J. da; ROCHA, J. Mad Marx: Fordlândia. Paulínia: Mistifório, 2025. 

Decidi que estas férias seriam dedicadas a uma imersão no Machado de Assis, um dos principais autores da língua portuguesa de todos os tempos. Para iniciar, "Quincas Borba", obra já da sua fase do Realismo, posterior a "Memórias Póstumas de Brás Cubas", começando, inclusive, com referência direta a este, pois quem dá nome ao livro também participa daquele.

Aí está a primeira curiosidade, não é ele o protagonista, talvez ter dado o mesmo nome ao cachorro que fica de sua herança seja quadjuvante, ou até mesmo como enriquecer acaba gerando tantos problemas que Quincas e Rubião, que recebem a sua herança, terminam de forma parecida.

Rubião recebe toda a herança do amigo, incluindo o cachorro Quincas Borba e, em meio ao desejo de ser rico na Corte, Rio de Janeiro, acaba se apaixonando e se perdendo ao longo do tempo. Aqui, a traição, marca machadiana, até aparece, mas sem dúvidas geradas em quer lê o livro - algumas que ficam em alguns personagens, entretanto.

Referência
ASSIS, M. de. Quincas Borba. Jandira: Principis, 2019. 

 


 

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