Que a política é corrupta no Brasil isso é claro para qualquer pessoa. Que são várias as denúncias envolvendo as últimas formações da Câmara Nacional é ainda mais claro. Porém, que um prato típico de alguns lugares fosse se tornar pauta política seria demais! Pois é, a tapioca acaba por se tornar a estrela no mais novo e vagaroso “caso” federal, o dos cartões corporativos.
O envolvimento de tal iguaria nessa balbúrdia teve início com o pagamento do ministro dos Esportes, Orlando Silva (PCdoB), em Brasília com cartão corporativo de uma tapioca. O cartão, para ser utilizado para despesas públicas em viagens a serviço, foi utilizado para pagar, pasmem, R$ 8,00. Pelo que parece, até nisso o pessoal de lá gosta de superfaturar!
O que seriam oito reais para o que vinha sendo divulgado em outras áreas do Governo? Mais do que isso fizera com que uma ministra, da Igualdade Racial, fosse demitida. Além do que, dinheiro público gasto com coisas privadas já havia derrubado a ministra de Desenvolvimento Social, Benedita da Silva (PT), logo no primeiro ano do Governo Lula. Além da própria primeira-dama, dona Marisa Letícia, que já vinha sendo acusada de utilizar o cartão corporativo para pagar futilidades há, pelo menos, dois anos.
A história do cartão corporativo só neste ano gerou uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) – disputadíssima, por sinal, entre oposição e parte da base do Governo. E foi numa dessas reuniões que o ministro da Corregedoria Geral da União, Jorge Hage, afirmou, dentre outras coisas, que só estariam falando tanto do assunto devido ao “preconceito com a tapioca”, típica de estados menos desenvolvidos, tais quais Alagoas e Pará.
Na mesma CPMI, num dia em que iriam decidir se chamariam ou não a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef (PT), para apresentar esclarecimentos sobre um dossiê contendo os gastos pessoais do Governo FHC, a tapioca reapareceu, só que sob outra forma. Numa sessão que passou de cinco horas − em meio ao desrespeito típico deste recinto e a discussões que beiram o ridículo, quando não adentram nele − o deputado Vic Pires (DEM) distribuiu sorvete, sabor tapioca. Olhe ela aí de novo.
Pronto, todos param para saborear essa delícia norte-nordestina. E ainda para escutar o deputado perguntando à presidente da CPMI, Marisa Serrano (PSDB), se havia gostado do sorvete de tapioca, algo da sua terra, do Pará. Até os jornalistas e funcionários da Casa ali presentes receberam seu potinho.
O melhor foi escutar outro membro do espaço, deputado Silvio Costa (PMN), acusando-o de “meninote de calças curtas” por tratar a sessão como brincadeira. Incrível como esses senhores demoram a perceber que “desrespeito” é propício a tal lugar, antro de hipocrisia.
Ah, antes que esqueça, o Governo, por ter maioria na CPMI, barrou a convocação da ministra, era um desrespeito ao “que ela pode representar em 2010” (eleições presidenciais). Ela só falou sobre o assunto quase dois meses depois ao ser convidada para falar sobre o PAC. Afinal a tal CPMI já está em pleno processo funéreo, se é que algum dia já esteve viva.
É, e a nossa deliciosa iguaria envolvida nisso tudo! Parece-nos que a pizza típica dos resultados de averiguação de atos ilícitos já arranjou uma substituta temporária, enquanto dura o processo de apuração: a tapioca.
O envolvimento de tal iguaria nessa balbúrdia teve início com o pagamento do ministro dos Esportes, Orlando Silva (PCdoB), em Brasília com cartão corporativo de uma tapioca. O cartão, para ser utilizado para despesas públicas em viagens a serviço, foi utilizado para pagar, pasmem, R$ 8,00. Pelo que parece, até nisso o pessoal de lá gosta de superfaturar!
O que seriam oito reais para o que vinha sendo divulgado em outras áreas do Governo? Mais do que isso fizera com que uma ministra, da Igualdade Racial, fosse demitida. Além do que, dinheiro público gasto com coisas privadas já havia derrubado a ministra de Desenvolvimento Social, Benedita da Silva (PT), logo no primeiro ano do Governo Lula. Além da própria primeira-dama, dona Marisa Letícia, que já vinha sendo acusada de utilizar o cartão corporativo para pagar futilidades há, pelo menos, dois anos.
A história do cartão corporativo só neste ano gerou uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) – disputadíssima, por sinal, entre oposição e parte da base do Governo. E foi numa dessas reuniões que o ministro da Corregedoria Geral da União, Jorge Hage, afirmou, dentre outras coisas, que só estariam falando tanto do assunto devido ao “preconceito com a tapioca”, típica de estados menos desenvolvidos, tais quais Alagoas e Pará.
Na mesma CPMI, num dia em que iriam decidir se chamariam ou não a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef (PT), para apresentar esclarecimentos sobre um dossiê contendo os gastos pessoais do Governo FHC, a tapioca reapareceu, só que sob outra forma. Numa sessão que passou de cinco horas − em meio ao desrespeito típico deste recinto e a discussões que beiram o ridículo, quando não adentram nele − o deputado Vic Pires (DEM) distribuiu sorvete, sabor tapioca. Olhe ela aí de novo.
Pronto, todos param para saborear essa delícia norte-nordestina. E ainda para escutar o deputado perguntando à presidente da CPMI, Marisa Serrano (PSDB), se havia gostado do sorvete de tapioca, algo da sua terra, do Pará. Até os jornalistas e funcionários da Casa ali presentes receberam seu potinho.
O melhor foi escutar outro membro do espaço, deputado Silvio Costa (PMN), acusando-o de “meninote de calças curtas” por tratar a sessão como brincadeira. Incrível como esses senhores demoram a perceber que “desrespeito” é propício a tal lugar, antro de hipocrisia.
Ah, antes que esqueça, o Governo, por ter maioria na CPMI, barrou a convocação da ministra, era um desrespeito ao “que ela pode representar em 2010” (eleições presidenciais). Ela só falou sobre o assunto quase dois meses depois ao ser convidada para falar sobre o PAC. Afinal a tal CPMI já está em pleno processo funéreo, se é que algum dia já esteve viva.
É, e a nossa deliciosa iguaria envolvida nisso tudo! Parece-nos que a pizza típica dos resultados de averiguação de atos ilícitos já arranjou uma substituta temporária, enquanto dura o processo de apuração: a tapioca.
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