12 corridas sem vencer. 4 provas classificando atrás do companheiro de equipe, perdendo para este no campeonato de pilotos em 2013. Além de vir de um GP em que abandonou ainda na 2ª volta. Se Fernando Alonso tinha motivos para se preocupar com o início desta temporada, respondeu na pista chinesa o porquê de ser considerado o melhor piloto contemporâneo apesar de ter ganhado seu último título em 2006.
Já vimos várias vitórias de ponta-a-ponta na Fórmula 1, quando um piloto tem um carro tão melhor que os demais que mesmo após as paradas nos boxes segue em 1º. Com a vinda da Pirelli como fornecedora de pneus do circo, vitórias assim diminuíram bastante. Em 2013 então, com muita diferença de rendimento e de desgastes dos tipos de pneus fornecidos, fica ainda mais difícil.
As provas anteriores mostraram o quanto uma boa estratégia, levando em consideração os tipos de pneus a serem utilizados, é determinante para o atual estágio da categoria. Não foi no final de semana passado.
Com o carro mais veloz dos treinos, Hamilton conseguiu sua primeira poleposition guiando uma Mercedes. Raikkonen surpreendeu ao conseguir o 2º lugar, com Alonso ficando em 3º, Rosberg em 4º e Felipe Massa, com muita dificuldade no último trecho da volta, largando apenas no 5º lugar. A RBR deva indícios de um final de semana ruim, com Vettel largando apenas em 9º e Webber tendo que esperar todos passarem, largando nos boxes, por conta de uma punição.
Na largada, Raikkonen demorou para sair e estragou um melhor resultado na corrida. Enquanto isso, Alonso e Massa pularam para a 2ª e para a 3ª posições, respectivamente. Na abertura da 3ª volta, os dois pilotos da Ferrari passaram Hamilton na reta de chegada e encaminhavam uma dobradinha da equipe italiana. Se não fossem as paradas.
Se Alonso seguiu muito bem com os pneus mais duros, Massa teve problemas com eles desde que os calçou pela primeira vez. Segundo o piloto brasileiro, o pneu dianteiro tinha o “macarrãozinho” dos primeiros desgastes demorando muito para sair, o que só ocorria nas últimas voltas com o jogo de pneus, o que fez com que ele andasse mais lento que os rivais.
Mesmo contra pilotos com estratégia de paradas diferente, Alonso não só acompanhou o ritmo de seus adversários, como teve facilidade para ultrapassá-los e colocar diferença sobre eles antes de pararem. Uma primeira posição comprovada na pista, no braço. Num grande ritmo de prova, em determinado momento com sequência de melhores voltas, a equipe chegou a pedir para que ele maneirasse e teve como resposta que não estava dando o máximo do carro!
Atrás dele, algumas brigas ocorreram. Raikkonen voltou ao segundo lugar, enquanto Vettel, com pneus macios nas voltas finais do GP da China, deu um grande sufoco em Hamilton, que conseguiu chegar em 2º lugar por 2 décimos de segundo! Button conseguiu uma boa 5ª colocação, mostrando certa evolução com esta McLaren mal nascida. Massa só conseguiu a 6ª posição, frustrando muitos, que esperavam uma melhor prova do brasileiro – Galvão Bueno que o diga, ao falar tantas vezes ao longo da prova que “Alonso dá ao máximo por toda a corrida”.
Ainda assim, Massa segue na 5ª colocação no campeonato de pilotos, com 30 pontos marcados, muito melhor que ano passado, quando conseguiu 19 em 8 corridas. Vettel segue na liderança, com 52 pontos; com Raikkonen em 2º, com 46; e Alonso em 3º, com 43 pontos.
Se a Ferrari vem bem em 2013, a 3 pontos na classificação de construtores para a líder RBR, a prova deste final de semana promete ainda mais. No Bahrein, Felipe Massa (2) e Fernando Alonso (3) venceram 5 das 8 provas realizadas no país até aqui. O circo vai para a terra em que a Primavera Árabe não conseguiu nenhum resultado prático tanto para mudar o controle político do país, quanto para que a Fórmula 1 não desgastasse a sua imagem ao ter de agradas sheiks.
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