sábado, 27 de outubro de 2018

Se fere minha existência, eu serei resistência!

Se fere minha existência e a resistência começa no processo de votação, ela será! As melhores propostas para o que eu defendo e milito cotidianamente (educação, comunicação e esportes) eram de Guilherme Boulos/Sônia Guajajara. Com duas opções no segundo turno, as propostas de Haddad/Manuela são as melhores, especialmente porque há direcionamento para a volta do crescimento das universidades públicas (onde eu trabalho e por quem sempre lutei, desde que entrei como estudante em 2006); vê os problemas da comunicação enquanto mercado totalmente desregulado, órgão regulador no setor nos EUA existe desde 1933 (!!!), jamais foi censura lá, na Europa e não seria aqui, vc sabe que a internet banda larga só não piorou por conta de movimentos sociais de comunicação, por ter um órgão com participação desses, de empresários, do governo e da Universidade para discutir qualquer mudança? Isso é "controle social"; não tem pessoas que querem restringir a manifestação torcedora nas arquibancadas de futebol; não é uma candidatura que prevê redução de gastos só para alguns no serviço federal; que vê o professor que estimula o raciocínio sobre a realidade como criminoso.
Sou professor de Universidade Federal no Sertão de Alagoas, sou doutorando da linha de Políticas de Comunicação e Cultura da Universidade de Brasília e secretário-geral de uma associação de pesquisadores em Economia Política da Comunicação, com base teórica marxista, que busca transformar a realidade.
Sou professor como meu pai, minha irmã e minha companheira. Sou de esquerda realmente marxista, o que o PT nunca foi - ou ter ministro da Fazenda e do Banco Central vindos de grandes bancos é ser de comunista? Lutei muito para ter melhorias ainda maiores nos governos do PT, porque a luta não se dá a cada 4 anos.
Graças à minha formação, especialmente dos meus pais e do que aprendo na vida, tenho como premissa respeitar o Outro, lutando contra desigualdades, não botando para baixo do tapete e colocando a culpa em quem reclama por condições melhores e humanas.
Eu sou a "massa vermelha" e da mesma forma que seu voto é direito seu, o seu mesmo voto estimula ou pede invasão de sindicatos docentes e de outros espaços universitários, como nesta semana na universidades federais, e sabe-se lá o que virá.
O seu voto é de quem me odeia. Eu sou a esquerda que você odeia. Eu sou o professor que estimula os alunos a pensar de forma dialógica, inspirado por Paulo Freire; que desenvolve projeto de extensão em escolas públicas e comunidades do Sertão na perspectiva freiriana. Eu sou o cara que respeita e há de defender o tanto que for necessário gays, lésbicas, bissexuais, travestis, queers, amigos ou não, pois o direito de amar é de todo mundo e as pessoas são o que são. Eu sou o cara que é contra machismo, racismo, xenofobia ou qualquer discriminação pela pessoa ser o que naturalmente é.
Se seu voto fere minha existência, é meu dever ter o cuidado devido e romper qualquer aproximação. Voto #Haddad13 e, como sempre na minha vida, não andarei nenhum passo atrás por tudo o que conquistei com trabalho, respeitando as outras pessoas e por tudo o que tanta gente já lutou neste Brasil para conquistar. Peço desculpas aos meus pais e à minha companheira, que sempre têm medo quando estou em situações assim, mas não vou jogar tudo isso fora. Que venha a pressão, ela encontrará aqui a resistência!