segunda-feira, 29 de março de 2010
Circo a motor - Uma corrida para duas páginas
quinta-feira, 18 de março de 2010
Notícias por “motivação política”
O assunto infestou o noticiário durante toda a semana, com direito a matérias em telejornais nacionais (Jornal Hoje, Jornal Nacional, Jornal da Record e Fala Brasil). Em meio às tentativas de explicação, o secretário de Estado da Defesa Social, Paulo Rubim, afirmou, no dia seguinte ao ocorrido, em entrevista coletiva que a atuação da imprensa, especificamente do grupo Gazeta de Alagoas neste caso tinha motivação política.
A base para tal possibilidade é o cada vez mais próximo período eleitoral, que nos bastidores já começou desde o fim do ano passado. Como alguns devem saber, o maior grupo comunicacional de Alagoas pertence à família do senador Fernando Collor de Mello (PTB). O ex-presidente do Brasil é um dos nomes que formam o “chapão”, agora “Frente Popular”, que aturará em oposição ao atual governador do Estado, o ex-senador Teotônio Vilela Filho (PSDB).
Fazem parte do grupo, que se caracteriza por ser formado pelos partidos da base do Governo Lula, nomes como o do senador Renan Calheiros (PMDB) e o ex-governador, e pré-candidato a um novo mandato, Ronaldo Lessa (PDT), além de partidos como PT e PCdoB.
CORONELISMO ELETRÔNICO
Com o período de disputa eleitoral praticamente em vigor, ficará difícil afirmar por essas bandas o que é ou não produção de matéria por motivação política. Afinal, sempre é mais fácil apontar a ausência de determinado assunto na pauta desse ou daquele noticiário do que a existência de matérias que prejudiquem alguém.
Em Alagoas, fixando nos grupos televisivos, as três TVs privadas pertencem a três grupos políticos: a TV Gazeta, à Organização Arnon de Mello; a TV Alagoas, à família Sampaio (do ex-vice-governador Geraldo Sampaio); e a TV Pajuçara, à uma sociedade entre o ex-deputado federal José Thomaz Nonô (DEM) e o senador João Tenório (PSDB), que também possui ações na TV Gazeta.
Neste caso específico da “carteirada” no cinema, a TV Pajuçara, cujos dois sócios são aliados do governador Téo Vilela para as próximas eleições, também fez matérias e teceu comentários sobre o assunto. Além disso, a TV Record, cuja emissora é retransmissora, também noticiou o fato – com o erro de afirmar que a gerente do cinema era bilheteira.
A única diferença que pode ser apontada é que em dois dias os apresentadores do ALTV 1ª Edição, jornal do horário do almoço da TV Gazeta, dialogaram por cerca de dez minutos sobre o tema, mostrando a proibição da entrada gratuita dos policiais, até mesmo com citação de artigos de lei, estando fora de serviço. Porém, isso ocorreu depois da reclamação do secretário.
Se isso ocorre no ramo televisivo, imagina o que vai ocorrer com as rádios, a imensa maioria nas mãos de políticos espalhados na capital e no interior. Além dos candidatos oriundos de programas de rádio e de TV, que já começaram a campanha, seja apontando ainda mais os erros dos governantes ou, até mesmo, largando estúdios com condicionador de ar para fazer matérias nas favelas da capital.
O período para afastamento dos meios de comunicação – algo que esse tipo de candidato reclama – está próximo, mas os repórteres saem na frente dos demais por terem ampla divulgação de suas visitas e de suas propostas.
Do outro lado, os meios de comunicação continuarão a mostrar o que quiserem de quem quiser. O período eleitoral só vai focar um ponto ou outro da pauta “jornalística”, no que a lei eleitoral ainda permite.
Se o secretário reclamou de motivação política numa notícia que só existiu pela tradicional (em todo o Brasil) “carteirada” de policiais, ele não perde por esperar o que virá nos próximos meses.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Circo a motor - Tudo de volta
terça-feira, 9 de março de 2010
Circo a motor renovado
quarta-feira, 3 de março de 2010
Um time, um país (Invictus)
segunda-feira, 1 de março de 2010
Go Canada!
Se nem os executivos da empresa acreditavam no sucesso da competição, que para eles seria um simples teste para mostrar o "potencial olímpico" de transmissão, todos se enganaram. As transmissões da tarde, por exemplo, mais que dobraram a audiência do horário, até então o fracasso na grade da emissora. Prova de que brasileiro gosta de competição, de espetáculo, mesmo que nenhum dos "nossos" esteja na disputa.
Mas quem viu a exibição de gala da patinação no gelo, mostrada "ao vivo" no sábado à noite, deve ter percebido o quão espetacular podem ser os jogos de inverno. Beleza, sensualidade, precisão técnica,... Um verdadeiro show que pode ser descrito pela atuação da sul-coreana vencedora na patinação artística individual. Liu Chen conseguiu a maior pontuação da história numa apresentação que, segundo a própria, não teve um errinho sequer!
Vale destacar também as partidas de hóquei, vencidas pelos canadenses nos dois gêneros. Um esporte que tem goleiro e tem gols igual ao futebol, só que com um "pouco" mais de contato físico. Pena que o pick, o disco que serve como a "nossa" bola, às vezes ficasse tão escondido que não dava para ver, tamanha a rapidez das jogadas.
E pena também que a Record não quis transmitir as finais ao vivo. A do masculino foi sensacional, pelo que soube. Uma revanche para o Canadá contra os Estados Unidos, que calaram a torcida ainda na primeira fase ao vencerem por 5 a 3. O time da casa abriu dois a zero, mas cedeu o empate faltando 24 segundos para acabar o jogo. Na prorrogação saiu o gol de ouro que deve ter levado o ginásio a uma explosão impressionante.
Enfim, fica a satisfação de ter acompanhado um show, com vários esportes desconhecidos ou pouco conhecidos. Se havia alguma dúvida sobre a capacidade de transmissão da emissora - ainda com poucos narradores e um time específico de esporte muito pequeno -, Vancouver 2010 mostra que eles podem fazer algo que preste. Esperemos...