quinta-feira, 23 de abril de 2015

Dans la cour

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Un rocker qui avait besoin de tranquillité. "Un travail à nettoyer, à dormir et sans penser", comme il dit. Seulement. Antoine n'ai voulu pas plus. De le rocker à le gardien. De las petites fissures de sa vie a des grandes fêlures des personnes fous à Paris. Antoine a aidé a tout gens - il y a aussi un chien - dans le filme "Dans la cour".

Un jeune homme qui vit pour volé des velos et être utilisateur de drogue après sa blessure au genou en jouant au football pour Milan alors qu'il entrait dans l'âge adulte. Une personne avec beaucoup de sommeil et aucune perspective d'avenir. Il a aidé Antoine pour échapper à des problèmes - même avec la création de certains à le gardien.

Une femme pour les fissures de se inquiéter. L'aide avec des lectures plates à une personne aveugle qui n'aime pas la lecture et pas sa nourriture. Les discussions et les bizarreries découlant de troubles mentaux à la recherche de problèmes dans la vie quotidienne. Courage pour parler trucs bizaerres et, peu de temps après, la honte, le silence.

Un vigile sans maison, mais avec un chien et adepte d'une secte; un voisin tard dans la nuit attente d'une réponse de chiens;... Un condo avec des fous. La tranquillité d'Antoine se arrête à différents moments. Moins de la vie précédente - son ex-femme semble essayer de le faire revenir à la vie et il abandonne - et plus pour penser comme d'autres peuvent être aidés sans nuire à votre travail à nettoyer, le sommeil (quand il peut) et il n'a pas arrête de penser. Impossible!

Pas de fin heureuse, comme dans beaucoup de films français, nous pouvons voir, le script ne marche pas. "Les gens ne changent pas", comme le ferait le protagoniste d'une famouse série médicale. Antoine décide de donner le moyen d'avoir sa tranquilité, même si cela paraît mauvais. Ce est à la recherche d'autres pour d'autres places pour dormir, d'autres se plaindre de quelque chose et d'autres compagnons de l'usage de drogues.

terça-feira, 21 de abril de 2015

O Homem que virou suco

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Numa experiência nova nesta recente carreira acadêmica, estou numa disciplina com 40h presenciais e 20h para outras atividades. Como são 1h40 semanais - ao contrários das 5h da outra disciplina -, e a disciplina é mais voltada para análise teórica, ao menos para início, os audiovisuais ficam como "dever de casa".

Dentre as opções do primeiro trecho dela, utilizo como base o livro "Economia Política: uma introdução crítica" (PAULO NETTO; BRAZ, 2007) - que apresentei rápidos comentários sobre neste blog. Além de ser pontual e creio que mais didático para a agilidade necessária frente aos objetivos que propus para a disciplina, ele tem a vantagem de sugerir uma série de livros e audiovisuais que de alguma forma tocam no que foi debatido no capítulo.

"A acumulação capitalista e o movimento do capital" explica, a partir das bases marxistas, a reprodução ampliada, o movimento do capital, as tendências de concentração e centralização por conta da necessidade de acumulação de capital - o que mais me interessava no capítulo -, a acumulação capitalista e os trabalhadores e frente à "questão social". Tem explicitações sobre o processo de rotação do capital e explicita, novamente, como a exploração da mão de obra é necessária para se produzir valor (mair-valor/mais-valia), além de explicar o porquê da massa de desempregados e da existência da pauperização sob o capitalismo.

Dentre os filmes sugeridos está "O homem que virou suco", dirigido por João Batista de Andrade, exibido em 1980 e restaurado para exibição em 2010. Segundo o diretor, o filme foi pensado na década anterior, em meio aos piores momentos da ditadura militar no Brasil, gerando um cordel que serviria como roteiro do longa que foi retomado e produzido em 1979, ano da explosão das greves especialmente no ABC Paulista. De visão pessimista e apocalíptica, transformou-se num final mais suave.

Apropriação da força de trabalho
Das definições clássicas marxistas, o modo de produção ocorre com a aplicação do dinheiro do burguês para adquirir meios de produção (máquinas, alugueis, etc.) e a força de trabalho para produzir uma mercadoria que, gerando a necessidade humana, ocorrerá enquanto tal durante a circulação, refletindo as relações sociais de produção que a formam porque seu valor é definido pela expropriação do trabalho humano - não sendo definido apenas enquanto lucro, pois a importância é a mais-valia, única coisa que geraria valor neste processo.

Da tradicional fórmula D-M-D' já estaria engendrada a reprodução, pois o capital precisa seguir circulando, com a aplicação da mais-valia em capital variável e fixo, numa proporção maior do primeiro, pois quanto melhores as máquinas, aumenta-se a mais-valia relativa. Quer dizer, com a melhoria da estrutura de produção, um trabalhador gastará menos tempo para produzir um produto, produzindo mais a partir da venda da sua força de trabalho no mesmo tempo de antes.


O filme
Revisão feita, o filme trata da exploração do trabalho a partir da figura de Deraldo, imigrante paraibano confundido com um quase sósia seu, só que cearense, que matou o patrão estadunidense no dia que receberia o prêmio de "operário padrão". O paraibano estava longe de ser operário-padrão, era poeta, repentista e que só pensava em produzir sua arte para vender na rua, pois trabalhar não estava na conta - discussão sobre trabalho intelectual/cultural não aparece aqui...

Enquanto sofre por conta da dúvida, que se acelera por Deraldo ainda não ter nenhum documento na "cidade grande" (São Paulo), ele passa a ter de vender sua única mercadoria, a força de trabalho, para poder sobreviver. Trabalha em obra, em casa de família rica, como carregador na feira, em obra do metrô e sai de cada um deles se irritando com o mau tratamento seja dos patrões ou dos representantes deles (caso do chefe de obra). Mesmo quando vai se tratar numa clínica beneficente, há a exploração da precariedade da vida das pessoas para deixar boa a imagem de uma condessa portuguesa - o que pode ser usado como exemplo de se ter pessoas em estado de pauperização.

Há a exposição das contradições entre as classes e a dificuldade enfrentada, especialmente por quem é imigrante, para conseguir um emprego qualificado quando não se tem formação adequada e, repito, a única coisa disponível é a mão de obra para qualquer tipo de trabalho.

Claro que aqui se tem uma pessoa com nenhum pingo de paciência e sem nenhum dependente (filho/família) que o faça ter a necessidade de um pouco mais de calma para lidar com a exploração e o assédio moral do dia a dia. Ele até dormiu na rua, mas a situação poderia ser diferente quando se tem mulher e filhos...

Vivia-se um momento de início de transição após os limites impostos pelos militares nos anos 1970, com o desenhar de uma sociedade que poderia lutar por seus direitos - greves e a lei da Anista, ainda que depende para o lado de lá, servindo como contextualização.

Deraldo explicitava a impaciência quanto às situações de opressão, mas tinha como problema a individualidade, não tentando se juntar com os colegas de trabalho para propor melhores condições de vida - é demitido da obra porque não tinha equipamentos de proteção, pois "não era besta de pagar" por algo que o chefe deveria ter dado, ao reclamar disse frente ao dono do imóvel, gera atritos com a chefia.

Especialmente no caso dos imigrantes, sempre há quem acredite no sonho da cidade grande, pois, como diz um personagem, é melhor pedir esmola em São Paulo do que na própria terra. Tendo um grande número de pessoas precisando de emprego, fica bem mais fácil apostar num ramo específico quando este tem período de crescimento e, principalmente, negociar para baixo questões ligadas a pagamento de salários e o cumprimento de direitos trabalhistas.

A importância da coletividade aparece no trecho final e ainda assim para denunciar os problemas desse tipo de união e como os patrões tentam despistar qualquer ameaça com demissões dos líderes dos protestos tendo em vista melhorar a produção e ganhar mais, fazendo o que fosse necessário para isso.

O patrão morto no início ser estrangeiro demonstra também a presença de empresários de fora do país nos negócios locais, prometendo ajudar a desenvolver o Brasil propondo novas formas de opressão aos trabalhadores de indústrias locais, cuja mão de obra era mais barata que a de seus países de origem, movimento que se seguirá nas décadas seguintes, como prova a fuga de indústrias deste país para outros lugares.

Livro e filme
Apesar do exagero ao explicitar os efeitos do que ocorre, acredito que o filme serve como um bom exemplo ficcional para explicar a lógica capitalista tendo em vista o confronto que a marca: operário X patrão, perpassando, portanto, não só o capítulo sugerido, mas o anterior (relativo à exploração do trabalho) e outros, caso do último, que trata do capitalismo contemporâneo (presença do capital estrangeiro incluída).

Confesso que não gostei tanto do desenvolvimento do filme, que me pareceu poderia ter evoluído mais em alguns momentos de contradições, o que acabou por gerar um personagem mais caricato que só no tempo final é que se normaliza em meio à loucura de seu sósia, este que acabou tendo seu cérebro derretido pelo que ocorreu no seu ambiente de trabalho.

REFERÊNCIAS
PAULO NETTO, José; BRAZ, Marcelo. Economia Política: uma introdução crítica. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2007. - (Biblioteca básica de serviço social; v. 1).

O homem que virou suco. Brasil. 1980. Direção: João Batista de Andrade. Duração: 94 min.

[Viagem] Ainda sobre SP

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Ainda sobre São Paulo. Como fui sozinho ao Ibercom, cada turno era uma companhia diferente. UFPE, UFRN, UFF, UFS, UFMG e UNISINOS são as que eu lembro.
Na sexta, dentre as conversas do almoço, as dificuldades para ter umx filhx quando se está com a formação acadêmica em andamento. Mais ainda para as mulheres, que precisam lidar com pressão social, familiar e biológica. 
Comentei que por conta de filhxs de amigos a vontade apareceu durante o Mestrado, mas era impossível naquele momento passar disso.

No dia seguinte, conexão para cá e um bebê ao lado. Batendo mãos e pés, catando os cabelos da mãe para puxar, tocou no meu livro. A mãe colocou a criança para o pai. Dormiu, acordou e voltou para a mãe. Olhou de novo para este ser de barba desgrenhada lendo. Olhei para ele e riu, uma boca com um ou outro dente que balbuciava sílabas. Estiquei a mão e passou a bater nela, rindo de felicidade. Para "o moço poder ler", a mãe o devolveu ao pai.
Ainda bem que essas coisas só acontecem quando não tenho ninguém para me ajudar na produção. Ou não..

segunda-feira, 20 de abril de 2015

[Viagem] Ê, São Paulo...

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Ê, São Paulo. Antes o meu problema por ti fosse só por certos posicionamentos políticos ou por divergências futebolísticas com parte da cidade - ou a outra direção da estação Palmeiras-Barra Funda...
Criolo canta que "Não existe amor em SP". Acho injusto. Existe como em qualquer outro lugar. Existe como em nenhum outro lugar. Sentir e viver cabe a moradorxs e visitantes. Se não há praias, há cinemas, museus, parques - o melhor deles estando na Rua Turiassú.
São Paulo tem a única coisa que as pessoas me ligam à emoção. Ela sempre estará na minha memória por, sem culpa alguma dele, lembrar-me o quanto é difícil ter um "coração de ferro". As lágrimas, uma garoa que às vezes gostamos e outras não, enferrujam-no.

domingo, 19 de abril de 2015

Aniversário, solidão e agradecimento

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Passando para agradecer a quem me parabenizou pelos 27 anos completados ontem. Tanta gente de tantos lugares e momentos diferentes que acho que eu finjo bem. Ah, agradecimento especial ao Palmeiras e ao CSA (!!!) que venceram e me deram um domingo menos melancólico - com direito a presente do goleiro do Murici.
Nos últimos meses venho pensando muito sobre a solidão que, no meu caso, é companheira assídua. Muitos momentos por escolha minha, poucos, e mais dolorosos, por consequência de como eu sou. O que deixar na memória das pessoas num caso extremo? Só projetos, artigos e livros prometidos, basicamente o jeito de trabalhar? Talvez a vida seja ou possa ser mais que isso. Talvez possa ser menos. Enquanto eu ainda não sei como e para onde mudar, lidar com as dúvidas sozinho, sem atrapalhar ninguém, é a melhor forma - ou a pior...
Ontem vi dois filmes que tratavam de solidão. "Insubordinados", que mostra, dentre outras coisas, que dentre os problemas de ser só é que às vezes nem nós nos aturamos. E "O sal da terra", documentário essencial para economistas e/ou fotógrafos, caso do Sebastião Salgado, e para qualquer outra pessoa. Mudar os rumos da vida, isolar-se conhecendo outras pessoas e realidades, mudar novamente para ter esperança...