Pense numa equipe de futebol que jogue toda retrancada, como o São Luiz no jogo de domingo passado contra o CSA, o meu joga mais na defesa ainda. São onze atrás da linha intermediária, com a obrigação de não deixar nada nem ninguém avançar.
As equipes adversárias não costumam avançar muito, já que o nosso esquema de jogo causa medo à maioria dos times adversários. Como se tivéssemos no elenco jogadores com a cara do Amaral e o jeito de tirar a bola do Robben do Felipe Mello – a intenção jamais é machucar alguém (e eu que achava que jamais utilizaria uma piada com ele...).
O lema do meu time é “bola pro mato que o jogo é de campeonato!”. Às vezes, por motivos racionalmente inexplicáveis, a pelota resolve avançar um pouco, permitindo toques de bola no setor defensivo, só para ver a reação do oponente, que se assusta com tamanha “agressividade”. Depois, um bico para qualquer lado, que não seja o do seu próprio gol, retoma as atividades rotineiras.
Em menor quantidade de vezes ainda, quer dizer, quase nunca, a bola vai para o ataque. A torcida entra em polvorosa! O adversário pego de surpresa. Toques rápidos e encantadores à moda do meio-campo da campeã do mundo Espanha. Ouve-se até “olés” das arquibancadas. A bola chega ao centroavante da equipe, melhor dizendo, no jogador que costuma ficar mais avançado, cara a cara com o goleiro. Ele chuta, e, e...
Recua para o arqueiro!!!
Tsc, tsc, desse jeito o meu time nunca vai sair do zero a zero.
*Imagem: Francisco Javier Sassano.