Daqui a algumas horas estarei em direção à Rodoviária para pegar um ônibus para Recife e de lá pegar um avião de volta para casa. Pois é, agora verdadeiramente, na prática, Maceió virou uma cidade para visitas - assim como já fora Aracaju na última década.
Quando saí daqui no dia 07 de março deste ano já tinha dentre as atividades a volta para Maceió após o Intercom, maior evento de Comunicação do país. Ele ocorreria em Recife e eu daria um jeito de passar na "terra dos Marechais" - e do Collor. Só não sabia por quantos dias. O fato de descobrir depois que o evento tinha uma programação diferenciada, começando no sábado e terminando numa terça-feira, melhorou a situação, pois poderia passar o resto da semana na casa dos meus pais.
Óbvio que não falei para eles que viria para cá, mesmo quando o meu pai ligou para mim pela última vez no sábado retrasado, meio que desconfiando que eu aproveitaria a proximidade para passar por aqui. Como repeti para alguns colegas, se era para ver os "mesmos" problemas que a vinda fosse de surpresa, sem tempo para se preocuparem em "mascarar" a realidade que tanto conheço.
Fui ao Intercom, mas parecia que a minha maior preocupação era que o tempo passasse logo para que eu voltasse logo para Maceió. De forma geral, as minhas escolhas de espaços no evento muito me ajudaram para a pesquisa na Unisinos, conseguindo contatos interessantes. Os espaços específicos de Economia Política da Comunicação serviram para ver os sérios problemas que vivemos em termos de organização para eventos desse tipo e perceber que nós de Alagoas estamos com moral na área.
MACEIÓ
A volta para cá foi com a companhia de dois amigos de núcleo Cepcom, o que garantiu algumas conversas nas cerca de quatro horas de viagem. Chegando aqui, cada qual foi para a sua casa. Na minha, a surpresa nos rostos de todos e a estranheza dos dois cachorros que vi nascer e os quais dei os nomes. Só conseguiram se acalmar depois que saí com eles para passear. A mãe dos dois foi a única que me reconheceu.
O Baleia - homenagem à cadela Baleia de Vidas Secas, obras de Graciliano Ramos -, dá jus ao nome e ficou enorme. Deve ter mais de um metro quando fica de pé, mas por conta dos nove meses de vida, é um cachorro que só cresceu no tamanho...
Por conta dos pelos e das coisas no quarto estarem guardadas a seis meses, logo peguei um resfriado, que acabou me impossibilitando de visitar dois dos últimos locais de trabalho. Além disso, o meu atual trabalho é do tipo que se leva aonde se vai. Tinha artigo para enviar até hoje, que consegui mandar ontem, e tenho outro para segunda-feira - este de até 5 páginas e que eu já comecei, mas estou com a menor vontade de continuar...
A viagem me fez perceber também que continuo a manter as amizades só com quem tenho relações de "trabalho", que no meu caso são relações de estudo. Acabei jogando futsal na quarta à noite após dois anos e meio! por conta de amigos de Cepcom, que ainda voltei a encontrar na sexta-feira para uma reunião do grupo, que me deixou uma sensação de que finalmente está conseguindo estudar EPC. Depois, tempo de seguir para o apartamento de amigos e conversar durante a noite.
Além disso, a prioridade era visitar as avós. Uma comemorou 85 anos no mês passado e está bem - ainda bem. A outra, que fará 71 anos mês que vem, já esteve melhor, mas pude vê-la e duas outras tias. No caso da primeira, mesmo com as tias morando perto, optei por não ver mais ninguém, devido a alguns problemas de anos anteriores.
Enfim, em casa os problemas de "sempre" continuam e só corroboram com uma agenda de atividades no ano que vem não passa nem perto de Maceió. A possibilidade de retorno aqui, por enquanto, é inexistente, afinal passagens de avião para cá comeriam, pelo menos, metade da minha bolsa.
Nunca foi tão estranho ficar aqui, principalmente por não saber quando voltarei...
gostaria muito de ter feito o mesmo, camarada... acabou ficando pro final (ou começo) do ano! Mas qdo chegar janeiro a gente desconta! heheheh...
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