A filha nasceria corintiana, com direito a macacão do clube, cuja foto tirada foi parar num quadro na parede. O destino já traçado pelo pai. Aí vieram uma Libertadores, um Mundial, três Brasileiros seguidos e, principalmente, um tio são-paulino. A filha foi parar no rival.
Anos depois nasceria um filho. Eu perguntei de pronto:
- Ele não vai mudar de time também né?.
A resposta negativa veio em seguida:
- Claro que não.
Seis anos depois, peguei uma carona com pai e filho. Dentre outras coisas, voltei àquela pergunta inicial:
- Ele continua corintiano? Mudou não, né?
Com toda a felicidade expressa, o meu vizinho não só confirmara como perguntou ao filho sobre o "último jogo do Coringão". Aí o menino mostrou que não só é torcedor do clube como já entende bem de futebol:
- Ao menos o jogador do Boca foi expulso porque tirou a camisa para comemorar um gol, mas estava impedido.
Fiquei surpreso:
- E já entende de futebol!
Quando eu digo que com seis/sete anos dificilmente se mudará de clube poucas pessoas acreditam. Daí a explicar bem um lance do jogo, e que não foi o do gol, é mérito para poucos. O pai faz bem em se orgulhar - apesar da escolha, em meu ver, equivocada, de clube.
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