sexta-feira, 29 de maio de 2009
Mídia crítica
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Mídia crítica
- Tem coisas que não dá para entender. No Brasil são várias datas de comemoração disso, de santo daquilo. E até datas sobre doenças existem no calendário (mundial) para que nesses dias se concentrem várias mobilizações de prevenção e conscientização.
Mas vejam a seguir mais uma das "disvirtuações" que as matérias quando coladas por essas bandas sofrem:
- Essa, oriunda do Gazetaweb, será um clássico: Dia da Esclerose Múltipla é comemorado (!!!!). Comemorar o dia mundial de uma doença!!!
Perceba a diferença para o original da Agência Brasil: "Combate à esclerose múltipla tem dia mundial".
terça-feira, 26 de maio de 2009
Mídia crítica
- No caso da matéria da Gazetaweb, eles "lembraram" - devem ter copiado errado - de tirar a primeira interrogação, mas esqueceram de colocar aspas no lugar e tirar a segunda. Em resumo, eles não perceberam nada.
* Aproveitando o ensejo, peço para que os meus poucos leitores me ajudem numa dúvida cruel. Devido a alguns problemas, que já solucionei , criei um blog com outra conta de e-mail. Porém, o nome e o endereço do outro é melhor que esse; enquanto que aqui eu já tenho alguns "seguidores", que apesar de poucos deveriam seguir para lá. Enfim, ajudem-me nesta decisão! Ver enquete ao lado>>>>>
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Circo a motor – Pra não dizer que não falei de flores
SUICÍDIO - Reuniões e mais reuniões se realizaram e nada até agora foi definido quanto às inscrições das equipes na temporada do ano que vem. Apenas três times se inscreveram, dois novatos (um espanhol e um americano) e a Willians. As dez equipes se “uniram” contra as modificações que a FIA pretende impor, sob a justificativa de poder criar dois campeonatos diferentes.
Numa explicação rápida, as escuderias que aderirem à proposta de teto orçamentário da Federação (40 mi. de euros) para a temporada 2010 não teriam limites para testar e criar inovações nos carros ao longo da temporada. Enquanto as que não quiseram ficar sob o teto, e a auditoria externa, continuariam sob as regras deste ano, sem testes ao longo da temporada e sem utilizar a tecnologia do túnel de vento para a produção de novos carros.
Porém, muita água vai rolar sob a ponte deste mar bravio. Algumas equipes já acenam para a impossibilidade de sair da F1 (caso da equipe de Frank Willians) e tendem a fazer a inscrição no final do prazo, próxima sexta-feira. Assim, a tática da Ferrari, que lidera as equipes nesta batalha, pode ser de suicídio.
NADA NOVO DE NOVO – A tenda do circo foi armada no lindíssimo circuito de Mônaco. A corrida só é mantida por seu charme e beleza, afinal é a de mais difícil ultrapassagem do mundo. Quem larga na frente tem enorme vantagem.
E foi isso que aconteceu. Jenson Button fez a pole no sábado e para a corrida “só” teria que largar bem e se esquivar dos muros. Quinta vitória do inglês, que aumenta a sua vantagem para 16 pontos sobre o seu companheiro de equipe, o brasileiro Rubens Barrichello.
Para Rubinho fica a sensação da perda de sua grande oportunidade para ser campeão mundial. O brasileiro conseguiu o segundo lugar na largada, mas perdeu ritmo nas primeiras voltas com o pneu liso e viu seu companheiro de equipe terminar a prova com mais de 10s de vantagem.
RESSURGE – Se nos bastidores a Ferrari tende ao suicídio, na pista a equipe mostra um poder de recuperação fantástico – com a quantidade de dinheiro que eles têm seria estranho se não tivessem tal capacidade.
A equipe já se apresenta como a mais próxima da Brawn GP. Na prova isso ficou provado com o terceiro lugar de Raikkonen e o quarto de Felipe Massa, que foi atrapalhado em todo o final de semana.
No treino oficial, um piloto atrapalhou o brasileiro quando ele poderia largar numa das duas primeiras posições. No início da corrida, ficou atrás de um lento Vettel por muitas voltas e quando se recuperou já era tarde. Além disso, viu Button voltar bem à sua frente quando poderia tirar vantagem das voltas a mais que os outros antes da parada nos boxes para andar rápido.
Bons ventos podem ser sentidos da próxima corrida. Nos quatro anos de prova na Turquia, foram quatro vitórias da Ferrari, sendo as três últimas de Massa.
PALHAÇADA – A palhaçada das apresentações em Mônaco ficou a cargo de S. Buemi, que literalmente carregou a Renault de Nelsinho Piquet no início da prova.
PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE FLORES
Finalmente uma boa notícia para o Brasil vinda do automobilismo. Após uma trajetória digna de filme hollywoodiano, o brasileiro Hélio Castroneves, o "Homem-Aranha", venceu a principal prova a motor do mundo na tarde de ontem.
Foi a terceira vitória de Helinho nas 500 milhas de Indianápolis, corrida que tem um público que chega a 500 mil pessoas no maior espaço esportivo do mundo.
No ano passado, Castroneves vinha de um sucesso arrebatador nos Estados Unidos. Além de ser conhecido pelos amantes da Fórmula Indy, o piloto brasileiro venceu a edição de um programa de danças na TV americana, no estilo "Dança dos Famosos". Porém, na mesma velocidade de seu carro - que pode chegar a 380 km/h - a roda da fortuna virou.
Helinho e sua irmã foram acusados de não declarar mais de U$S 1 milhão para a Receita estadunidense. E lá a pessoa é mesmo presa e vai para o banco dos réus. Apenas em abril (dia 13), num julgamento de 40 dias, o piloto e sua irmã foram inocentados. Já havia passado uma prova da Indy e ele voltou numa corrida no final de semana seguinte.
O mês de maio foi especial. Hélio marcou a poleposition e graças ao acidente envolvendo os brasileiros Victor Meira e Rafael Matos pôde ficar na pista até o fim e vencer de forma tranquila as 5oo Milhas. Como prêmio da 93ª edição da prova, um suntuoso cheque de U$S 1milhão. Só não esquece de declarar no fim do ano!
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Mídia crítica
quinta-feira, 21 de maio de 2009
1984 ideias: REALIDADE x UTOPIA
Orwell tinha como exemplo para acreditar que isso seria impossível a maneira que a União Soviética, sob julgo stalinista, não só tratava os demais países, como tratava a própria população. A manutenção da divisão social era clara, com clara superioridade dos burocratas estatais.
Mesmo assim, o autor, como já temos dito nos demais textos, não acreditava ser o sistema capitalista perfeito. Pelo contrário, ele conhecia as contradições entre as classes existentes sob o julgo do capital e recriminava não só a exploração entre os humanos (A Revolução...), como a dependência estrita perante o objeto dinheiro (A Flor...).
Em 1984 mais uma vez encontramos a comprovação dos comentários dos dois últimos parágrafos. Uma das passagens mais interessantes sobre este assunto encontra-se, nesta edição, na página 155. Através do sistema capitalista, como já havia dito Marx, os homens criaram condições materiais para o fim da desigualdade humana:
“Desde o momento em que a máquina surgiu, tornou-se claro a todos que sabiam raciocinar que desaparecera em grande parte a necessidade do trabalho braçal do homem e, portanto, a desigualdade humana”.
Porém, os objetos que criaram, especialmente o dinheiro, acabaram por subjugá-los. As formas de expressão de poder são criações humanas que de meios de organização viraram instrumentos de forte repressão e segregação.
Na Londres do livro, o poder mais uma vez toma as cabeças de quem o alcança: “O Partido procura o poder por amor ao poder [...] Sabemos que ninguém jamais toma o poder com a intenção de largá-lo. O poder não é um meio, é um fim em si” (214).
Entretanto, através de Winston, o autor mostra como deveria ser modificada a realidade vigente. Assim como para Marx, a revolução teria que partir, ter como protagonistas, membros das classes exploradas, os proles: “Se há esperança, escreveu Winston, está nos proles” (59). Ainda “escreveu: Não se revoltarão enquanto não se tornarem conscientes, e não se tornarão conscientes enquanto não se rebelarem” (59).
Assim como outros tantos ex-revolucionários – os que não se transformaram em reacionários, mas em fatalistas -, Orwell desacredita ideias transformadoras e como já dissemos ao longo das análises orwellianas, ele demonstra isso em seus livros:
“O socialismo, teoria aparecida no início do século dezenove e o último elo de uma cadeia de pensamento que se iniciara nas rebeliões dos escravos antigos, ainda estava profundamente infeccionada pelo utopismo do passado” (166).
Baseado no exemplo soviético, stalinista, o qual foi contemporâneo, o autor já afirmara um pouco antes a falibilidade do Socialismo: “Mas em cada variante de Socialismo que apareceu de 1900 para cá, o propósito de estabelecer a liberdade e a igualdade ia sendo abandonado cada vez mais abertamente” (162).
Na cidade-continente do livro, assim como na URSS, as pessoas sequer poderiam ter ideias de querer transformar a sociedade, não poderiam ver problemas nela. O que não é diferente também dos dias atuais, em que todos são guiados para o pensamento de que “são pobres porque querem, não se esforçaram”, quando sabemos quem é que não quer.
Instrumentos não faltam para que isso seja realizado. Se a tecnologia evolui a passos cada vez mais rápidos, também evolui, talvez em proporções maiores, a quantidade de pessoas que nascem ou caem para as classes inferiores da sociedade.
Se já havia algo errado por volta de 1948, sessenta anos depois os problemas existentes se agravaram e novos apareceram. Alguma coisa continua errada. O sistema que nos rege não foi alterado, sofreu apenas algumas mutações. O que fazer?
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Circo a motor - Frustrações
No último final de semana começou o que chamam de temporada europeia da categoria. O GP de Barcelona, com poucas alternativas de ultrapassagem, daria os primeiros sinais se os novos conjuntos aerodinâmicos mudariam a tônica de alteração do status quo que a categoria vivenciou nos últimos anos.
O problema é que pouca coisa mudou em termos de resultado, de sorte para os brasileiros e de desempenho da Ferrari, que continua merecendo o prêmio de melhor quipe de palhaços do ano. Continuando assim, será hour concours.
Enquanto corre a briga nos bastidores com Max Mosley, proprietário dos direitos de imagem da categoria, os problemas internos aparecem. Mais uma vez a equipe errou na primeira etapa da classificação para a corrida e viu um piloto largando lá atrás. A diferença é qeu desta vez foi o finlandês Kimi Raikkonen, que não deu nada de homem de gelo e criticou publicamente seus companheiros de trabalho.
AZAR - Para uma determinada disciplina de Comunicação da Ufal chegamos a brincar que enterraram um sapo com o nome da mesma em frente ao prédio, tamanho problema que causava mesmo com a mudança de professora. Parece que enterraram um sapo com o nome F1-Brasileiros em 1993.
Felipe Massa até viu sua Ferrari melhorar - mesmo sem os ajustes aerodinâmicos dados a Kimi, que abandonou. Pulou para terceir olugar no início da prova, após largar em quarto, e segurou o alemão Vettel até perto do final da corrida. Mas estamos falando da trupe que dá alegria, aos adversário na F1 em 2009.
A equipe errou o cálculo de combustível do piloto, parece que devido a um problema na bomba, e ele teve que tirar o pé caso desejasse chegar ao final da corrida. O mais estapafúrdio foi vê-lo responder o seguinte quando deste pedido: "Estou disputando posição. O que vocês querem que eu faça?". Resposta: não ande.
No final, Massa perdeu duas posições (Vettel e Alonso) e chegou no sexto lugar, marcando seus primeiros pontos em 2009. Chegou, não é a melhor das palavras, pois o carro parou umas curvas depois e sequer foi aos boxes.
AZAR OU PREJUÍZO - O mais difícil Rubens Barrichello fez. Pulou da terceira para a primeira colocação com duas ultrapassagens. Assim, com o rendimento do carro um pouco melhor do que seu companheiro Button, tudo transcorria para a 100ª vitória de brasileiros na categoria.
Também não foi desta vez. A equipe BrawnGP manteve a estratégia para o seu carro de fazer três paradas nos boxes e alterou a de Button para duas. Segundo Ross Brawn, não foi para prejudicar Rubens, mas para evitar que Button voltasse atrás da Willians de Rosberg.
Após tantos anos e segundo piloto na Ferrari, com o próprio Ross Brawn nas estratégias, os brasileiros ficaram receosos com esta situação. O jeito é esperar os próximos capítulos.
Quanto a Nelson Ângelo Piquet, uma largada ruim e a certeza de acabar a prova lá atrás, na 14ª posição. Nelsinho não só tem um carro ruim, como um ótimo companheiro de equipe, Fernando Alonso. Este o único, em nosso ver, capaz de tirar coelhos de cartola.
PRÓXIMA CORRIDA – A tenda do circo será armada em Mônaco, o mais charmosos circuito de automobilismo do mundo. Talvez seja isso que mantém essa prova, com mínimas possibilidades de ultrapassagem.
Até lá já teremos as equipes que se inscreverão para 2010. Sobrará alguma ou só Max Mosley correrá com Force India e Willians?
sábado, 9 de maio de 2009
Enquadro o fato
A partir desta semana, este blog trará charge, quadrinhos ou qualquer tipo de desenho feito por este escriba que definam algum fato do mês anterior. Surge a coluna "Enquadro o fato", que terá uma versão futebolística no Por Trás do Gol.
A edição inicial traz um fato da semana passada. Quer dizer, quando o assunto é o Congresso Nacional, não há problemas que possam se identificar no tempo; a cada semana temos um novo escândalo.
A diferença é que a culpa, segundo o deputado encarregado de comandar a CPI sobre seu companheiro que não declarou ao "leão" um castelo, é da imprensa. "Só falam mal!".
Meus caríssimos leitores sabem a quantidade de críticas à imprensa que nós temos, mesmo que entendamos socialmente os motivos de alguns discursos. Porém, reclamar que a imprensa vigia demais é querer fazer com que as coisas neste país não sejam nem mais jogadas embaixo do tapete, e sim, que todos nunca pense que um dia existiram.
domingo, 3 de maio de 2009
Circo a motor – Quando conheci a palavra falecer
Grandes momentos, sejam eles particulares ou históricos, ficam na mente das pessoas. Onde estavam quando determinado fato ocorreu, a sua reação e a de pessoas próximas naquele determinado momento.
O dia em que algum parente querido ou amigo faleceu. A vitória do Brasil nos pênaltis na Copa dos Estados Unidos. O 11 de setembro de 2001, com os aviões atingindo as Torres Gêmeas do WTC e o Pentágono, nos Estados Unidos, além de tantos outros fatos.
No dia 1º de maio de 2009, semana passada, fizeram 15 anos da morte de um dos maiores ídolos que o Brasil já teve. Quem não se lembra, ou já não reviu, a cena da Willians azul e branca número 2 não conseguindo fazer a curva Tamburello naquele GP de Ímola?
Como milhões de brasileiros, naquela manhã de domingo, com meus seis anos de idade, estava parado, ao lado da minha irmã, em frente à TV assistindo a mais uma corrida. Pouco me importava na época se o carro de Ayrton Senna tinha quebrado nas duas corridas anteriores. Ele tinha conseguido a pole-position (65ª) e voltaria a vencer!
Poucas voltas depois, a câmera da transmissão estava na Benneton de Michael Shumacher, segundo colocado - que viria ser o grande nome da Fórmula 1 posteriormente. Até que o carro da frente dá uma “estilingada” para o lado direito da imagem.
A partir daí eu, enquanto criança, fiquei assustado. Quando vi uma imagem de Senna, já com o carro espatifado e parado, mexendo a cabeça para o lado direito, tive alguma esperança. A corrida foi interrompida e todos os pilotos deram as mãos e rezaram em frente aos boxes.
Depois disso, no início da tarde, minha família saiu para outro bairro para ver como estavam as obras da nossa casa. Só na volta, quando ainda estávamos em frente do que seria o nosso lar por alguns anos, veio a notícia no rádio do carro: “Confirmado, Senna faleceu no Hospital...”.
Minha mãe começou a chorar. Eu, na inocência infantil, pedi para ela se acalmar porque ele não tinha morrido. Foi ali que conheci o significado da palavra falecer.