terça-feira, 25 de junho de 2019

2019.8 Meus desacontecimentos

Sou fã da Eliane Brum desde o dia em que pude acompanhar uma entrevista em que um grupo de pesquisa da Unisinos fez com ela, ainda em 2012. Meses depois, um texto dela na revista Época sobre a situação dos índios Guarani-Kaiowás viralizou. Acompanhava uma coluna ou outra na revista e venho lendo mais coisas desde que ela foi contratada pelo El País Brasil.

Das coisas que eu gostei naquele momento em São Leopoldo e segui acompanhando é a busca pela autonomia no trabalho jornalístico, de buscar ouvir e contar a história das pessoas, independente da pauta que foi passada ou do tamanho do que será contado.

Meus Desacontecimentos é um relato pessoal sobre como a relação com as palavras fez com que Eliane Brum suportasse o cotidiano, sendo uma criança que conviveu com a memória de saudade da mãe por uma irmã mais velha que morreu ainda bebê. A partir do que ela conta no livro temos muitas explicações dos caminhos que conseguimos enxergar nos seus textos. 

Se você é ou quer ser jornalista e não conhece as colunas de Elaine Brum, maratone: https://brasil.elpais.com/autor/eliane_brum

Também para quem não é jornalista, há o livro de ficção dela, que li algum tempo atrás, que é o "Uma, duas", um relato muito vivo da relação entre mãe e filha. Forte, mas necessário.

BRUM, Eliane. Meus desacontecimentos. São Paulo: Leya, 2014.

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